Se os sintomas permanecerem, é indicado um remédio chamado clozapina. “Ela é uma substância que existe desde os anos 70 e tem uma eficácia muito grande. É aplicada ao que chamamos de padrão resistente de esquizofrenia.
Quando o surto psicótico é causado por uma doença psiquiátrica, como esquizofrenia ou outros transtornos psicóticos, o médico pode indicar medicamentos antipsicóticos, como haloperidol, olanzapina ou risperidona, e benzodiazepínicos.
Devem-se utilizar doses terapêuticas de antidepressivos associadas ao antipsicótico de manutenção por pelo menos 6 semanas. O antidepressivo mais utilizado nos ensaios clínicos foi a imipramina, mas os inibidores seletivos da recaptação da serotonina podem ser uma boa opção.
O palmitato de paliperidona trimestral é a primeira injeção que requer apenas quatro doses ao ano para o tratamento da doença. A ação prolongada é importante, já que pesquisas apontam que uma das principais causas de recaída entre 80% dos pacientes durante os cinco primeiros anos é a baixa adesão ao tratamento.
A clozapina, que também bloqueia muitos outros receptores, é evidentemente o medicamento mais eficaz para tratar sintomas psicóticos. Porém, ela é pouco usada devido aos seus efeitos colaterais sérios e à necessidade de monitoramento com exames de sangue.
Até hoje, não foi descoberta a causa da esquizofrenia, mas a combinação de alguns fatores genéticos, cerebrais e do ambiente podem desencadear a doença. Fatores hereditários - parentes de primeiro grau de um esquizofrênico têm mais chances de desenvolver a doença do que as pessoas em geral.
“Várias patologias podem levar ao surgimento de sintomas psicóticos, como fala sem sentido e desconexão com a realidade”, afirma a psiquiatra Luciana Staut. A esquizofrenia pode ser confundida, por exemplo, com o transtorno bipolar, o autismo e até com a depressão.
Além de delírios e alucinações, os pacientes esquizofrênicos possuem uma série de outros sintomas e alterações que precisam ser acompanhados por um psiquiatra, que é o médico especialista responsável pela condução do tratamento desses pacientes.
“É caracterizada, principalmente, pelo que chamamos de sintomas psicóticos, como alucinações visuais e auditivas, sensação de ser constantemente perseguido ou ameaçado por outras pessoas”, explica a profissional.
Como exemplos, podem ser citadas a psicoterapia, terapia familiar, terapia ocupacional, reabilitação cognitiva e até treino de habilidades sociais. “Essas intervenções buscam abordar alguns déficits que os pacientes podem apresentar, como na esfera afetiva e cognitiva, além da social”, afirma o especialista.
Qual o tratamento de escolha para a esquizofrenia?
Em conjunto com o tratamento medicamentoso, a psicoterapia e a terapia ocupacional são bastante indicadas para controlar a doença e facilitar a reinserção do paciente na sociedade. Algumas terapias complementares e mudanças de hábitos também podem ser recomendadas de acordo com as necessidades de cada paciente.
É possível voltar ao normal depois de um surto psicótico?
Geralmente a volta à realidade é gradual. Nem sempre a pessoa se lembra de tudo que falou ou fez durante o surto. O tratamento deve ser sempre seguido de perto por um psiquiatra, para que ele possa avaliar se mantém a proposta inicial, aumenta a dose da medicação, troca por outro fármaco...
A esquizofrenia denominada hebefrênica é a mais grave de todas e acomete mais indivíduos jovens, entre 15 e 25 anos de idade. O transtorno é marcado por sintomas como perturbação dos afetos, comportamento irresponsável e imprevisível, pensamento desorganizado e discurso incoerente.
Classicamente, a esquizofrenia é considerada mais grave, porque por definição, sempre envolve algum grau de prejuízo do funcionamento emocional, laborativo ou social, no decorrer da doença.
É possível que alguns médicos reconheçam estes sintomas como sendo o início da esquizofrenia, porém outros apenas os reconhecem em retrospectiva. A esquizofrenia é caracterizada por sintomas psicóticos, que incluem delírios, alucinações, pensamento e fala desorganizados e comportamento bizarro e inadequado.
Além dos medicamentos, também podem ser necessárias algumas terapias para ressocialização. Quem já está em tratamento não deve interrompê-lo apenas porque está bem, pois os surtos podem voltar a acontecer. A esquizofrenia não tem cura, mas se tratada, é possível viver bem com ela.
Os resultados mostraram diferenças na entonação de voz entre indivíduos com e sem esquizofrenia. Ana Cristina explica que as pessoas com esquizofrenia apresentaram pouca variação de simetria e dispersão na entonação da fala, ou seja, elas expressavam suas emoções pela voz de forma menos acentuada.
Qual exame é feito para saber se a pessoa tem esquizofrenia?
Não existe exame de sangue ou exame laboratorial para o diagnóstico de esquizofrenia. O diagnóstico da esquizofrenia e da grande parte dos transtornos mentais é clínico, ou seja, através da anamnese e entrevista clínica o psiquiatra é capaz de fazer o diagnóstico. Isso se faz em consulta e não com exames.
Qual o tratamento mais moderno para esquizofrenia?
Um medicamento inédito para a esquizofrenia e depressão associadas ao transtorno bipolar recebeu registro da Anvisa. O novo produto é o Latuda (cloridrato de lurasidona), um antipsicótico que deve ser comercializado em comprimidos de 20mg, 40mg e 80mg, em embalagens de 7, 14, 30 ou 60 comprimidos.
Desta forma, observa-se que os medicamentos antipsicóticos na forma líquida são em média 77,1% mais caros que seus correspondentes na forma de comprimidos, sendo as maiores diferenças de custo para a risperidona (201,1%), clorpromazina (104,2%), haloperidol (91,1%) e levomepromazina (58,5%), e as menores para o ...
Fentanil: o opioide mais potente que existe. É 100 vezes mais forte que a morfina. Uma pequena quantidade é o suficiente para que o medicamento leve uma pessoa a morte.