Já notou que os britânicos acham que dirigem do lado certo da rodovia e o resto do mundo no lado errado? Você certamente já ouviu essa piada no Top Gear, em EuroTrip ou outra comédia britânica — ela na verdade usa o duplo sentido de “right side”, que pode significar “lado direito” ou “lado certo”.
Afinal, por que a direção inglesa existe? A mão inglesa tornara-se obrigatória em 1773. Isto porque, em tempos onde o cavalo era o único meio de transporte, a circulação à esquerda era mais conveniente, já que a maioria dos cavaleiros eram destros.
Porque o Japão adota a mão inglesa? O Japão nunca foi colonizado pela Inglaterra, mas também conduz seus veículos pela mão inglesa. Isso pode estar ligado aos samurais, que, assim como os cavaleiros ingleses, portavam suas espadas do lado esquerdo da cintura e caminhavam pela esquerda nas vias.
Na Inglaterra medieval, os cavaleiros empunhavam as espadas com a mão direita e se mantinham à esquerda para atacar possíveis oponentes com mais facilidade. Por influência deles, condutores de carroças adotaram a mão esquerda. Acredita-se também que os romanos em suas estradas trafegassem pela esquerda.
Diz a lenda que, em guerras medievais entre Inglaterra e França, quando arqueiros ingleses eram capturados tinham os dois dedos cortados, os dedos usados para lançar a flecha. Assim consequentemente mostrar estes dois dedos aos rivais era uma provocação, eis a origem do insulto.
Pode-se usar mão inglesa no Brasil? De acordo com o Conselho Nacional de Trânsito (Contran), é proibido o registro de licenciamento de veículos com o volante de direção no lado direito.
O Brasil também tem a única inversão de mão de circulação da América, situada na fronteira com a Guiana, que é uma antiga colônia inglesa (Guiana Inglesa) e, por isso, manteve o trânsito de mão direita. A inversão fica após a ponte sobre o rio Tacutu, onde termina a BR-401, que liga Bonfim/RO a Lethem/Guiana.
Segundo histórias de séculos atrás, a mão inglesa surgiu porque os cavaleiros da Inglaterra medieval empunhavam suas espadas com a mão direita e se mantinham à esquerda para golpear os rivais. Por conta disso, os condutores de carroça teriam sido influenciados e começaram a usar esse método para trafegar.
Mão inglesa e mão francesa são diferentes sistemas adotados em diversos países no mundo. A mais comum, presente no Brasil, é a francesa e ela consiste em dirigir do lado direito da via que se trafega. Para facilitar a condução, o volante dos veículos está localizado à esquerda no habitáculo.
A mão inglesa é a invertida. O volante fica no lado direito do veículo e o motorista precisa seguir pelo lado esquerdo das ruas. A Inglaterra é o país que mais simboliza essa mão que, por isso mesmo, leva o nome de 'inglesa'.
Os pedais ficam na mesma posição dos carros no Brasil
A boa notícia é que os pedais de embreagem, freio e acelerador seguem na mesma posição que estamos acostumados. Uma coisa a menos para pensar enquanto dirige. Você seguirá usando o pé esquerdo para a embreagem e o pé direito para freio e acelerador.
Fora da Europa, o tráfego à esquerda ocorre com mais frequência. Na Ásia, os seguintes países e regiões dirigem à esquerda: Butão, Brunei, Hong Kong, Índia, Indonésia, Japão, Macau, Malásia, Maldivas, Nepal, Paquistão, Cingapura, Sri Lanka, Tailândia, Bangladesh e Timor-Leste.
O nome mão francesa existe por conta da origem desse tipo de peça, que teve o início de sua utilização na França, sendo utilizado em forma de braço ou mão, para fazer o suporte, principalmente para vasos.
Vale destacar que alguns países já adotaram carros com volante do lado direito no passado, mas deixaram de usá-los. É o caso da Itália (até 1920), Portugal (até 1928) e Argentina (até 1945).
Como o próprio nome diz, a mão francesa surgiu na França, e foi desenvolvida de início como uma cantoneira em formato de uma mão espalmada para dar apoio para vasos de plantas. Elas são ótimas para várias finalidades e muitas vezes um grande “quebra galho”.
Porque os carros ingleses têm o volante do lado direito?
Segundo historiadores, o país da finada Rainha Elizabeth importou a prática da Roma antiga, que costumava ter suas carroças circulando pela esquerda. O objetivo da escolha do lado direito era permitir que o cavaleiro ou cocheiro tivesse a mão oposta ao lado guiado, no caso a direita, livre para puxar a espada.
Também há casos que não se enquadram nesse cenário, a exemplo do Japão, onde os condutores têm o volante posicionado ao lado direito do veículo por consequência das obras das ferrovias no país terem sido realizadas por engenheiros britânicos, o que expandiu o sistema para outros modais.
Na Europa, há apenas quatro países que dirigem oficialmente à esquerda: o Reino Unido, Irlanda, Malta e Chipre. São mais 13 na África e 15 na Ásia, incluindo Hong Kong, Índia, Japão, Malásia e Singapura. Leia também: 8 curiosidades sobre universidades do mundo.
Hoje são 76 os países ou territórios que adotam o volante à direita (sistema inglês) e, exceto o Japão, todos foram colônias do Reino Unido. Entre os que ainda o utilizam estão Cingapura, Nova Zelândia, Austrália, Índia, Malásia e Japão.
Uma resolução publicada pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito) em maio de 2015 veta o registro de licenciamento de veículos com o volante de direção no lado direito.
Segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), as faixas da esquerda são destinadas à ultrapassagem e ao deslocamento dos veículos de maior velocidade. As faixas da esquerda são destinadas a ultrapassagem e ao deslocamento de veículos de maior velocidade.
O motivo disso é bem simples: a maioria das pessoas era destra, usando sua espada com a mão direita. Para que ela ficasse livre e do lado certo para um eventual duelo (o que não era raro naquele tempo), era preciso andar desse lado. Se a pessoa viajasse do lado direito, seu lado esquerdo estaria totalmente exposto.
Para saber qual o lado correto da peça, você deve imaginar a direção estando sentado no banco de motorista. Ou seja, o lado do motorista é o lado esquerdo, enquanto o lado do passageiro é o direito.
A legislação brasileira é bastante rigorosa quando o assunto é a importação de carros. A regra atual determina que veículos com placa estrangeira só podem circular no Brasil se o proprietário do carro não for residente no país³ - portanto, neste caso, o endereço do dono do carro precisa estar registrado na Argentina.