A biologia usa o termo “raça” como uma categoria de classificação dos seres. A vida é dividida em reinos, classes, espécies... Raça, para os biólogos, é um subnível de classificação, também chamado de subespécie. Por exemplo, cães são uma subespécie de lobos.
Raça refere-se ao âmbito biológico; referindo-se a seres humanos, é um termo que foi utilizado historicamente para identificar categorias humanas socialmente definidas. As diferenças mais comuns referem-se à cor de pele, tipo de cabelo, conformação facial e cranial, ancestralidade e genética.
Esses dois conceitos (raça e etnia) são confundidos inúmeras vezes, mas existem diferenças sutis entre ambos: raça engloba características fenotípicas, como a cor da pele, e etnia também compreende fatores culturais, como a nacionalidade, afiliação tribal, religião, língua e as tradições de um determinado grupo.
Para se afastar da conotação social da palavra "raça", a ciência precisou modificar sua maneira de se referir às populações humanas e aceitar a existência de uma única espécie: o Homo sapiens. A terminologia mudou de raça para ancestralidade.
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É certo falar etnia?
Para o grupo de indígenas, use etnia ou povo. Os nomes de povos indígenas são aportuguesados e escritos com inicial minúscula, como os demais povos e grupos étnicos: espanhóis, ingleses, iorubás.
O conceito de raça é resultado do racismo, não seu pré-requisito”, acrescenta o texto. Segundo os pesquisadores signatários do manifesto, a categorização hierárquica de grupos de pessoas com base em seus traços biológicos supõe relações evolutivas entre as espécies, sendo assim uma forma de racismo.
Etmologicamente, o conceito de raça veio do italiano razza, que por sua vez veio do latim ratio, que significa sorte, categoria, espécie. Na história das ciências naturais, o conceito de raça foi primeiramente usado na Zoologia e na Botânica para classificar as espécies animais e vegetais.
Com o Censo IBGE de 2022, você pode ter se perguntado: Como responder à categoria raça/cor? As categorias utilizadas são: preto, pardo, branco, indígena e amarelo. Amarelo se refere à pessoa que se declara de origem oriental: japonesa, chinesa, coreana.
Para o IBGE a regra é como a pessoa se vê, é ela quem diz qual é a própria raça. São cinco opções: branca, preta, parda, indígena ou amarela, que no caso são descendentes de asiáticos, como japoneses, chineses ou coreanos. Os pretos são descendentes dos africanos e brancos dos europeus.
Usar o termo “raça” e consequentemente criar um dia da consciência negra se justificam, pois, o conceito aqui não é biológico, e sim social. Se pra biologia não faz sentido falar em raças humanas, para as ciências sociais faz. E muito. Pois a raiz do racismo é econômica, política e social, e não biológica.
O IBGE pesquisa a cor ou raça da população brasileira com base na autodeclaração. Ou seja, quando questionada, a pessoa pode se declarar como preta, parda, branca, amarela ou indígena.
Quando o conceito de raça é mencionado, é no sentido?
Nesse sentido, o conceito de raça é utilizado para tratar de problemas ligados ao valor socialmente atribuído a certas características físicas, como casos de discriminação ou segregação racial que ainda hoje observamos.
Em termos sociais, o uso do termo raça é usado enquanto senso comum para determinar grupos étnicos a partir de suas características genéticas. As "raças humanas" seriam determinadas pela cor da pele e características físicas, associadas a origem social dos indivíduos, mas que caiu em desuso pela comunidade científica.
Enquanto raça engloba característi- cas fenotípicas, como a cor da pele, a etnia tam- bém compreende fatores culturais, como a na- cionalidade, afiliação tribal, religião, língua e as tradições de um determinado grupo (Fig.
A principal utilização do conceito de raça na época era para diferenciar e ordenar grupos populacionais. Geneticistas descobriram que as diferenças genéticas entre humanos são pequenas.
A nova lei altera o Estatuto da Igualdade Racial (Lei 12.288, de 2010) para determinar procedimentos e critérios de coleta de informações relativas a cor e raça no mercado de trabalho.
O conceito de raça, muitas vezes utilizado para diferenciar indivíduos, entretanto, inexiste para a genética. O médico geneticista Sergio Pena explica: — Do ponto de vista genético, e mais modernamente genômico, não existem raças humanas.
Por que para a sociologia o termo raça não existe?
O conceito de raça tem implícito uma uniformidade populacional de longa duração que não existe. Não há raças, mas existem pequenas diferenças entre populações. Ideias acerca de raças e das suas alegadas diferenças têm sido usadas ao longo da história para justificar desumanidades. Essas ideias estão obviamente erradas.
Manter o termo “raça” nos tempos atuais é entender que não estamos falando sobre uma verdade biológica científica, mas sobre um povo atingido por essas divisões criadas no passado. A “raça negra” é o conjunto de indivíduos que sofre os impactos de uma inferiorização criada no passado.
Raça envolve elementos puramente biológicos, enquanto que etnia abrange as diferenças físicas aliadas às culturais. Já nacionalidade envolve um componente político que é o Estado.