“Hoje, o que há de mais moderno no tratamento da endometriose são os progestágenos, medicação hormonal que pode ser administrada por meio de implantáveis subcutâneos ou via por via oral”, explica Charles.
Para a maioria das mulheres com endometriose moderada a grave, o tratamento mais eficaz é a remoção ou eliminação do tecido endometrial ectópico e dos endometriomas. Normalmente, esses procedimentos cirúrgicos são feitos por uma laparoscopia abdominal, através de uma pequena incisão feita próxima ao umbigo.
Lupron: Uma injeção intramuscular aplicada em duas doses, com um intervalo de 3 meses entre elas. O Lupron libera GnRH de forma prolongada, o que impede a ovulação e a produção de estrogênio. Com isso, a usuária entra em uma espécie de menopausa.
Os hormônios com maiores níveis de evidência para tratamento da endometriose são o Dienogeste e Gestrinona. O primeiro em uso oral e o segundo podendo ser oral, transdérmica e vaginal.
QUAIS SÃO AS OPÇÕES DE TRATAMENTO PARA ENDOMETRIOSE?
Tem como reverter a endometriose?
Por meio do processo cirúrgico, todas as anomalias provocadas pela doença são corrigidas. A cirurgia é feita por meio de uma videolaparoscopia, um método minimamente invasivo. Mulheres que já possuem filhos podem optar pela remoção do útero e ovários.
Nessa categoria enquadram-se os AINEs (medicamentos anti-inflamatórios não esteroides), como o ibuprofeno e a nimesulida. Esses medicamentos atuam no corpo amenizando os focos de inflamação e assim reduzindo as dores.
Ter uma alimentação saudável também pode ajudar a diminuir as chances de ter endometriose ou de, pelo menos, evitar a progressão da doença. “A alimentação é parte do caminho para estar em um peso adequado.
Dentre todas essas classificações principais, o tipo de endometriose considerado mais grave é a Endometriose Profunda, devido à intensidade dos sintomas e ao maior risco de provocar infertilidade na mulher.
Por conta disso, o tempo máximo de tratamento não pode ultrapassar os seis meses", explica o ginecologista e diretor do Hospital Santa Cruz em Curitiba, Dilermando Pereira de Almeida Filho. Após esse período, no entanto, quando a mulher para de tomar o remédio, cerca de 40% dos focos da doença voltam a aparecer.
A administração contínua de ZOLADEX resulta na inibição da liberação do hormônio luteinizante (LH) pela glândula hipófise, ocasionando uma queda nas concentrações no sangue de estradiol nas mulheres.
A gosserrelina é injetada sob a pele a cada 28 dias. Seis doses são administradas. A leuprolida pode ser injetada sob a pele uma vez por dia ou no músculo uma vez por mês ou uma vez a cada três meses.
Ainda sobre a alimentação, as nutricionistas Dolores Milaré e Maria da Conceição Damasceno apontam que a ingestão de alimentos industrializados, frituras, carboidratos refinados e açúcar devem ser excluídos da rotina da mulher com endometriose.
O consumo de alimentos processados e ricos em gorduras saturadas, como fast-food, frituras e produtos industrializados, deve ser reduzido, pois tem o potencial de aumentar a inflamação no corpo e agravar a dor.
Qual o melhor tratamento para endometriose profunda?
No caso de uma doença profunda, por exemplo, com comprometimento de órgãos com lesões acima de meio centímetro, o melhor tratamento é o cirúrgico, com a retirada desses nódulos/lesões. Não adianta apenas cauterizar essas lesões, é preciso que elas sejam retiradas”, informa a ginecologista Helizabet Ayroza.
Zoladex 3,6mg é utilizado no tratamento para diminuir o índice de testosterona, nos homens, e estradiol, nas mulheres. Zoladex é indicado para controlar o desenvolvimento de tumores, como câncer de mama e câncer de próstata, e em doenças como endometriose e leioma uterino.
As medicações servem ao controle dos sintomas. Durante os episódios de dor, os anti-inflamatórios (piroxicam e ácido mefenâmico, por exemplo) parecem ser as medicações mais eficazes. O uso deve ser feito apenas com orientação médica.
As causas da endometriose ainda não são totalmente esclarecidas e acredita-se que a origem é multifatorial. A menstruação retrógrada, em que há sangue menstrual e tecido endometrial, que são expelidos através das trompas em direção aos ovários e na cavidade abdominal, pode ser uma das causas.
Porque quem tem endometriose não pode tomar leite?
A lactose, um açúcar encontrado no leite, costuma desencadear inchaços abdominais, dores e demais sintomas incômodos quando as bactérias da flora intestinal começam sua digestão e fermentação. A caseína, proteína presente no leite, é outro componente potencialmente perigoso para mulheres com endometriose.