Historicamente as imagens do Orixá Exu foram ressignificadas analogamente ao diabo cristão, sobretudo, a partir de uma construção moderna feita pela teologia judaico-cristã, a tudo o que representa a maldade e a danação (DELUMEAU, 1989; THOMAS, 1991).
Exú abre caminhos. Essa entidade representa as novas estradas, oportunidades, a vida e determinação. Contudo, por ser um protetor fiel, ele auxilia no encontro da melhor trilha a ser percorrida.
Xangô foi o quarto rei lendário de Oió, na Nigéria, tornado orixá de caráter muito justo, violento e vingativo, cuja manifestação são o fogo, os raios, os trovões.
“Exu é personagem controversa, talvez a mais controversa de todas as divindades do panteão iorubá. Alguns o consideram exclusivamente mau, outros o consideram capaz de atos benéficos e maléficos e outros, ainda, enfatizam seus traços de benevolência.
Como Exu Caveira auxilia a vida das pessoas? Sua principal função é o combate às energias negativas. Ele também faz o necessário para que os espíritos desencarnados não regridam em seus conhecimentos e possam evoluir.
Em outras palavras, Exu é “inimigo” de nossas fraquezas, atua no nosso lado sombra, trazendo à superfície psíquica, numa espécie de catarse, emoções, sentimentos e atitudes que bloqueiam nosso crescimento interno e a vida no plano físico.
Exu é um orixá do panteão africano conhecido como mensageiro, e nada tem a ver com o diabo, que é uma criação judaico-cristã, a qual é atribuída a missão de roubar, matar e destruir. Curiosamente, algo que o deus bíblico também faz. Pelo menos, segundo as ações e comportamentos de profetas inspirados por ele.
Arquétipo. A ambivalência é a marca registrada da personalidade de Exu no Brasil. É visto como o mais humano dos orixás: nem completamente mau, nem completamente bom. Possui caráter irascível, astucioso, grosseiro, vaidoso, indecente e que gosta de suscitar dissensões e disputas quando não devidamente propiciado.
É uma espécie de mensageiro, que faz a ponte entre o humano e o divino e muitas vezes é descrito como sendo travesso, fiel e justo. O Exu também está presente na umbanda, religião brasileira que tomou forma no século 20 e combina iorubá e jejê com espiritismo, entre outras crenças.
Exu, em sua fonte mitológica, é criação de Olódùmarè, o deus criador dos Orixás na cultura africana. Exu é cultuado em diversas vertentes de matrizes africanas pelo mundo; foi demonizado por padres missionários portugueses, ainda em sua terra de origem, por suas representações fálicas.
Santo Antônio é o santo católico associado a Exu. Eduardo Carvalho (Èṣùgóroyè) nos conta que o sincretismo dos Orixás com os santos católicos se deu por conta da proibição das religiões de matriz africana imposta pela Igreja Católica.
É uma das entidades mais cultuadas dentro da religião umbandista. Tem ritualística muito parecida com a de Exu Tata Caveira, com o qual costuma ser confundido. No entanto, enquanto Tata Caveira trabalha nos sete campos da fé, o Exu Caveira trabalha "nos mistérios da geração, na calunga" (cemitério).
Exu representa o ponto de encontro entre os caminhos, tanto no plano invisível como no visível – o espiritual e o material –, sendo a encruzilhada seu ponto de força. Tam- bém possui influência sobre os caminhos que levam aos destinos dos espíritos.
Na hierarquia identificada pode-se notar claramente a superioridade dos Exus. A eles estão subordinadas as Pombas-Giras, menos numerosas, fato que se refletiu inclusive na quantidade geral de pontos coletados.
Oxum é a mãe que chora junto. É orixá dos sentimentos. Coincidentemente, também da generosidade, da capacidade de gerar frutos de várias formas. É pelos sentimentos que frutificamos ou secamos.
Considerados uns dos orixás mais temidos do panteão africano, Obaluaiê e Omolu estão associados aos orixás das doenças, da varíola, da cura e também da morte.