O pedido de gratuidade de justiça somente poderá ser negado se houver nos autos elementos que evidenciem a falta dos pressupostos legais para a concessão do benefício. Antes do indeferimento, o juiz deve determinar que a parte comprove a alegada hipossuficiência (art. 99 , § 2º , do CPC/2015 ).
Quando a justiça gratuita é indeferida, o que fazer?
Caso a negativa da gratuidade da justiça tenha sido decidida pelo juiz por decisão interlocutória, o recurso cabível de impugnação é o agravo de instrumento (previsão expressa no Art. 1.015, inc. V do CPC). Por sua vez, caso a rejeição tenha sido decidida em sentença, será possível interpor o recurso de apelação.
Art. 101. Contra a decisão que indeferir a gratuidade ou a que acolher pedido de sua revogação caberá agravo de instrumento, exceto quando a questão for resolvida na sentença, contra a qual caberá apelação.
Se tiver elementos suficientes em mãos para concluir que o benefício da Justiça gratuita é incabível no caso concreto, o juiz poderá negá-lo de forma direta. Mas se, ao invés disso, houver alguma dúvida, deverá intimar a parte para comprovar sua condição de hipossuficiência.
PEDI JUSTIÇA GRATUITA, JUNTEI DOCUMENTOS SOLICITADOS E MESMO ASSIM INDEFERIU E AGORA?
Como derrubar justiça gratuita?
Conforme os artigos 7º e 8º, da lei de regência, a gratuidade de justiça pode ser revogada a pedido da parte contrária (art. 7º), desde que prove a inexistência ou o desaparecimento dos requisitos à sua concessão. Pelos mesmos motivos, o juiz pode revogá-la de ofício (art. 8º).
Em que situações a gratuidade de justiça pode ser revogada?
De acordo com a jurisprudência do STJ, é possível a revogação do benefício da gratuidade de justiça quando provada a inexistência ou desaparecimento do estado de hipossuficiência.
Em que hipótese pode o juiz negar o pedido de gratuidade de justiça?
A assistência judiciária gratuita só pode ser negada pelo juiz se houver elementos nos autos que indiquem a falta de critérios legais para a concessão do benefício e depois de intimado o requerente para comprovar a alegada hipossuficiência, conforme previsto nos artigos 98 e 99, caput, do Código de Processo Civil.
Pode desistir da ação depois de negada a gratuidade de justiça?
A desistência da ação em razão do indeferimento do pedido de justiça gratuita, manifestada inclusive e consequentemente antes da determinação de citação da parte adversa, justamente pela incapacidade financeira de a parte autora arcar com as custas e despesas processuais, não implica ou redunda na efetiva prestação de ...
Gratuidade de Justiça não pode ser revogada como punição por litigância de má-fé, decide Terceira Turma. A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) considerou não ser possível decretar a perda do benefício da gratuidade de Justiça como sanção por litigância de má-fé.
Existem diversas formas de comprovar a hipossuficiência, como a apresentação de contracheques, extratos bancários, comprovantes de despesas, entre outros.
Art. 101. Contra a decisão que indeferir a gratuidade ou a que acolher pedido de sua revogação caberá agravo de instrumento, exceto quando a questão for resolvida na sentença, contra a qual caberá apelação.
O que acontece quando não é concedida justiça gratuita?
Não efetuado o recolhimento, o processo será extinto sem resolução de mérito, tratando-se do autor, e, nos demais casos, não poderá ser deferida a realização de nenhum ato ou diligência requerida pela parte enquanto não efetuado o depósito.
A gratuidade da justiça isenta o beneficiário de diversas despesas processuais, todas elas relacionadas nos vários incisos do § 1º, do art. 98, incluindo custas iniciais, as despesas com citações (por cartas, oficial de justiça ou mesmo editalícia), as despesas e emolumentos cartorários e honorários periciais.
Quem paga as custas processuais na justiça gratuita?
Do art. 12 da Lei 1.060/1950 extrai-se o entendimento de que o beneficiário da justiça gratuita, quando vencido, deve ser condenado a ressarcir as custas antecipadas e os honorários do patrono vencedor. Entretanto, não está obrigado a fazê-lo com sacrifício do sustento próprio ou da família.
O que significa processo com indeferimento da justiça gratuita?
O pedido de gratuidade de justiça somente poderá ser negado se houver nos autos elementos que evidenciem a falta dos pressupostos legais para a concessão do benefício. Antes do indeferimento, o juiz deve determinar que a parte comprove a alegada hipossuficiência (art. 99 , § 2º , do CPC/2015 ).
Até quando dura o benefício da gratuidade? Uma vez concedido o benefício da justiça gratuita ele perdura para todos os atos do processo e graus de jurisdição; ou seja, você não precisa renovar o pedido de justiça gratuita em sede recursal. Esse é o entendimento do STJ que foi proclamado no REsp n. º 1316296.
Quantos salários mínimos para justiça gratuita em 2024?
Qual a renda necessária para conseguir a Assistência Judiciária Gratuita? Alguns Tribunais estabelecem um valor de renda para concessão da assistência judiciária gratuita, que varia entre 03 e 10 salários-mínimos.
Qual a diferença entre gratuidade de justiça e justiça gratuita?
Assim, se a parte já contratou advogado, e no curso da ação depara-se com dificuldades financeiras, faz jus ao "benefício da gratuidade da Justiça", e para aqueles que não têm condições de contratar advogado, o Estado confere o "benefício da Assistência Judiciária".
Quem paga à sucumbência do advogado em caso de justiça gratuita?
Na prática, caso vencido o beneficiário, o juiz deve fixar as despesas que por ele serão arcadas. Essa condenação ficará sob condição suspensiva e, havendo modificação na condição financeira do beneficiário, este arcará com as despesas às quais foi condenado (§ 3º)."
Para impugnar a concessão de justiça gratuita, a parte interessada deve apresentar ao juiz provas de que a outra parte não preenche os requisitos de hipossuficiência, ou seja, que tem condições financeiras de arcar com as despesas processuais sem comprometer seu sustento.
Quem analisa o pedido de justiça gratuita na apelação?
Acolhimento. Competência para apreciação do pedido de Justiça Gratuita formulado em sede de apelação que cabe ao relator do recurso, e não mais ao Juízo a quo, nos termos do art. 99 , § 7º , do Código de Processo Civil .