Apesar de ele ainda não ter começado, já há previsões de seus impactos em 2024. Neste texto, o Nexo explica o que marca o fim do El Niño, o que é o La Niña, quais costumam ser seus efeitos no Brasil e quais são as previsões para 2024.
Conforme a publicação, a maioria dos modelos climáticos apontam para a condição de neutralidade da temperatura da superfície do Oceano Pacífico e, com isso, o El Niño deixou de ser registrado em junho de 2024 pela primeira vez desde junho de 2023. Em função dessa mudança de cenário, essa é a última versão do boletim.
As projeções do NOAA indicam que o resfriamento dos oceanos deve ocorrer até agosto de 2024, quando massas de ar polar mais frequentes e intensas são esperadas, assim como geadas tardias e regularização das chuvas na próxima safra.
Grande parte do país terá temperaturas acima da média na maior parte do inverno, mas ondas de frio deverão ocorrer, algumas bem amplas. As massas de ar seco no interior do país, no entanto, dificultarão o avanço do ar polar, que tende a ficar mais restrito à região Sul.
A projeção do Índice Integrado de Seca (IIS) para julho de 2024 indica uma intensificação da situação de seca em diversas regiões do Brasil. No interior de São Paulo, a seca severa deverá se agravar, atingindo 65% do estado.
Os dados de anomalia de temperatura da superfície do mar indicam assim que o El Niño está nos seus momentos finais. A tendência é que o episódio do fenômeno de 2023-2024 chegue ao fim no final do mês ou mais tardar em maio, seguindo-se uma fase breve de neutralidade até a instalação da La Niña.
O fenômeno não tem um período de duração definido, podendo persistir até dois anos ou mais. Em dezembro/2023, foi registrado o maior valor de aumento da temperatura do fenômeno: 2,0ºC acima da média, fazendo com que o El Niño chegasse a sua maior intensidade.
Desde o último dia 22 de abril, o Brasil enfrenta uma onda de calor fora do comum, e as previsões indicam que essa condição se estenderá até pelo menos o dia 10 de maio de 2024.
A chegada de uma forte frente fria neste final de semana, o último de junho de 2024, promete provocar uma queda brusca da temperatura em várias Regiões do Brasil, especialmente na Região Sul.
Conforme os meteorologistas da Climatempo, a tendência é de que o La Niña persista durante todo o restante do ano de 2024, com pico provável para a primavera, de outubro a dezembro, devendo atuar ainda até o verão de 2025.
De acordo com Marco Antônio dos Santos, agrometeorologista da Rural Clima, a primavera deve ter temperaturas mais amenas neste ano. “Setembro e outubro ainda serão com dias quentes, já que não teremos frentes frias passando com regularidade, principalmente, na região Centro-Norte.
Apesar de março ainda trazer influência do El Niño, o fenômeno já está enfraquecido. Ele começou no outono do ano passado, teve seu ápice entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024 e passou a enfraquecer em meados de fevereiro.
Planeta sofre recorde de calor em abril; 2024 pode ser ainda mais quente. O calor extremo no planeta continua à espreita. No mês passado, o mundo registrou o abril mais quente da história, de acordo com novos dados do Copernicus, o serviço de monitoramento climático da União Europeia.
Essa diminuição de temperatura pode ocasionar: formação de geadas nas regiões Sul, Sudeste e em Mato Grosso do Sul; queda de neve nas áreas serranas e planaltos da Região Sul e episódios de friagem em Mato Grosso, Rondônia, Acre e no sul do Amazonas.
No trimestre de primavera, entre setembro e novembro, 1% de El Niño, 18% de neutro e 81% de La Niña. No trimestre de verão, entre dezembro de 2024 e fevereiro de 2025, também 1% de El Niño, 18% de neutralidade e 81% de La Niña.
Depois dele, deve se formar o evento chamado La Niña. O La Niña é um fenômeno atmosférico-oceânico complexo, que se caracteriza, em termos grosseiros, por gerar efeitos contrários aos do El Niño no clima global. O evento costuma afetar os padrões de chuva e temperatura nas diferentes regiões do Brasil.
O fenômeno El Niño segue em fase de enfraquecimento no decorrer do mês de março, mas ainda terá influência no Clima do Brasil. Este episódio do El Niño começou a se desenvolver no fim do outono de 2023 e atingiu seu máximo entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024.
Segundo as projeções estendidas do International Research Institute for Climate and Society (IRI), há possibilidade da formação do fenômeno La Niña partir do segundo semestre — julho, agosto, setembro de 2024 — com probabilidade de 69%”, informou o instituto.
Mas essa condição não basta para aqueles que gostam do frio intenso, e que já contam os dias para a chegada do inverno. Em 2024, a estação mais gelada do ano começará na tarde de 21 de junho, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
O início da primeira semana de setembro de 2024 marca a fase final do inverno. Assim, as temperaturas sobem, trazendo tempo seco e baixa umidade do ar em grande parte do Brasil, mas há exceções, como a frente fria no Sul.
Julho começou com uma grande frente fria, que trouxe chuva e temperaturas baixas, com a passagem de uma forte massa de ar frio pelo centro-sul do país. Mas a Climatologia mostra que julho é um mês de secura no país, de pouca ou nenhuma chuva.