Além de grávidas, sensíveis à cafeína e crianças e adolescentes, Cercato alerta que devem consumir café com moderação os cardiopatas e as pessoas que fazem uso de suplementos de academia, produtos ricos em cafeína.
O ideal é evitar o consumo após as 15h. Não é recomendada a ingestão de 300 mg de cafeína de uma vez só. Não é só no café: a cafeína também está presente em energéticos, refrigerantes, chocolates e até remédios.
Embora muitos adultos tolerem quantidades além desses limites diários, há danos associados à ingestão de muita cafeína com muita frequência. Esses incluem má qualidade do sono, tremores, vômitos, frequência cardíaca acelerada, baixos níveis de potássio, irritabilidade, dor de cabeça, inquietação e ansiedade.
Em pessoas sensíveis à cafeína ou que têm baixa metabolização da substância, o café pode ocasionar, ainda, dor de cabeça, azia, desconforto abdominal e náuseas, além de elevar a frequência cardíaca, aumentar a pressão arterial e ocasionar tremores nas mãos.
A cafeína também combate a fadiga e é responsável por desencadear uma sensação de bem-estar. Doses elevadas de cafeína, por sua vez, podem provocar efeitos negativos no organismo, como taquicardia, ansiedade, tremores, dores de cabeça, náuseas, insônia e palpitações.
Uma xícara de café de 240 ml, por exemplo, possui de 90 a 200 mg de cafeína. Beber duas ou três xícaras de café ao dia reduz risco de doenças cardíacas, segundo estudos científicos.
O problema quanto ao consumo do café e da cafeína, na verdade, está no exagero. A ingestão moderada de café, por exemplo, com duas a três xícaras diárias, não interfere nos níveis pressóricos de modo significativo.
O professor Octávio Pontes explica em sua coluna que, quando consumimos café, a cafeína é absorvida pelo organismo e chega ao cérebro onde pode ter vários efeitos. Um dos principais efeitos é a estimulação do sistema nervoso, o que pode aumentar o estado de alerta, melhorar a concentração e reduzir a fadiga mental.
Manter-se hidratado pode ajudar a repor vitaminas solúveis em água, já que a cafeína é um diurético. Ter alimentos no estômago – especialmente uma refeição rica em proteínas e fibras – também pode ajudar, permitindo que o corpo absorva a cafeína ao longo de um período mais longo, disse Palinski-Wade.
Nestes casos (exceto crianças), a nutricionista aconselha combiná-lo com leite porque “apazigua o efeito da cafeína”. Outro benefício é que ele fornece cálcio, mineral que fortalece o sistema ósseo e melhora o funcionamento dos músculos, nervos e circulação sanguínea.
A indicação dos especialistas que suplementam a substância é de que seja feita a ingestão de uma cápsula ao dia. Dessa forma, o paciente consegue ter os efeitos da vasodilatação, oxidação lipídica, melhora na performance nos treinos, foco e concentração, sem causar prejuízos ou efeitos colaterais para a saúde.
Mulheres grávidas, pessoas com problemas gastrointestinais, transtornos de ansiedade e cardíacos devem evitar o consumo de café. A cafeína pode afetar o desenvolvimento do feto, causar desconforto gastrointestinal, aumentar a ansiedade e impactar negativamente problemas cardíacos.
Pessoas com condições de saúde pré-existentes devem ser especialmente cautelosas. Como você já sabe, o consumo descontrolado de cafeína pode afetar o bem-estar emocional e físico, aumentando o estresse e prejudicando o equilíbrio geral.
A cafeína está associada com a resistência vascular, ou seja, a dificuldade com a passagem do fluxo nos vasos, e também provoca vasoconstrição, que é a contração a nível dos vasos sanguíneos, o que dificulta a passagem do fluxo e tudo isso faz com que haja um aumento da pressão arterial”, explicou.
A cafeína, presente no café, parece ser a responsável pela elevação da pressão arterial. A ingestão de cafeína pura está associada com elevação aguda da pressão arterial. Esta elevação se inicia na primeira hora após a ingestão e dura por até 3h.
O consumo de café tem sido associado a aumentos significativos na pressão arterial em pessoas sensíveis à cafeína, mas exerce efeitos desprezí- veis sobre os níveis pressóricos em longo prazo em bebedores de café habituais.
Indivíduos que apresentam quadros de ansiedade não devem consumir alimentos que contenham cafeína, muito menos suplementos. Por elevar os batimentos cardíacos e ter efeito estimulante, a substância pode induzir o paciente a uma crise.
A cafeína (trimetilxantina) é uma droga psicotrópica do grupo dos estimulantes do sistema nervoso central. Em geral, os seus efeitos sobre o organismo consistem em aumentar o estado de alerta e reduzir a sensação de fadiga, podendo aumentar a capacidade para realizar determinadas tarefas.
É importante ressaltar que a cafeína em cápsulas deve ser usada somente sob a recomendação de um médico, ou nutricionista, porque pode causar alguns efeitos colaterais, além de não ser indicada para crianças menores de 12 anos e em algumas situações, como ansiedade, estresse e pressão alta, por exemplo.
Responsável por reprimir estímulos do cansaço e aumentar o estado de alerta em nosso cérebro, a cafeína bloqueia os efeitos da adenosina, um neurotransmissor responsável pela sensação de relaxamento e cansaço do corpo.
Os principais sintomas de alerta são: dificuldade para dormir, dor de cabeça, enxaquecas, desconforto estomacal, síndrome do intestino irritável, tremores, calor, coceira, agitação excessiva, quadros de ansiedade, nervosismo, inquietação, aumento da pressão arterial e ritmo cardíaco.
Há também medicamentos que inibem o metabolismo da cafeína, bloqueando a ação da enzima responsável por esse processo. Um exemplo são alguns antibióticos, como as quinolonas.