A Extinção da Punibilidade acontece quando não há mais como se impor ao réu ou condenado a sanção penal. Há algumas situações, hipóteses, que anulam a punição, fazendo desaparecer o direito do Estado de punir. Embora exista a conduta delituosa, a possibilidade jurídica de imposição de pena desaparece.
O que acontece depois da extinção da punibilidade?
A extinção da punibilidade serve para determinar o fim do direito de o Estado punir o autor de um crime. Isso significa que o Estado, através do seu aparato judicial, não pode mais aplicar uma pena ou seguir com um processo penal contra o indivíduo envolvido.
Significa que um juiz ou uma juíza determinou a extinção do processo, porque ele não possui alguns requisitos previstos em lei. Não significa que o autor tenha ganhado ou perdido a causa, mas, apenas, que o processo não poderá prosseguir.
Quando extinta a punibilidade os efeitos da condenação persistem?
Se a punibilidade for extinta antes da sentença condenatória, não persiste qualquer efeito penal ou processual. Nesse caso, conforme prevê o art. 397, inciso IV, do CPP, o acusado deverá ser absolvido sumariamente, não gerando maus antecedentes ou outros efeitos a ele.
IV - pela prescrição, decadência ou perempção; V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada; VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite; IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.
Extinção da Punibilidade e Prescrição - Efeitos e Causas da Extinção da Punibilidade
Quem pode pedir a extinção da punibilidade?
A extinção da punibilidade pode ocorrer mediante renúncia do direito da queixa no caso dos crimes de ação privada, ou seja, aqueles crimes em que, nos termos do Código Penal, artigo 100, parágrafo segundo, a queixa é movida por iniciativa privada pelo ofendido ou por um representante legal.
1. Segundo o artigo 581, inciso VIII, do Código de Processo Penal, cabe recurso em sentido estrito contra a decisão que decretar a prescrição ou julgar, por outro modo, extinta a punibilidade.
A análise da extinção da punibilidade cabe ao juízo ou tribunal no qual se encontra tramitando o feito. Ocorrendo o trânsito em julgado da condenação, a competência será do juízo da vara de execuções penais (art. 66 , II , da Lei n. 7.210 /84).
Qual a diferença entre extinção da punibilidade e extinção da pena?
Isso acontece quando não se pode mais impor uma pena ou medida de segurança ao autor do crime. Com a extinção da punibilidade, o Estado perde a autoridade de penalizar o indivíduo pelo ato ilícito cometido. A extinção é um desdobramento legal que pode surgir por várias causas estabelecidas na legislação penal.
Caso o seu processo tenha sido julgado extinto, o primeiro passo a se fazer é entrar em contato com seu advogado para que ele explique o motivo da extinção e lhe explique os próximos passos, se haverá o cumprimento da sentença, recurso ou mesmo um novo processo no futuro.
Para que a hipótese de extinção se configure, é necessário que o processo permaneça parado por mais de 1 (um) ano sem que nenhuma das partes tenha praticado atos no processo. A extinção pode ocorrer por iniciativa da parte ou do Ministério Público, e, ainda, ser decretada de ofício pelo juiz.
Qual a diferença entre extinção da punibilidade é absolvição?
Enquanto a extinção da punibilidade põe fim à possibilidade de aplicação de uma pena, a absolvição representa uma declaração de inocência do acusado, afastando a sua responsabilidade criminal.
A Certidão de Extinção de Punibilidade por Morte será expedida diretamente no BNMP Web, sempre que houver decisão judicial transitada em julgado que reconheça o falecimento de réu, tanto em processo de conhecimento quanto em processo de cumprimento de pena.
Então, a extinção da punibilidade pode ocorrer pela morte do agente, pela anistia, graça ou indulto, por Abolitio Criminis, pela decadência, pela perempção, pela prescrição, pela renúncia, pelo perdão do ofendido, pelo perdão judicial, ou pela retratação do agente.
O que significa extinta a punibilidade por anistia?
Anistia, graça e induto são formas de extinção da punibilidade, conforme artigo 107, inciso II, do Código Penal. Isso significa dizer que são benefícios concedidos aos presos, uma espécie de “perdão, que acaba com as punições.
- O recurso cabível contra a decisão que declara extinta a punibilidade é o Recurso em Sentido Estrito, de acordo com a literalidade do art. 581 , inciso VIII , do Código de Processo Penal .
O Abolitio Criminis ocorre quando uma conduta considerada criminosa deixa de ser tipificada. Ou seja, se refere à abolição de um ato que antes era considerado crime. Já a Anistia é uma medida que perdoa ou esquece um delito, sem que haja a necessidade de uma mudança na lei.
Significa que o Estado perdeu o direito de punir o autor do crime, porque o passou o prazo que tinha para condenar ou para fazer o réu cumprir a pena a que foi condenado.
A extinção da punibilidade marca o momento em que o Estado não pode mais continuar punindo a pessoa que cometeu um crime. Ela se dá, entre outras hipóteses, com a declaração do juiz da execução penal de que a pena foi integralmente cumprida. Isso vale, inclusive, para a pena de multa.
Perdão judicial é prerrogativa do juiz que mesmo reconhecendo a prática do crime deixa de aplicar a pena, desde que, preenchidas as circunstâncias da lei e quando as consequências do delito atinjam o agente, de tal forma que o seu sofrimento por si só, já seja punição suficiente.