A necessidade de contar o tempo surgiu ainda na pré-história para o atendimento às questões mais básicas de sobrevivência e, pode-se dizer, tal necessidade continua atual. Nossos afazeres, lazer, trabalho e até mesmo o sono estão atrelados à contagem de tempo para cada atividade.
Dessa forma, as primeiras referências de contagem do tempo estipulavam que o dia e a noite, as fases da lua, a posição de outros astros, a variação das marés ou o crescimento das colheitas pudessem metrificar “o quanto de tempo” se passou.
Nos períodos da manhã e no fim de tarde a sombra era mais longa e exatamente ao meio dia ficava bem curta. Esse foi o primeiro tipo de instrumento de medição do tempo, surgido há 1.500 anos a.C., o mais antigo que se tem registro, chamado de relógio de sol ou Gnômon. Em 1.400 a.C. surge o relógio de água, ou Clepsidra.
Todos nós sabemos que os anos começaram a ser contados a partir do nascimento de Cristo, dividindo a história da humanidade em antes de Cristo (a.C.) e depois de Cristo (d.C.). O que poucos sabem é como e quando se tomou essa decisão.
COMO ERAM OS CALENDÁRIOS ANTES DE CRISTO? || VOGALIZANDO A HISTÓRIA
Quem definiu que o dia tem 24 horas?
Foi um astrónomo grego chamado Hiparco, que se lembrou de propor que essas 24 partes do dia tivessem a mesma duração e não dependessem do tamanho dos dias ou das noites.
Os babilônios, povo que viveu entre 1950 a.C. e 539 a.C., na Mesopotâmia, foram os primeiros a marcar a passagem do tempo. Ao construir o relógio de sol, dividiram o dia em 12 partes e depois em 24, que são as horas que usamos até hoje.
Para os historiadores, o ano 1 foi justamente o ano em que Cristo nasceu. Os acontecimentos que ocorreram antes do nascimento de Cristo são contados em ordem decrescente e sempre devem ter as iniciais a.C para diferenciar.
Mas foi há cerca de cinco mil anos, na Mesopotâmia, que surgiu a divisão do dia em horas. Os babilônios repararam que, quando o Sol atingia o máximo de altura no céu, ele não projetava sombras — e chamaram esse momento de meio-dia. Em seguida, dividiram o resto da trajetória da sombra em 12 partes.
Os romanos associavam cada ano à data de fundação da cidade. Assim, o ano moderno 753 a.C. era considerado o ano 1 na Roma antiga. O calendário inicial possuía seis meses de 30 dias e quatro meses de 31 dias.
O mais antigo método de medir a passagem do tempo data justamente dessa antiguidade remota: já em 3500 a.C. o ser humano anotava a passagem do dia e da noite com um relógio solar.
Ignora-se como os hebreus dividiam o ano, mas depreende-se que já utilizavam a semana, visto que seguiam o mesmo princípio para contar os anos, agrupando-os em septanas ou semanas de "sete anos". Pelo contrário, os egípcios dividiam o ano em 12 meses de 30 dias e cada mês em três décadas.
O Calendário Judaico tem entre 353 e 385 dias. Como dito, a contagem do tempo é feita a partir da criação de Adão. Conforme esta tradição, os dias se iniciaram ao pôr do sol de quinta- feira. Para o cálculo do ano judaico, basta acrescentar 3760 ao ano do Calendário Cristão.
Os Sumérios (povo residente na mesopotâmia) chegaram a elaborar um calendário, que dividia o ano em 12 meses de 30 dias, sendo que os dias eram divididos em 12 períodos (que equivalem a duas horas), e dividiam cada um destes períodos em 30 partes (aproximadamente 4 minutos).
Marcos afirma que Jesus nasceu durante o reinado de Herodes, o Grande, pouco antes de sua morte. "Como agora sabemos que Herodes morreu em 4 a.C., conforme o Evangelho de Mateus, Jesus deve ter nascido em 4, 5, 6 ou 7 a.C."
Isso porque a contagem dos anos, meses e dias no calendário gregoriano - que adotamos - começa a partir do 1. Mas para esses especialistas, o zero é fundamental. O ano seguinte ao primeiro antes de Cristo (1 a.C.) foi o primeiro depois de Cristo (1 d.C.). Por convenção, não houve o ano zero.
No dia 24 de fevereiro de 1582, o Papa Gregório XIII decretou uma mudança na contagem do tempo. A alteração foi determinada por meio da bula papal chamada “Inter Gravíssimas”. O documento criou o Calendário Gregoriano, para ajustar o ano civil ao ano solar, período que a Terra leva para dar uma volta ao redor do Sol.
O ano que hoje se adota universalmente surgiu na Roma Antiga. Inicialmente, os romanos dividiam o ano em dez meses, começando em março e terminando em dezembro (por isso temos ainda hoje os nomes de setembro, outubro, novembro e dezembro); a duração dos meses variava entre 16 e 36 dias.
Os cristãos, contam o tempo a partir do nascimento de Cristo. O calendário cristão é o mais usado no Brasil. Contamos o tempo a partir do nascimento de Jesus Cristo. Para nós, há os fatos ocorridos antes e depois de Cristo nascer.
A divisão de horas em 60 minutos e do minuto em 60 segundos vem do Oriente Médio – da Babilônia e, antes disso, do Imperio Sumério. Kukula explica que essas civilizações gostavam de usar divisões em 60 partes. "Aparentemente, eles achavam que essa era uma boa forma de fracionar as coisas."
Deus chama a luz à existência no Dia 1, nomeia-a de dia, separa-a das trevas e a coloca em uma dança alternada entre tarde e manhã. As noites e as manhãs passam, acumulando dias, até o final da semana da criação. Deus cria a luz e o ritmo dos dias.
Por volta de 1500 a.C., os egípcios desenvolveram um relógio de sol em forma de “T”, colocado no solo e calibrado para dividir o intervalo entre o nascer e o pôr do sol em 12 partes, com base no número de ciclos lunar. Essa divisão durante o dia formou a primeira representação do que chamamos de “hora”.