São considerados analfabetos os indivíduos que não conseguem realizar tarefas simples que envolvem a leitura de palavras e frases, ainda que uma parcela deles consiga ler números familiares como o do telefone, da casa, de preços etc.
Uma pessoa que sabe ler e escrever, é alfabetizada. Já uma pessoa letrada sabe usar a leitura e a escrita de acordo com as demandas sociais. O letramento torna o indivíduo apto a organizar discursos, interpretar e compreender textos e a refletir sobre eles.
O analfabetismo absoluto, o mais tradicional, refere-se à incapacidade total de ler e escrever, enquanto o analfabetismo funcional, ou iletrismo, afeta pessoas que passaram pelo sistema educacional, mas não adquiriram habilidades de leitura e escrita.
Quando agregados, os níveis 1 (Analfabeto) e 2 (Rudimentar) compõem o grupo dos considerados analfabetos funcionais. E os níveis 3 (elementar), 4 (intermediário) e 5 (proficiente), somam os considerados funcionalmente alfabetizados.
Como comprovar que a pessoa é analfabeta funcional?
Analfabetos funcionais frequentemente possuem algum nível de escolaridade, mas não desenvolveram habilidades de leitura e escrita adequadas. Cerca de 29% da população brasileira de 15 a 64 anos é considerada analfabeta funcional. Há alta prevalência do analfabetismo funcional entre a população idosa no Brasil.
Analfabetismo - conceito, causas, consequências e soluções.
Quando é que a pessoa é considerada analfabeta?
Em seu sentido etimológico, analfabeto (a[n]+alfabeto, sem alfabeto) designa qualquer pessoa que não conheça o alfabeto ou que não saiba ler e escrever, e analfabetismo, a condição de quem não conheça o alfabeto ou não saiba ler e escrever.
São considerados analfabetos os indivíduos que não conseguem realizar tarefas simples que envolvem a leitura de palavras e frases, ainda que uma parcela deles consiga ler números familiares como o do telefone, da casa, de preços etc.
Percentual de pessoas com 15 anos ou mais de idade que não sabem ler e escrever pelo menos um bilhete simples, no idioma que conhecem, na população total residente da mesma faixa etária, em determinado espaço geográfico, no ano considerado. Mede a proporção de analfabetos na população com 15 anos ou mais de idade.
O INAF classifica o alfabetismo funcional em quatro níveis: analfabeto, alfabetizado nível rudimentar, alfabetizado nível básico e alfabetizado nível pleno.
O país com o mais alto índice relativo de analfabetismo é o Haiti, com 40,2% (2,25 milhões de habitantes). O analfabetismo é, para a diretora do Iesalc, um dos mais graves problemas da região. São 37 milhões de analfabetos na América Latina e no Caribe.
Os indivíduos chamados de analfabetos funcionais são aqueles que reconhecem as letras e os números, no entanto, não compreendem textos, não conseguem captar as ideias centrais e explicar o conteúdo daquilo que foi lido.
“Existe até um termo para isso: analfabetismo físico. É quando o indivíduo perde essa janela de aprendizado e terá mais dificuldade de adquiri-la mais tarde”, conta a médica. O resultado são adultos sem agilidade e com poucas habilidades motoras.
Então, podemos dizer que alguém é alfabetizado quando sabe ler e escrever textos simples, sem dificuldades, correlacionando os fonemas (sons) aos grafemas (grafias), e vice-versa.
Para considerar que a criança está alfabetizada, o adulto deve assegurar que ela saiba escrever palavras e frases simples sob condição de ditado, sendo que cada palavra deve conter todos os grafemas, ainda que a ortografia não seja perfeita – uma vez que estamos considerando crianças no início da vida escolar.
Como é chamada a pessoa que só sabe escrever o nome?
Segundo o Todos Pela Educação, a Pnad e Censo consideram também analfabetos, aqueles que sabiam ler e escrever, mas esqueceram; as que apenas assinam o próprio nome; e aquelas que se declaram “sem instrução” ou que declaram possuir menos de um ano de instrução.
Aqueles que somente leem ou escrevem sem dar sentido à leitura ou à escrita são os chamados analfabetos funcionais, capazes de apenas decifrar o alfabeto. Para alfabetizar de modo pleno, letrando é preciso articular as dimensões técnica e sociocultural do aprendizado da escrita.
Em seis décadas, percentual subiu quase 20 pontos percentuais. Dados do Censo Demográfico de 2022 mostram que, dos 163 milhões de pessoas de 15 anos ou mais de idade, 151,5 milhões sabiam ler e escrever um bilhete simples e 11,4 milhões não sabiam.
Quem sabe escrever somente o nome não é considerado alfabetizado. De acordo com a Secretaria de Educação Fundamental do MEC, que orienta os professores e também os cursos de alfabetização de adultos, o conceito alfabetismo ou letramento é mais abrangente.
Por sua vez, chamar alguém de analfabeto, consistiria em ofensa à honra- decoro. Com o fim de tutelar o direito à honra, o ordenamento jurídico prevê a proteção penal, como explica Bittar (2015, p. 205): Em nível penal, são previstos delitos próprios contra a honra, a saber: a calúnia, a difamação e a injúria.