O nível de endividamento dos consumidores caiu na passagem de junho para julho, atingindo 78,5% das famílias brasileiras, uma redução de 0,3 ponto percentual (p.p.). É o primeiro recuo no indicador desde fevereiro. No entanto, ainda está acima do primeiro trimestre de 2024, quando terminou em 78,1%.
A inadimplência no Brasil teve um decréscimo de 0,04% em relação ao mês anterior, que corresponde a uma queda de 30,5 mil no número de consumidores inadimplentes. Ao todo, são 72,04 milhões de brasileiros em situação de inadimplência.
Os dados ainda mostram que quase três em cada dez consumidores (30,70%) tinham dívidas de valor de até R$ 500, percentual que chega a 44,72% quando se fala de dívidas de até R$ 1.000. Em maio de 2024, o número de dívidas em atraso no Brasil teve crescimento de 0,76% em relação ao mesmo período de 2023.
Atualmente, está em 10,50%. O percentual de famílias que se consideram muito endividadas chegou a 17,8% em maio último, acima dos 17,2% de abril. Já as pessoas com dívidas ou contas em atraso são consideradas inadimplentes.
As principais causas do endividamento são o aumento da inflação e a diminuição do poder de compra. Uma das formas de conter a alta da inflação, que vem sendo utilizada no Brasil é aumentar a taxa Selic, que é a taxa básica de juros da economia.
Mais de 1/3 dos brasileiros estavam inadimplentes na Serasa até fevereiro de 2024, quando a empresa realizou um “feirão limpa nome”. Dos 203 milhões de habitantes do país, apurados pelo Censo de 2022 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 72 milhões tinham dívidas não pagas.
De acordo com a estimativa, são 16,90 milhões de pessoas registradas em cadastro de devedores nesta faixa, ou seja, quase metade (49,68%) dos brasileiros desse grupo etário estão negativados. A participação dos devedores por sexo segue bem distribuída, sendo 51,14% mulheres e 48,86% homens.
No topo da lista está São Paulo, com cerca de R$ 280,8 bilhões, seguido do Rio de Janeiro, com R$ 160 bilhões, Minas Gerais, R$ 147,9 bilhões, e Rio Grande do Sul, R$ 95,2 bilhões.
Quantos anos uma pessoa pode ficar com o nome sujo?
Após 5 anos, o consumidor pode até não ser mais cobrado pela dívida na Justiça, mas é muito provável que também não conseguirá manter boas relações comerciais com aquele credor, seja ele um banco ou uma loja, por exemplo.
Como a economia do país pode gerar mais endividados
É a receita perfeita para o endividamento: com a inflação alta e a renda caindo, muita gente não consegue pagar as contas mais básicas. “Tanto que o endividamento hoje não está em gastos muito grandes como financiamento de casa ou de carro.
Qual a diferença entre endividamento e inadimplência?
“Uma pessoa endividada é aquela que possui dívidas, como empréstimos ou financiamentos, mas está pagando as parcelas regularmente, enquanto uma pessoa inadimplente é aquela que deixa de cumprir com suas obrigações financeiras, não pagando suas dívidas dentro do prazo estipulado”, explica.
Para a Presidência da República, a dívida terminará 2024 em 76,6% e não chegará a 80%, segundo projeção feita até 2034. É o que consta nos anexos da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025 (PLN 3/2024), ainda em análise pelos parlamentares.
No acumulado em doze meses, o déficit nominal alcançou R$1.111,3 bilhões (9,81% do PIB), ante déficit nominal de R$1.127,5 bilhões (10,01% do PIB) acumulado até julho de 2024.
A inadimplência no Brasil continua em níveis elevados, com 67,54 milhões de consumidores negativados em setembro de 2024, segundo o Indicador de Inadimplência da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).
Qual o maior causador do endividamento do cidadão brasileiro?
"Um dos principais motivos do endividamento é a desorganização financeira, em especial, a falta de controle dos gastos e do dinheiro que entra. Fazer isso é importante para qualquer pessoa, especialmente para aquelas que trabalham por conta e recebem pela venda de produtos e serviços ao longo do mês.
Todos os condicionantes de emprego, aumento de renda e diminuição de juros possibilitaram que as famílias utilizassem mais o crédito sem se expor à cenários de inadimplência”. A maior parte da população aumentou o seu endividamento, tanto em relação a abril de 2022 quanto a 2023.
Percentual do CNC mostra que 78,8% dos brasileiros estão endividados, o mesmo do mês de maio. Após três meses de alta, o percentual de brasileiros endividados em junho de 2024 permanece estável, mas o número continua alto.
Quantos por cento dos brasileiros estão inadimplentes?
O número de inadimplentes no Brasil diminuiu 0,49% de janeiro para fevereiro de 2024. Levantamento da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) mostra que há 66,64 milhões de brasileiros endividados. Significa 40,6% da população adulta do país.
No ranking regional, completam o pódio nordestino Ceará (45,76%) e Rio Grande do Norte (43,98%). O estado com maior parcela de inadimplentes do Brasil é o Rio de Janeiro (54,16%), seguido do Distrito Federal (52,74%) e do Mato Grosso (52,51%).
Classe média fica mais endividada e mais inadimplente de abril para maio, aponta CNC. A classe média ficou mais endividada e mais inadimplente na passagem de abril para maio, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Jérôme Kerviel foi declarado o homem mais endividado do mundo. Se o nome lhe parece familiar, não estranhe. Este antigo corretor de mercado francês ficou conhecido por um esquema fraudulento que custou 6,3 mil milhões de dólares ao banco Société Générale, onde trabalhava.
Falta de planejamento financeiro: a ausência de um planejamento financeiro adequado leva as pessoas a não estabelecerem metas de economia e investimento, resultando em uma gestão precária dos seus recursos.