No Brasil, 46 milhões de pessoas vivem em lugares onde o lixo não é recolhido pelas prefeituras, incentivando a formação de lixões. A situação é mais grave no Nordeste. Enquanto no Brasil 28% dos domicílios não têm coleta de lixo, no Nordeste a proporção sobe para 49,8%.
“Nós temos mais de 3 mil lixões. E o lixão posto a céu aberto, ele principalmente, através do chorume, contamina o lençol freático, contamina os igarapés, os rios, fazendo com que isso acarrete uma série de doenças na área de saúde e realmente prejudique o meio ambiente”, alerta.
De acordo com o Panorama dos Resíduos Sólidos 2022, foram gerados no Brasil cerca de 80 milhões de toneladas de resíduos sólidos domiciliares, das quais 76 milhões de toneladas foram coletadas, totalizando uma cobertura de coleta de 93%, mesma média apontada para a América do Sul no relatório.
Conheça a dura realidade de quem sobrevive dos lixões
Qual é o estado brasileiro com maior número de lixo?
Proporcionalmente, o estado que mais produziu lixo em 2019 foi São Paulo. No total, foram 498 kg de resíduos sólidos gerados por apenas um paulista durante o ano.
Qual a posição do Brasil na produção de lixo no mundo?
Segundo o levantamento da ONU, no recorte das Américas, o Brasil está na frente do México (1,5 milhão de tonelada) e Canadá (770 mil toneladas). O relatório não traz um ranking global, mas estimativas colocam o Brasil no 5º lugar mundial de maiores produtores de e-lixo do planeta.
No Brasil, 46 milhões de pessoas vivem em lugares onde o lixo não é recolhido pelas prefeituras, incentivando a formação de lixões. A situação é mais grave no Nordeste.
Cerca de 800 mil pessoas vivem da reciclagem no Brasil
Segundo levantamento do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), cerca de 800 mil agentes ambientais, popularmente conhecidos como catadores de lixo reciclável, estão em atividade no Brasil.
O dado foi projetado a partir de bases de densidade de habitantes por catador, considerando censos realizados em outras cidades, como Santo André e Porto Alegre. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o Brasil tem pelo menos 800 mil catadores.
A Bahia é recordista no número de lixões: são mais de 300 vazadouros em situação irregular. Brasília só tem um lixão: a 20 quilômetros do centro da capital do país, que recebe quase 80% do lixo produzido no Distrito Federal.
Apesar dos avanços, cerca de 9,1% da população brasileira ainda não tem acesso aos serviços de coleta de resíduos sólidos. Muitos recorrem a práticas prejudiciais ao meio ambiente, como queimar ou enterrar o lixo em suas propriedades.
Essa foi a quantidade de lixo gerada pelos brasileiros no ano passado, conforme o Panorama dos Resíduos Sólidos do Brasil, da Abrelpe. Em 2022, foram produzidas 81,8 milhões de toneladas de resíduos nas áreas urbanas, o equivalente a 224 mil toneladas diárias.
Segundo dados do estudo, o acesso ao consumo e a oferta de produtos com embalagens são elementos que auxiliam para esse constante crescimento. Além do mais, o desperdício de comida, a compra exagerada ou jogar fora o que está perto de vencer são hábitos dos brasileiros.
A Lei nº 12.305 prevê, desde 2 de agosto de 2010, que todos os rejeitos do país devem ter uma disposição final ambientalmente adequada em quatro anos. Traduzindo e atualizando o juridiquês, a lei — que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos no país — determina a desativação dos lixões a céu aberto.
De acordo com a pesquisa, os resíduos recicláveis secos são compostos principalmente pelos plásticos (16,8%, com 13,8 milhões de toneladas por ano), papel e papelão (10,4%, ou 8,57 milhões de toneladas anuais), vidros (2,7%), metais (2,3%) e embalagens multicamadas (1,4%).
Estima-se que o número de catadores em atividade no país seja de 800 mil e, desses, 70% sejam do gênero feminino. Podem concorrer aos recursos projetos de todas as regiões.
Florianópolis já é a capital que mais recicla no país e tem caminhado em ritmo acelerado em direção às metas do lixo zero. Com as ampliações em curso na seletiva, no mês de agosto, foram coletadas 938 toneladas de recicláveis, superando em 15 toneladas a quantidade recolhida em janeiro de 2022.
O Brasil só reciclou 4% dos quase 82 milhões de toneladas de resíduos geradas em 2022. Todo o resto foi parar em aterros controlados, lixões a céu aberto ou nas ruas e praças do país. Esta quarta-feira (17) é Dia Mundial da Reciclagem. No Brasil, 96% dos resíduos produzidos não são reaproveitados.
Maior aterro de lixo do mundo é transformado em um parque em Nova York. Bloomberg — Freshkills, em Staten Island, já foi o maior lixão do mundo. Em 2001, a cidade de Nova York o fechou e iniciou um processo para transformá-lo em um parque.
O maior Lixão da América Latina, localizado no Distrito Federal (DF), Brasil foi utilizado como área de despejo desde a década de 60. Em 2018 com o apoio de diversos órgãos governamentais e sociais ocorreu o encerramento das atividades do lixão do DF.
Estudo foi feito pelo Fundo Mundial para a Natureza (WWF) e divulgado nesta segunda (4). País produz 11 milhões de toneladas de lixo plástico por ano. O Brasil é o 4º maior produtor de lixo plástico do mundo, atrás apenas de Estados Unidos, China e Índia.