Este período de iniciação pode durar até dois ou três meses. As etapas dessa “feitura-de-santo” compreendem inicialmente a determinação do orixá individual da pessoa, através do jogo de búzios, que também confirmará se o santo chama (ou seja, se o orixá pessoal deseja que a iniciação seja realizada).
Ser Iyawo, além de outros preceitos, é permanecer recolhido por um período de 21 dias, passando por doutrinas e fundamentos, para conceber a força do Orixá.
após a sua feitura - submetendo-se a ritos que marcam a idade de iniciação e que têm uma estrutura semelhante a ela, envolvendo também período de reclusão, oferendas e uma festa pública. A cada obrigação que a filha de santo dá (ou “paga”), um ou mais dos seus orixás comem (recebem sacrifício animal).
Nos três meses, você não pode beijar, fazer sexo. ou ter qualquer tipo de relação com outra pessoa. ou com você mesmo. Durante esses 3 meses, só roupas brancas, mas nenhuma cor, você não pode olhar no espelho.
Não computei o custo com as roupas de ração, nem “dinheiro de chão” (mão-de- obra), pois há casas que cobram e outras não. Na feitura de Yawô, como envolvem diversos fundamentos, além das roupas e ferramentas dos Orixás, o custo fica maior, cujo mínimo seria de R$ 5.000,00 a R$ 8.000,00.
Bolar, aparentemente, é como desmaiar. Mas o orixá está ali. As vezes é comum ao se cantar para um determinado Orixá; a pessoa é vítima de tremores e sobressaltos, caindo no chão inconsciente aparentemente desmaida. Este momento é visto como um pedido do Orixá à iniciação.
O ilá do orixá é o sinal de que o orixá está na terra, e de que aquela pessoa que manifestou o orixá não está mais ali, mas sim a divindade digna de adoração. O ilá tem também a função de legitimar o transe, pois o orixá que não o emite pode ser tido como uma fraude.
O Ebó é sempre feito com cânticos e invocações ao Orixá. Confira um exemplo: Sààra rú ìyè ebo ikú ònòn! (Sacudo-lhe a vida com ebó, para a morte ir embora!).
Essas cobranças são caracterizadas por infortúnios ou acontecimentos desastrosos que acometem a vida do sujeito, com o objetivo de deixá-lo ciente de que os acontecimentos são fruto de uma cobrança do Divino, o qual se mostra desgostoso pelo rumo que a vida do médium está seguindo, compondo uma forma de pedir o retorno ...
O ato sagrado de 'raspar a cabeça' faz parte da ritualística iniciática e jamais deve ser confundido com ato de tortura ou lesão corporal. Ressaltamos que, no Brasil, tais fundamentos iniciáticos são preservados há mais de 350 anos e, sendo de matriz africana, fundamentados há séculos”, explica o centro cultural.
A câmera participante (Rouch, 1995:96 apud Hikiji, 2013 pp. 121) é incorporada em uma cerimônia com três rituais. A Saída de Iawo de Yago de Odé, a Obrigação de três anos (Odu Eta) de Carmem de Oya e a Obrigação de sete anos (Odu Ije) da Ìyálàsé Dáfne de Iewá.
A criança que nasce de pais umbandistas deve receber o nome no dia do batismo, em uma cerimônia celebrada pelo pai-de-santo ou pela mãe-de-santo do terreiro. Vestido de branco, o responsável pelo terreiro batiza com óleo, sal, preparados e água de fonte ou cachoeira. Ele abençoa a criança e oferece sua proteção.
Para ser considerado um santo perante os católicos, é preciso passar por três etapas: confirmação das “virtudes heroicas”, beatificação e canonização. As últimas duas exigem a comprovação de um milagre.
Qual o significado de raspar a cabeça no candomblé?
Que na iniciação de Candomblé é raspada a cabeça do iniciado? É chamado de “Katula” e simboliza o nascimento, o recomeço da vida. O cabelo representa a força e é a única parte do corpo que continua crescendo mesmo após a morte! Raspar o cabelo representa o maior sacrifício do candomblecista ao oferecê-lo ao seu Orixá.
Um dos métodos mais conhecidos e utilizados é o jogo de búzios. Nesse jogo, o babalorixá ou iyalorixá lança os búzios de forma ritualística e interpreta as posições em que caem, obtendo informações sobre o orixá pessoal do indivíduo.
Um abiaxé é aquele que recebeu ainda na barriga da mãe os sacrifícios de uma iniciação ou obrigação. Por conta disso, o abiaxé não precisa se iniciar no candomblé; ele já nasce feito.
O bori é o rito de dar de comer à cabeça ou ori, entidade sagrada no candomblé, cultuada como lócus da individualidade. Fortalece o ori e, assim, firma a cabeça do indivíduo, trazendo o equilíbrio necessário para a sua saúde e, quando for o caso, para que receba seu orixá (antecede assim o processo de iniciação).
A obrigação de 7 anos é um passo crucial na jornada espiritual de um candomblé. Envolve um compromisso com a religião, incluindo rituais e sacrifícios. A obrigação ajuda os indivíduos a se desenvolverem espiritualmente e a se conectarem com seus antepassados.