No Brasil, 93% de crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos de idade usam a Internet, de acordo com pesquisa realizada em 2021 pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic).
Quantos por cento da população é viciada em redes sociais?
O propósito da pesquisa foi identificar a influência do uso das redes socais na qualidade de vida destes jovens. A pesquisa revelou que 68% sofrem de dependência moderada em relação às tecnologias e mídias sociais, e 20% estavam enquadrados na dependência grave.
O problema é maior entre os jovens. Das cerca de 28 mil pessoas entre 15 e 29 anos entrevistadas numa pesquisa, 27% disseram que poderiam ficar sem celular por no máximo 24 horas.
A principal forma com que as crianças e adolescentes acessam a internet é pelo celular, que foi apontado por 97% dos entrevistados. O celular é também a única forma de acesso à internet para 20% desse público. Já o acesso da internet pela televisão tem aumentado nos últimos anos, chegando a 70% em 2023.
Aproximadamente um quarto das crianças e dos jovens apresentam uso problemático do celular com maiores chances de desenvolver depressão e ansiedade, além de problemas de sono.
Atualmente, 95% da população de 9 a 17 anos do país usa internet, o que representa 25 milhões de pessoas. O celular é o principal meio de acesso (97% dos entrevistados apontam o uso do dispositivo), sendo que, para 38% dos usuários das classes D e E, é o único meio de conexão à rede.
Destaques. A proporção de pessoas com 10 anos ou mais de idade que utilizaram a Internet no país passou de 84,7% em 2021 para 87,2% em 2022. O percentual de idosos (60 anos ou mais) que utilizam a Internet subiu de 24,7% em 2016 para 62,1% em 2022.
Poderá levar ao isolamento social, sedentarismo, diminuição do rendimento escolar, dificuldades em estabelecer relações e em casos mais graves, quando está instalada a dependência da internet, poderá surgir sintomatologia ansiosa e/ou depressiva.
A atividade mais realizada pelos jovens na internet é ouvir música (87%); seguida por assistir vídeos, filmes ou séries (82%); pesquisa para trabalhos escolares (80%); envio de mensagens instantâneas (79%); pesquisa por iniciativa própria (65%); conversas por chamadas de vídeo (32%).
Entre as causas mais reconhecidas da dependência das redes sociais se encontra a baixa autoestima, a insatisfação pessoal, a depressão ou hiperatividade e, inclusive, a falta de afeto, carência que muitas vezes os adolescentes tentam preencher com os famosos likes.
Especialistas que estudam o uso da internet afirmam que o fascínio magnético da mídia social decorre da forma como o conteúdo influencia nossos impulsos e conexões neurológicas, de modo que os consumidores têm dificuldade em se afastar do fluxo de informações que chega.
Que porcentagem de jovens ficam ansiosos sem a internet?
Os resultados de uma pesquisa realizada nos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Alemanha, Rússia, Índia, Cingapura, Filipinas, México e Brasil, apontaram que os jovens brasileiros navegam na internet por mais tempo do que a média global, sendo que 68% dos pesquisados sentem-se ansiosos e solitários quando estão sem ...
Em 2022, uma análise do uso de smartphones por 33.831 pessoas de 15 a 35 anos em 24 países revelou que estamos no quarto lugar no ranking de uso problemático de smartphones – atrás de China (1º), Arábia Saudita (2º) e Malásia (3º).
No Brasil, estimativas sugerem que, atualmente, 10% dos brasileiros sofrem desse mal, e com a velocidade com que tecnologia digital chega aos lares, esse número tende a aumentar cada vez mais. Para a psicóloga e psicanalista Denise Moraes, a nomofobia deve ser entendida, e analisada, para além do simples “no mobile”.
Qual a faixa etária que mais usa as redes sociais no Brasil?
A participação nas mídias sociais ocorre em altas proporções em todas as faixas etárias, atingindo quase a totalidade dos usuários de Internet de 15 a 17 anos (96%).
Quantos por cento dos jovens usam celular no Brasil?
A posse do telefone celular está cada vez mais comum entre crianças e adolescentes no Brasil. Em 2022, 54,8% das pessoas de 10 a 13 anos tinha o aparelho para uso pessoal no país, aponta pesquisa divulgada nesta quinta-feira (9) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
As especialistas detectaram que os adolescentes têm a preocupação sobre uma possível dependência de seus aparelhos. Ao mesmo tempo, ficar desconectado significa estar fora do circuito social e a ausência pode ser percebida como grosseria ou uma falha em atender um amigo que precisa dele naquele momento.
BH pode ter campanha para prevenir nomofobia – medo de ficar sem celular. Embora ainda não classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma patologia mental, na psicologia a nomofobia já é tratada como um transtorno de ansiedade a partir do medo ou angústia da ausência do celular.