Localizado ao lado da Cordilheira dos Andes, deserto mais árido do mundo não viu chuva significativa por 500 anos. No deserto do Atacama o céu é limpo.
O Saara, que se estende ao longo de 12 países no norte, centro e oeste da África, é o maior deserto quente do mundo. "Há 30 ou 50 anos não chovia tanto em um período tão curto de tempo", disse Houssine Youabeb, funcionário da agência meteorológica do Marrocos, à agência de notícias Associated Press (AP).
Clique e saiba mais sobre essa interessante paisagem geográfica! Os desertos são regiões do nosso planeta onde não costuma chover muito. Para você ter uma ideia, a média de pluviosidade (chuva) do deserto é de 250 mm anuais, enquanto na Amazônia, por exemplo, chove uma quantidade próxima dos 2500 mm por ano.
O deserto do Saara ficou inundado, com formações de lagoas entre as dunas de areia e as palmeiras, em razão de uma sequência de tempestades que não eram vistas há pelo menos 30 anos. No dia 10 de setembro, pelo menos 20 pessoas morreram em decorrência das fortes chuvas que atingiram o Marrocos e a Argélia.
Choveu no deserto do Saara, na África, e algumas lagoas se formaram. Para quem não sabe, não chovia há decádas no deserto, e essa chuva acabou trazendo umidade para o local, que é uma das regiões mais áridas do planeta.
Qual foi a temperatura mais alta registrada no deserto do Saara?
A maior temperatura já registrada no deserto do Saara foi de 58 °C na cidade de Azizia, na Líbia. A amplitude térmica diária no Saara pode variar entre 10 e 20 °C, assim como a amplitude térmica anual, que fica em torno de 17,5 °C. Esses valores, entretanto, variam consideravelmente de acordo com a região.
Localizado ao lado da Cordilheira dos Andes, deserto mais árido do mundo não viu chuva significativa por 500 anos. No deserto do Atacama o céu é limpo. Localizada no norte do Chile, a região não teve um único registro significativo de chuva por 500 anos — até que teve duas tempestades, em 2015 e 2017.
Precisamente, o deserto costeiro do Atacama (Chile) é popularmente conhecido por ser o local mais seco do mundo, com uma precipitação média anual de 0,1 mm, e acredita-se mesmo que em algumas áreas não chove há cerca de 500 anos.
O mesmo sistema da Cordilheira dos Andes, ocorre no lado oeste do deserto com a Cordilheira da Costa. Essa extensão montanhosa que delimita o Oceano Pacífico, impede a passagem do ar úmido proveniente deste oceano, contribuindo ainda mais para que o Atacama seja o deserto mais seco do mundo.
Meteorologistas chamam essas chuvas de uma tempestade extratropical, que pode alterar o clima da região nos próximos meses e anos. Uma chuva excepcional formou lagoas entre as palmeiras e as dunas do deserto do Saara, trazendo umidade para uma das regiões mais áridas do planeta.
Vale da Morte, Califórnia: este deserto californiano já atingiu temperaturas de 134° Fahrenheit, o que equivale a 56,7° Celsius. No dia 14 de setembro, a Organização Mundial de Meteorologia reconheceu oficialmente o local como o mais quente do mundo ao registrar 57,8 °C.
Rodeado pelo deserto, o Kuwait é considerado o país mais seco do mundo e o único onde não existe água doce. Não há, ao longo de seus 18 mil km² de território, nenhuma reserva, rios ou lagos, nem mesmo aquíferos subterrâneos de água doce.
Durante o dia, a temperatura dos desertos é elevada, superando os 40 ºC na maioria das regiões, com exceção dos desertos polares. Pela madrugada, quando não há incidência direta da luz do Sol e a maior parte do calor já se dissipou, os termômetros podem marcar de 0º até temperaturas negativas.
A Antártica tem cerca de 14,2 milhões de quilômetros quadrados de área. A baixa precipitação de regiões antárticas, como os Vales Secos de McMurdo, se deve principalmente às temperaturas frias, a montanhas que impedem a passagem de nuvens de chuva e aos ventos muito fortes que retiram a umidade do ar.
O lugar habitado mais frio do planeta é a vila de Oymyakon, na região da República de Sacha, na Rússia. O vilarejo remoto tem média anual de temperatura em torno de -50 °C, com registros de inverno que atingem até -71,2 °C.
O ar frio não consegue reter a umidade tão bem quanto o ar quente. Assim, as temperaturas gélidas nos pólos levam a muito pouca chuva, embora muita água seja armazenada no solo como gelo.
O calor escaldante apresentado durante o dia nos climas desérticos é substituído durante a noite por temperaturas baixíssimas. Essa variação de temperatura ocorre porque a ausência de umidade do ar faz com que, com a chegada da noite, o calor armazenado na areia dissipe-se rapidamente e a temperatura caia bruscamente.
A cidade norte-americana de Phoenix, no estado do Arizona, no Sudoeste do país, alcançou um incrível recorde de calor. A cidade, com população de 1,6 milhão de habitantes, registrou na terça-feira o seu 100º dia seguido em que a temperatura máxima foi igual ou superior a 100ºF (37,7ºC).
Testes mais recentes e menos perigosos foram capazes de descobrir a exata temperatura máxima que podemos aguentar: 127ºC, por 20 minutos. Na verdade, o suor é o grande responsável por suportarmos altas temperaturas.