Estudo publicado recentemente na revista científica Stroke mostrou que quase dois terços dos pacientes que sofreram um Acidente Vascular Cerebral (AVC) isquêmico – tipo mais comum e que corresponde entre 80% e 85% dos casos – não sobrevivem mais de uma década após o episódio.
Os pesquisadores descobriram que apenas cerca de 36,4%, quase um terço, sobrevive mais de uma década após o evento. Quase metade, 47,2%, não chega a cinco anos depois do diagnóstico.
Em relação ao risco dependente do tempo pós-AVC, os pesquisadores observaram que o grau de incapacidade funcional (moderada a grave) e o envelhecimento tiveram maior impacto na mortalidade, principalmente entre seis meses e dois anos e meio após o acidente vascular.
Um estudo feito nos EUA e publicado no Journal of American Heart Association, por exemplo, revela que entre 2000 e 2010 houve uma elevação de 44% nos casos de AVC em indivíduos com idade entre 25 e 44 anos.
Estudos comprovam que 1 a cada 3 pessoas que tiveram um AVC terão outro. No entanto, cerca de 80% dos derrames recorrentes podem ser evitados por mudanças saudáveis no estilo de vida. Apenas fazendo algumas coisas simples, você pode reduzir muito a chance de um segundo AVC.
A possibilidade de reversão do problema vai depender da extensão do derrame, da área do cérebro atingida e dos tipos de tratamento disponíveis. Entre as principais sequelas que um AVC pode deixar estão a morte, em 25% dos casos, perda da fala, dos movimentos ou do contato com o meio externo (estado vegetativo).
AVC hemorrágico: ocorre quando há rompimento de um vaso cerebral, provocando hemorragia. Esta hemorragia pode acontecer dentro do tecido cerebral ou na superfície entre o cérebro e a meninge. É responsável por 15% de todos os casos de AVC, mas pode causar a morte com mais frequência do que o AVC isquêmico.
Os acidentes vasculares cerebrais que comprometem a consciência ou que afetam uma zona extensa do lado esquerdo do cérebro (responsável pela linguagem) podem ser particularmente graves.
O AVC pode danificar áreas do cérebro responsáveis pelo que chamamos de funções cognitivas (memória, pensamento, raciocínio, aprendizagem, entre outros). Alguns pacientes podem ter dificuldade com a atenção, planejamento e execução de tarefas, aprendizagem de novas habilidades e memória de curto prazo.
Alterações sensitivas, como cegueira, mudanças nos níveis de consciência, sonolência e confusão mental também aparecem. São registradas ainda queixas de dor de cabeça repentina, aumento de pressão intracraniana e náuseas e vômitos.
Cerca de 40 a 50% dos indivíduos que sofrem AVC morrem após seis meses. A maioria dos sobreviventes exibirá deficiências neurológicas e incapacidades residuais significativas, o que faz desta patologia a primeira causa de incapacitação funcional no mundo ocidental(4).
Uma em cada 10 pessoas possui uma excelente recuperação quando são tratadas em unidades especializadas em AVC. Um em cada 4 sobreviventes vai ter outro AVC.
A oxigenação é prejudicada, provocando a morte de células cerebrais. Já o AVC hemorrágico ocorre quando um vaso sanguíneo se rompe, causando um sangramento no órgão, o que também lesiona áreas do cérebro. Embora seja menos frequente, representando cerca de 15%2 dos casos, o AVC hemorrágico pode ser mais fatal.
QUEM JÁ TEVE AVC PODE TER OUTRO? A resposta é sim. E é mais comum do que se imagina. Após o AVC, é necessário mudanças no seu estilo de vida para melhorar a sua saúde.
Posicionamento: cuidar do posicionamento da pessoa que teve o AVC e o seu. Muito cuidado com a coluna, evitar “arcar” o tronco para frente, tentar às vezes, se for agachar, usar mais a perna do que a coluna, para você também não ter uma lesão no futuro.
Quanto tempo vive uma pessoa que teve AVC hemorrágico?
Quais as chances de sobreviver a um AVC hemorrágico? De acordo com a Dra. Flávia, a mortalidade desse mal súbito é bem elevada e, no fim de 30 dias, varia entre 40% e 60%.
O AVC decorre da alteração do fluxo de sangue ao cérebro. Responsável pela morte de células nervosas da região cerebral atingida, o AVC pode se originar de uma obstrução de vasos sanguíneos, o chamado acidente vascular isquêmico, ou de uma ruptura do vaso, conhecido por acidente vascular hemorrágico.
Alguns pacientes podem experimentar visão turva ou embaçada após um AVC, em decorrência do prejuízo causado às áreas do cérebro que controlam a nitidez da visão.
O hemorrágico (sangramento) ocorre quando há o rompimento dos vasos sanguíneos do cérebro. “O AVC hemorrágico é o mais grave e tem altos índices de mortalidade”, diz Achilles.
Diferente do que muitos pensam, na maioria dos casos, o AVC isquêmico não provoca dores na cabeça. Seus principais sintomas estão relacionados com dificuldades motoras repentinas, perda de sensibilidade, paralisia de um lado do corpo e dificuldades para falar.
A entrega adequada de sangue oxigenado ao cérebro e a outras estruturas vitais é essencial a qualquer paciente, estando ele gravemente doente ou ferido na sala de emergência, ou sendo preparado para a realização de uma cirurgia.
A dor pode ser uma das sequelas do AVC e não deve ser banalizada. Até metade das pessoas que sofreram de um AVC podem desenvolver dor crônica, que pode ser limitante e que impactar na sua qualidade de vida e funcionalidade.
Somente no mês de julho de 2022 o AVC matou 8.758 brasileiros, o equivalente a 11 óbitos por hora, segundo dados do Portal de Transparência dos Cartórios de Registro Civil do Brasil. No primeiro semestre deste ano, foram 56.320 vítimas fatais, número acima das mortes por infarto (52.665) e por Covid-19 (48.865).