Segundo dados do Ministério da Saúde entre 1990 e 1999, foram confirmados por ano uma média de 1620 casos e 24 óbitos, e entre 2000 e 2009, a média anual de casos e de óbitos passou para 491 e 11, respectivamente. No período de 2010 a 2017, foram confirmados 969 casos de febre tifoide no Brasil.
Nesse contexto, a Febre Tifoide está praticamente eliminada de países onde esses problemas foram superados. No Brasil, a doença ocorre sob a forma endêmica em regiões isoladas, com algumas epidemias onde as condições de vida são mais precárias, especialmente nas regiões Norte e Nordeste.
Estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), publicadas em 2014, contabilizaram 21 milhões de casos e 222 mil mortes no mundo decorrentes da febre tifoide. No Brasil, ainda se observam alguns registros. Normalmente são surtos isolados nas regiões Norte e Nordeste.
Em 1990 ocorreram duas epidemias de febre tifóide por transmissão hídrica, em municípios do interior de São Paulo, e em 1991 houve um surto de transmissão por alimentos3. Porém, não foi possível aos autores, até o momento, encontrar relatos ou estudos de epidemias de febre tifóide na literatura científica brasileira.
FEBRE TIFOIDE - CARACTERÍSTICAS, SINTOMAS, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO - INFECTOLOGIA
Como se contrai a febre tifoide?
A febre tifoide é transmitida por meio da ingestão de água ou de alimentos que estejam contaminados com a bactéria. Os indivíduos também podem contrair a febre tifoide por meio do contato com as fezes e a urina de pessoas que estejam contaminadas com a Salmonella enterica typhi.
Seus principais sintomas são febre alta, dor de cabeça, mal-estar geral, dor na barriga, falta de apetite, bradicardia (diminuição da frequência cardíaca), esplenomegalia (aumento do baço), manchas rosadas no tronco, tosse seca, dificuldade para evacuar ou diarreia(2).
Normalmente ela causa febre alta e dor abdominal. A febre tifoide pode ser transmitida pelo consumo de alimentos e água contaminada com fezes ou urina de uma pessoa infectada. As pessoas têm sintomas similares à gripe, às vezes seguidos de delírio, tosse, exaustão e ocasionalmente erupção cutânea e diarreia.
A melhor e principal maneira de prevenção da febre tifoide é com saneamento básico, manipulação e preparo da refeição adequadamente, além da higiene pessoal. É recomendado que os alimentos sejam frescos e lavados com água tratada. As mãos devem estar sempre bem higienizadas e as superfícies limpas.
Antes do surgimento dos antibióticos, a febre tifóide era considerada uma doença fatal. Alexandre, o Grande, da Macedônia, morreu em 323 a.C., na Babilônia, aos 33 anos.
Dores abdominais e diarreia podem ser sintomas de febre tifoide. Uma complicação possível da febre tifoide é a hemorragia intestinal, a qual pode evoluir para perfuração intestinal e levar o indivíduo à morte. Hemorragia e toxemia severa também podem provocar a morte do indivíduo com febre tifoide.
Os principais alimentos relacionados com a transmissão da febre tifoide são leite não pasteurizado, frutos do mar, hortaliças, legumes, verduras e frutas não lavadas. Além disso, é possível haver transmissão da doença ao entrar em contato com as mãos ou secreções de uma pessoa portadora da doença.
Como o contágio acontece? A transmissão de tifo acontece por meio da bactéria do gênero Rickettsias, presente nos piolhos ou nas pulgas. A infecção acontece após a picada dos insetos, que permite a entrada da bactéria no organismo. Após o período de incubação, surgem os sintomas.
A primeira descrição reconhecível de tifo foi dada em 1083 na Itália. Só em 1546 é que o famoso médico de Florença, Girolamo Fracastoro (o primeiro médico a defender os germes como causa das doenças), descreveu a doença em termos científicos.
O pulso, normalmente rápido no início, no 2º dia torna-se lento para o grau de febre (sinal de Faget). A face fica corada e os olhos, congestos. Náuseas, vômitos, constipação intestinal, prostração grave, inquietude e irritabilidade são comuns.
A vacina febre tifoide causa poucas reações, sendo as mais frequentes relacionadas com o local da aplicação: dor, em 3,6% a 9,4% dos vacinados; vermelhidão, em 2,4% a 5,4%; inchaço, em 1,7% a 1,8%.
O diagnóstico é realizado por meio de: isolamento e identificação do agente etiológico, nas diferentes fases clínicas, a partir do sangue (hemocultura) e fezes (coprocultura).
A melhor forma de prevenção consiste em adotar medidas sanitárias e de higiene para controle dos insetos vetores que transmitem a infecção e para conter a proliferação descontrolada dos animais que servem de reservatório para a bactéria.
A transmissão ocorre principalmente através da ingestão de água ou alimentos contaminados por fezes ou urina de pessoas infectadas. Qualquer pessoa pode contrair febre tifoide, mas a doença é mais comum em áreas com falta de saneamento básico, consumo de água não-potável e higiene deficiente.
A Salmonella enterica sorotipo Typhi causa doença natural somente no homem, embora chim- panzés, camundongos e outros animais possam ser infectados experimentalmente. As principais fontes de infecção são os portadores e os indivíduos doentes.
Legumes e verduras mal lavados, frutos do mar mal cozidos ou crus, leite e derivados não pasteurizados e até produtos congelados e enlatados podem veicular a bactéria. Período de incubação: Entre 1 e 3 semanas.
Os sintomas são febre alta, prostração, dor abdominal e um exantema róseo. O diagnóstico é clínico e confirmado por cultura. O tratamento é feito com ceftriaxona, uma fluoroquinolona ou azitromicina. (Ver também Visão geral das infecções por Salmonella.)
A vacina Febre Tofoide é indicada para crianças a partir de 2 anos de idade, adolescentes e adultos que viajam para áreas de alta incidência da doença, em situações específicas de longa permanência e após análise médica criteriosa.