Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria.". Morto, Brás Cubas torna-se autor de suas memórias, derradeira tentativa de atingir a glória.
Descreve-se a vida adulta de Cubas, suas diversas tentativas de trabalho e de invenção (tal qual o emplasto). Por fim, o narrador descreve sua vida como um conjunto de negativas que acabam com um único saldo positivo: “Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria.”
VIRGÍLIA – grande amor de Brás Cubas, sobrinha de ministro, e a quem o pai do protagonista via como grande possibilidade de acesso, para o filho, ao mundo da política nacional.
Brás voltou a viver sozinho, escrevia versos algumas vezes e era por isso que recebia a visita de Luis Dutra. Foi por intermédio desse que recebeu a notícia da chegada de Virgília e seu marido. Talvez o momento em que os dois noivaram não era adequado, mas nesse momento era o tempo e assim os dois iniciaram um romance.
Pondé comenta sobre o niilismo na obra de Machado de Assis “Memórias Póstumas de Brás Cubas”
Quais foram os amores de Brás Cubas?
Brás Cubas, narrador-personagem do romance, possui quatro amores em sua vida: Marcela, Virgília, Eugênia e Nhã-Loló. Existem também quatro tipos de amor, segundo Stendhal: o amor-físico, o amor-paixão, o amor-vaidade e o amor-gosto.
Marcela é prostituta de luxo, mas na obra não há, em nenhum momento, a caracterização nesses termos. Machado utiliza a ironia e o eufemismo para que o leitor capte o significado. Brás Cubas não diz, por exemplo, que Marcela só estava interessada nos caros presentes que ele lhe dava.
“se bela por que coxa, se coxa por que bela?” Como disse o Prof. Rafael, ele não usa a “mentira estabelecida” ao falar o que realmente pensa. Brás Cubas nos coloca diante do vortex da vida. Da questão primordial do sentido da vida, de por que somos movidos, de como justificamos nossa existência.
Desenvolvido e produzido no Brasil, no ano de 1881, Emplasto Brás Cubas é um potente phármakon indicado para o alívio da “nossa melancólica humanida- de”. Sua propriedade terapêutica envolve o livro e a droga, a escrita e seu duplo sentido (remédio/veneno) e sua eficácia.
d) Brás confessa que a invenção do “medicamento sublime” buscava puramente satisfazer sua vaidade e desejo de glória, ou seja, “o gosto de ver impressas nos jornais, mostradores, folhetos, esquinas e, enfim, nas caixinhas do remédio, estas três palavras: Emplasto Brás Cubas”.
"Por que bonita, se coxa? Por que coxa, se bonita?", frase citada por Brás Cubas ao conhecer Eugênia, sua pretendente à casamento, demonstra a insatisfação perante à sua deficiência física no livro "Memórias Póstumas de Brás Cubas", de Machado de Assis.
No final do romance, Brás Cubas resume sua vida como uma sucessão de fracassos, com exceção de um: Não alcancei a celebridade do emplasto, não fui ministro, não fui califa, não conheci o casamento. Verdade é que, ao lado dessas faltas, coube-me a boa fortuna de não comprar o pão com o suor do meu rosto.
Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria.". Morto, Brás Cubas torna-se autor de suas memórias, derradeira tentativa de atingir a glória.
Se pela voz de Brás Cubas o escritor Machado de Assis afirmava que não teve filhos porque não queria transmitir a nenhuma criatura o legado de nossa miséria, seu legado comprova-nos que transmitiu a todas as criaturas um sentido verdadeiramente superior de nossa condição. Mas isso não estava em seu testamento.
Qual é a principal crítica feita em Memórias Póstumas de Brás Cubas?
O escritor critica por meio da ironia e da volubilidade do comportamento do narrador o princípio da modernização conservadora e a continuação dos pressupostos e características coloniais na sociedade novecentista brasileira.
Brás Cubas nos apresenta Prudêncio pela primeira vez no capítulo XI “O Menino é Pai de Homem”. O escravo era o moleque da casa e servia como cavalo ao narrador.
Eugênia é a jovem bonita e pobre cujo destino melhor exemplifica tal oposição. É filha de Dona Eusébia, personagem do episódio em que Brás, menino, denuncia o beijo que ela recebe de Vilaça, homem casado de 47 anos, oculto numa moita.
Qual é o significado da frase de Brás Cubas "Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado de nossa miséria"?
"Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria" é uma frase que nos revela a universalidade da miséria humana, tanto que o narrador troca o "eu" pelo "nós" e, assim, podemos verificar que Brás Cubas se revela como síntese de muitas, ou talvez, de todas as pessoas, com seus fracassos não ...
No primeiro, o narrador apresenta-se como um defunto autor, habitando outro mundo. Ele conta sua vida a partir da sua morte, a ideia fixa de criar um emplasto para aliviar a dor humana, fazer fortuna, mas, principalmente, ver o seu nome impresso.
Mas o grande amor da vida de Brás Cubas foi Virgília. O pai de Brás Cubas queria o casamento para que ele se iniciasse na política. Virgília era filha de um Conselheiro.
Seu funeral foi acompanhado por apenas onze amigos – ele justifica esse número pela falta de anúncios de sua morte e pela chuva fina que caía na ocasião.