Historicamente, apenas um furacão foi registrado no Brasil: o Catarina, em 2004. O fenômeno atingiu os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina com ventos de até 180 km/h, causando destruição em 40 cidades.
Em março de 2004, há 20 anos, o furacão Catarina passou pelo Rio Grande do Sul e Santa Catarina, deixando 14 municípios em estado de emergência, mais de 26 mil pessoas desalojadas e 11 mortos.
As chances de um furacão atingir o Brasil são quase inexistentes, devido à falta de condições meteorológicas necessárias para a formação desses fenômenos. A temperatura do oceano é um dos principais fatores para a formação de furacões, sendo necessário que a água do mar esteja acima de 27 °C.
O evento climático extremo de ontem atingiu uma área menor, porém, apesar de ter tido vendaval até mais forte. Segundo a agência de meteorologia Climatempo, o vendaval que registrou 108 km/h em Interlagos foi o recorde na capital, de acordo a série histórica mantida pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Porque no Brasil não tem furacão Cordilheira dos Andes?
“Nós temos águas bem mais frias e um ambiente atmosférico bem mais hostil que impede a formação de algum ciclone tropical. (...) Então, a Cordilheira dos Andes não protege de furacões porque não tem furacão naquele lado”.
Em 30 de setembro de 1991, por exemplo, a cidade de Itu (SP) foi atingida por um tornado apontado como um dos mais violentos já registrados no país. O fenômeno provocou 15 mortes e destruiu casas, plantações e torres de transmissão de energia.
De acordo com a base de dados da PREVOTS, há 321 registros de danos por tornados (incluindo tromba-d'águas) em todo território brasileiro entre junho de 2018 até junho de 2023.
Estima-se que entre 6.000 e 12.000 pessoas morreram quando a cidade costeira de Galveston foi destruída por ventos de até 225 km/h. A maré de tempestade inundou grande parte da cidade, resultando na destruição de cerca de 7.000 edifícios.
Os Estados Unidos concentram o maior número de tornados do mundo. O país registra cerca de 1.150 tornados todos os anos, podendo chegar a até 1.200. Para comparação, o segundo país que mais registra tornados é o Canadá, com 100 ocorrências anuais.
O olho do furacão, que tem cerca de 30 a 60 quilómetros de diâmetro, forma-se quando existe um fluxo de ar de cima para baixo, o que faz com que as nuvens se dissipem criando uma espécie de oásis.
A temporada de furacões no Atlântico de 2024 é a temporada ativa de ciclones tropicais no Oceano Atlântico no hemisfério norte. A temporada começou oficialmente em 1º de junho, e terminará em 30 de novembro.
Na Linha do Equador, a força de Coriolis é significativamente mais fraca, criando uma faixa de cerca de 600 quilômetros onde as tempestades tropicais raramente conseguem se desenvolver.
Menor e mais intenso que os outros tipos de ciclones, ele dura aproximadamente 20 minutos e pode ter ventos de mais de 400 km/h —quando não é de alta intensidade, seus ventos vão até 160 km/h.
"No Brasil, nós não temos isso. As maiores temperaturas são registradas no mar do Nordeste, onde não passam de 26°C", diz. "A umidade e a água quente do oceano que dão força a um furacão. Quando ele chega ao solo, perde força", acrescenta Pantera.
Tornados podem ser vistos inteiramente a olho nu e têm durações menores que os furacões. Os tornados são mais intensos e destrutivos que os furacões, porém apresentam tamanho e duração menores.
Por que é tão difícil um furacão atingiu o Brasil?
O Atlântico Sul não apresenta temperaturas maiores que 26ºC próximo à costa brasileira, o que impede a ocorrência de furacão. No Brasil, as massas de água oceânicas não apresentam temperaturas maiores que 26ºC, sendo essas registradas especialmente na Região Nordeste do país.
O principal fator que causa o surgimento desse fenômeno é a diferença de pressão atmosférica derivada da sobreposição de massas de ar com temperaturas contrastantes, isto é, uma quente e uma fria, que se encontram na origem desse tipo específico de nuvem. Um tornado pode surgir em qualquer horário do dia.
Ciclone Catarina, também chamado de furacão Catarina (ou simplesmente Catarina), foi um ciclone tropical do Atlântico Sul extremamente raro, sendo a única tempestade já registrada com força de furacão nessa região do Oceano Atlântico.
O Tufão Tip é considerado o ciclone tropical mais intenso registrado na história moderna. Ele atingiu seu pico de intensidade em outubro de 1979, no oeste do Oceano Pacífico.
O nome Milton deve entrar para a história, assim como Katrina e Irma. Os nomes dos furacões são escolhidos com base em avaliações de suas trajetórias e têm a finalidade de facilitar a memorização e a comunicação com o público.
A melhor proteção individual é constituída por abrigos subterrâneos, como um porão, já que o efeito de sucção dos tornados só ocorre a partir da superfície do solo. Se a sua residência não tem porão, fique em corredor interno e deitado próximo ao chão.