Mas há relatos de que o sistema israelense tem enfrentado dificuldades com o míssil Yasin. A BBC Árabe não conseguiu verificar essas informações. Especialistas militares estimam que o Hamas tenha um arsenal substancial de pelo menos 2 mil mísseis Yasin 105.
O programa de mísseis do Irã é considerado o maior e mais diversificado do Oriente Médio. Em 2022, o general Kenneth McKenzie, do Comando Central dos EUA, disse que o Irã tinha “mais de 3.000” mísseis balísticos.
Classificado como organização terrorista por Israel, Estados Unidos, Reino Unido, União Europeia (UE) e outros, o braço militar do Hamas liderou os ataques contra Israel em 7 de outubro. Estima-se que o grupo tenha entre 20.000 e 30.000 combatentes na Faixa de Gaza.
Uma participação intensa do grupo poderia diminuir as diferenças, ao menos em número, entre as duas forças: de acordo com dados abertos da CIA, o Hamas conta com 20 a 25 mil integrantes, incluindo o braço armado, a Brigadas Izz al-Din al-Qassam. O Hezbollah, de 45 a 100 mil.
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Quem tem mais poder de fogo Hamas ou Israel?
O poder bélico de Israel é consideravelmente maior que o do Hamas. O porte de sua Força Aérea, seus drones armados e sofisticados sistemas de inteligência e coleta de informação permitem que o país atinja praticamente qualquer alvo em Gaza.
Este e os números abaixo são da edição mais recente, de 2023, do levantamento do GFP (Global Firepower), que mede as forças militares pelo mundo. Segundo o índice, Israel tem 173 mil militares ativos. Em números absolutos, é o 29º maior efetivo do mundo enquanto o Brasil é o 15º, com cerca de 360 mil na ativa.
O país tem 650 mil militares, de acordo com dados de 2023 do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, um centro de estudos britânico. No Irã, a Força Aérea e a Marinha não são braços separados, como no Brasil e em outros países — lá, estão subordinadas ao Exército.
Em termos de arsenal bélico, o Exército mais poderoso do Oriente Médio é o do Egito. O país tem 509 aviões de combate, 73 navios de guerra, milhares de tanques e blindados e 4.468 atiradores de mísseis.
Cada interceptor disparado pela Cúpula de Ferro custa entre 50.000 e 100.000 dólares (264.000 a 528.000 reais), cifras ainda assim enormemente mais baixas que as dos mísseis de outros sistemas desenhados para ameaças mais longínquas, como o Patriot norte-americano.
Os militares israelenses afirmam ter matado mais de 10 mil combatentes em bombardeios aéreos e operações terrestres em resposta ao ataque do Hamas, que deixou cerca de 1,2 mil mortos.
Quanto tempo o Brasil tem de munição para uma guerra?
"Posso afirmar que possuímos munição para menos de uma hora de combate", disse o general na reserva Maynard Marques de Santa Rosa, ex-secretário de Política, Estratégia e Assuntos Internacionais do Ministério da Defesa.
O Hamas quer um estado muçulmano. O Hamas, em árabe, significa “Movimento de Resistência Islâmica”. Esse grupo, no seu estatuto, não aceita a presença de judeus e israelenses na região. Eles defendem a aniquilação deles para a criação do Estado Palestino.
O Ministério da Saúde administrado pelo Hamas afirma que 27 crianças morreram de desnutrição e desidratação em Gaza desde o início da guerra. Espera-se que esse número aumente. Acredita-se que cerca de 300 mil palestinos permaneçam no norte de Gaza.
Hamas tinha até 30 mil combatentes antes da guerra, diz inteligência israelense. Dados obtidos por meio de informações do órgão de inteligência de Israel apontam que, até o dia do ataque do primeiro ataque do Hamas ao país, no dia 7 de outubro, o grupo radical islâmico contava com até 30 mil combatentes.
Segundo dados de 2023 do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, o Irã possui 650 mil militares. A Guarda Revolucionária é responsável por 190 mil combatentes. Já Israel tem 177,5 mil pessoas em seu efetivo, contando com militares do Exército (onde a maioria está alocada), Marinha, Aeronáutica e outras forças.
Com o risco de escalada no atual conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza, analistas temem a entrada de mais países no confronto e, pior, o uso de armas nucleares pelo governo de Benjamin Netanyahu. Hoje, estima-se que Israel tenha algo em torno de 90 ogivas desse tipo.
A Encyclopaedia Britannica ressalta que, nesta parte do Oriente Médio, a agricultura é a principal atividade econômica da população, e ocupa quase três quartos de sua área. A Faixa de Gaza produz principalmente frutas cítricas, além de trigo e azeitonas.