Efetivamente, as bebidas alcoólicas são por várias vezes condenadas no decorrer dos textos bíblicos e, por isso, acredita-se que o vinho bebido na Última Ceia era apenas o sumo natural proveniente da uva e não possuía qualquer teor alcoólico.
O arqueólogo Patrick McGovern, professor do Museu de Arqueologia da Universidade da Pensilvânia diz que o vinho servido na Santa Ceia seria muito parecido com o Amarone, um vinho do Vêneto feito com uvas secas.
Patrick McGovern afirma que o vinho provavelmente lembrava um Amarone, estilo produzido na Itália com uvas Corvina, Corvinone, Rondinella e Molinara. Sua característica é ser doce, rico e escuro, parecido com os que eram apreciados na Terra Santa.
As uvas eram esmagadas com os pés em lagares de pedra ou madeira, e o mosto era colocado em ânforas de barro ou peles de animais para fermentar. Não havia controle do tempo ou da temperatura da fermentação, nem do teor alcoólico ou da acidez do vinho.
E digo-vos que não tornarei a beber vinho até ao dia em que beber convosco o vinho novo no reino de meu Pai.» Depois de entoarem os cânticos, foram para o Monte das Oliveiras.
DESCUBRA SE JESUS BEBEU ÁLCOOL - É Pecado o Cristão Tomar Bebida Alcoólica?
É pecado beber vinho na Bíblia?
O Dicionário de Teologia Bíblica, Volume 2, página 1153-4, diz que “os autores bíblicos advertem contra o excesso ao beber vinho, contra a embriagues. Tudo depende da medida, como em toda as outras coisas boas que Deus fez. A qualidade do homem se mede pelo fato de ele saber guardar as medidas.”
Além do mais, para corroborar com esta teoria, sabe-se que, durante a semana da Páscoa, os israelitas não podiam beber líquidos fermentados, nem mesmo provar o pão com fermento. Assim, o mais provável é que o vinho servido por Jesus Cristo aos seus discípulos durante a Santa Ceia era livre de álcool.
Acredita-se que as variedades de uva mais comuns cultivadas na Palestina na época de Jesus eram a Sultana e a Baladi, que ainda são cultivadas na região hoje em dia. Outras variedades de uva que podem ter sido utilizadas na produção de vinho incluem a Jandali, a Hamdani e a Dabouki.
O vinho carrega uma vasta gama de significados simbólicos na Bíblia. Ele representa vida, fertilidade, alegria e até redenção. No Novo Testamento, durante a Última Ceia (Mateus 26:27-29), Jesus usa o vinho como símbolo de seu sangue, um elemento central na celebração da Eucaristia cristã.
Primeiro, Jesus transformou água em vinho para satisfazer a sede física. No final, Ele usou o vinho sacramental para representar Seu sangue expiatório, o que tornou a vida eterna possível e fez com que aqueles que Nele cressem nunca mais tivessem sede (ver João 4:13–16; 6:35–58; 3 Néfi 20:8).
Como é de se imaginar, o paladar do vinho não-alcoólico é diferente dos vinhos comuns. Nos rótulos suaves sem álcool, o sabor licoroso se sobressai. Já os vinhos secos sem álcool costumam apresentar mais sensação de adstringência, também conhecida como sensação de boca seca.
De um modo geral, o vinho é associado ao sangue de cristo, assim como o pão representa o corpo sagrado de Jesus. Na Eucaristia, por exemplo, a bebida recebe o nome de vinho sacramental ou canônico e só é aceito pela igreja se estiver de acordo com uma série de restrições, incluindo o baixo percentual de álcool.
Uma das primeiras coisas que Noé fez após sair da Arca foi plantar uma videira no Monte Ararat, para posteriormente elaborar um vinho e beber dele até se embebedar. E o vinho também está presente na trajetória de Jesus, seja na transformação de água em vinho como na Última Ceia.
Sim, o vinho sem álcool existe e não é de hoje. A história desse tipo de bebida remonta a séculos atrás. O que mudou de lá para cá é que os métodos e as etapas de produção foram sendo aprimorados e o vinho deixou de perder sabor e qualidade.
Ele era então armazenado em câmaras subterrâneas, onde a temperatura era fresca e estável. Existem algumas controvérsias com relação a variedade de uva utilizada para os vinhos do tempo de Jesus, mas alguns indícios mostram que é possível que seja alguma uva da mesma família que a nossa conhecida Syrah.
Os vinhos Kosher são feitos das mesmas uvas que os demais, porém as exigências abrangem 3 pontos: 1 - Uvas e vinhedos: A tradição judaica explica que o conceito de orlah significa algo como “não circuncidado, escondido, selado”, ou seja, são frutos de árvores jovens que não podem ser consumidos até os 3 anos de idade.
Acredita-se que o vinho seria: Vinho Tinto: A maioria dos estudiosos concorda que o vinho consumido era tinto, devido às práticas vitivinícolas da região e ao simbolismo do sangue de Cristo no Cristianismo.
No Velho Testamento, há duas palavras hebraicas geralmente empregadas para designar o vinho: YAYIN, que se refere a suco fermentado de uvas e TIROSH, que se refere a vinho doce, fresco, sem fermento, não alcoolizado.
Tanto o “bom vinho”, produzido por Cristo nas bodas de Caná da Galiléia (João 2:9, 10), como o “fruto da videira”, usado por Ele na última ceia com os discípulos (Marcos 14:23-25), são considerados como sendo “o puro suco de uva” não fermentado.
Que o Senhor Jesus não tinha o menor reparo em comer e beber de maneira sóbria e em companhia de seus amigos, o percebemos claramente pelas críticas invejosas e rígidas feitas por alguns “puritanos” da época, que diziam: ─«Eis aí um glutão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores!» (Mt 11,19).