Com a 3G Capital, o bilionário Jorge Paulo Lemann, o homem mais rico do Brasil segundo levantamento mais recente feito pela revista Forbes, controla a gigante do varejo Americanas, que passa agora por sua pior crise, e outros dez grandes negócios.
Em 2022, a Lojas Americanas fundiu as operações com a B2W, empresa controladora das varejistas Americanas.com, Submarino, Shoptime e Sou Barato. O trio Lemann, Telles e Sicupira trabalham juntos desde 1973, quando os dois últimos entraram na corretora Garantia, que na época já era administrada por Jorge Paulo Lemann.
Sócios da 3G Capital, gestora das Lojas Americanas, Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles ainda estão entre os cinco mais ricos do Brasil, todos com patrimônio na casa dos bilhões de dólares.
Pivô de um dos maiores escândalos financeiros no Brasil nos últimos anos, a Americanas tem por trás os três homens mais ricos do país: Jorge Paulo Lemann, Marcel Herrmann Telles e Carlos Alberto Sicupira cujas fortunas somam mais de R$ 185 bilhões.
Antes, pertencia à B2W, que se fundiu com as Lojas Americanas em 2021, dando origem à Americanas S.A. É o maior canal de venda de itens para casa da América Latina, segundo a Americanas S.A. Também pertencia à B2W até 2021. E-commerce de vendas B2B — isto é, de empresas para empresas — da Americanas S.A.
Americanas: Um País INTEIRO ENGANADO | Documentário Completo
Como está a situação das Americanas hoje?
De acordo com dados divulgados pela varejista, o lucro líquido divulgado do exercício de 2021 se transformou em prejuízo. Naquele ano e em 2022, a perda somada foi de cerca de R$ 19 bilhões. Além disso, a empresa informou o tamanho do rombo causado pelo esquema fraudulento: foram R$ 25,2 bilhões.
A Americanas não faliu. O que houve com a Americanas é que estamos passando por um processo de recuperação judicial, que visa justamente evitar uma possível falência. Nossas operações continuam funcionando normalmente, ou seja, pode comprar no site, app ou nas lojas físicas sem medo.
Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles, os três principais acionistas da Americanas, ficaram mais ricos em 2023, aponta a lista anual de bilionários da Forbes, divulgada na semana passada.
Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto “Beto” Sicupira e Marcel Telles, do 3G Capital, perderam juntos algo próximo a R$ 3,2 bilhões. O trio detém cerca de 40% de participação na Americanas e já foram os controladores da companhia.
Depois de diversos adiamentos, a Americanas informou nesta quinta-feira (16) o tamanho do rombo em seu caixa após as revelações de inconsistências contábeis no início deste ano. De acordo com dados divulgados pela varejista, o lucro líquido divulgado do exercício de 2021 se transformou em prejuízo.
A ida de Sergio Rial para a Americanas foi anunciada em 2022, no que seria sua primeira empreitada no setor varejista. No entanto, a passagem do executivo pela empresa durou apenas 9 dias. Ele tomou posse no dia 2 janeiro e, no dia 11, renunciou ao cargo.
Até 2021 era controlada por três empresários: Jorge Paulo Lemann, Marcel Herrmann Telles e Carlos Alberto Sicupira (Beto), o mesmo trio que comanda a ABInbev (fusão da antiga AmBev, com a Interbrew e, posteriormente, Anhauser Bush), GP Investimentos, América Latina Logística e outros grupos.
Quantas já fecharam e quais as perspectivas de fechamento? Foram encerradas 121 lojas dentro desse ano de 2023. Se você considerar que a gente está em recuperação judicial e em crise, não é tanto fechamento de lojas.
O que realmente aconteceu com as lojas Americanas?
A Americanas faliu? Não. A empresa continua a funcionar, vendendo produtos em lojas físicas e digitais, apesar de estar em fase de contenção de despesas e reavaliação financeira. Exemplo disso foi a saída da varejista do patrocínio do programa Big Brother Brasil, da Rede Globo - sendo substituída pelo Mercado Livre.
Na noite de 11 de janeiro, a Americanas informou ter encontrado "inconsistências contábeis" de R$ 20 bilhões nos balanços de 2022 e de anos anteriores. O problema ocorreu com uma operação comum no varejo, chamada de "risco sacado". Posteriormente, uma análise interna determinou que a dívida pode chegar a R$ 40 bilhões.
Possibilidade de 50% Para Max Mustrangi, sócio-fundador da Excellance, butique especializada na recuperação da performance financeira das empresas, a chance da falência da Americanas é de 50%.
Os detalhes do aporte antecipado que o trio de bilionários fará na Americanas (AMER3) Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira se preparam para abrir suas carteiras bilionárias para garantir o plano de recuperação judicial da Americanas (AMER3).
Mesmo com a crise da Americanas, que levou a varejista a uma dívida de mais de 40 bilhões de reais, a fortuna do empresário Jorge Paulo Lemann não diminuiu. Na verdade, o patrimônio da família aumentou de 72 bilhões em 2022 para 74,9 bilhões de reais neste ano.
Miguel Gutierrez, o longevo CEO da Americanas (o executivo liderou a companhia por duas décadas e só deixou o comando em dezembro, passando o bastão a Rial), recebeu R$ 19,4 milhões em 2020. Na B2W, o CEO Marcio Cruz recebeu R$ 9,3 milhões no mesmo ano.
O que acontece com os acionistas se a Americanas falir?
Nessa situação, apontam especialistas, o investidor das ações será o último na fila da massa falida e os detentores de debêntures um dos últimos. Para especialistas, nessa situação, o aplicador corre risco de perder toda a posição que tem ou demorar muito para receber apenas uma parte pequena do valor investido.
A Americanas estabeleceu como meta (guidance) chegar ao "fim do túnel" da crise no fim de 2025. A expectativa da companhia é chegar lá com uma posição de caixa líquido (incluindo os recebíveis de cartões) — contra uma dívida líquida de R$ 26,3 bilhões no fim de 2022.
Uma das maiores varejistas do Brasil (que tem como principais sócios os bilionários Jorge Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles), a Americanas acumula dívidas que superam R$ 50 bilhões.