Os árabes introduziram seu cultivo no Egito no século X e pelo Mar Mediterrâneo, em Chipre, na Sicília e na Espanha. Credita-se aos egípcios o desenvolvimento do processo de clarificação do caldo da cana e um açúcar de alta qualidade para a época.
A origem do consumo do caldo de cana está ligada à própria exploração da cana-de-açúcar e ao processo de produção da cachaça, que foi aprimorado desde a descoberta do vinho da cana, conhecida como garapa azeda, logo após a chegada da cana-de-açúcar ao Brasil, no século XVI.
O primeiro engenho de açúcar brasileiro é introduzido por Martim Afonso de Souza em 1533, na capitania de São Vicente, litoral de São Paulo, recebendo o nome de São Jorge dos Erasmos. Depois, o açúcar passou a ser produzido nos Estados do Rio de Janeiro, Bahia, Espírito Santo, Sergipe e Alagoas.
A cana-de-açúcar foi trazida pelos colonizadores portugueses no século 16, e a produção de açúcar se tornou um dos principais produtos de exportação dessa época. A mão-de-obra dos engenhos era formada por africanos escravizados - e foram eles os primeiros a consumir a garapa.
Como surgiu a dupla pastel e caldo de cana | Programa Sincovat
Quem descobriu a cana?
DESCOBERTA DO OCIDENTE - Desconhecida no Ocidente, a cana-de-açúcar foi observada por alguns generais de Alexandre, o Grande, em 327 a.C e mais tarde, no século XI, durante as Cruzadas. Os árabes introduziram seu cultivo no Egito no século X e pelo Mar Mediterrâneo, em Chipre, na Sicília e na Espanha.
Como uma fonte muito rica de açúcar natural, o caldo de cana pode ser utilizado para repor a energia do corpo. Também é hidratante por suas propriedades minerais e alto conteúdo de água. Outro importante benefício do caldo de cana é a sua função antioxidante, que é capaz de proteger o organismo.
O Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar e, na safra 2020/21, foi responsável pela produção de 654,5 milhões de toneladas destinados à produção de 41,2 milhões de toneladas de açúcar e 29,7 bilhões de litros de etanol1.
Fruta, legume ou raiz? Quando pensamos em cana-de-açúcar, logo surge a dúvida sobre em que categoria no Reino Vegetal ela pertence. Pois tire essa dúvida de uma vez por todas: a cana-de-açúcar é considerada uma planta, mais precisamente uma “gramínea” ou “gramina”, devido a sua semelhança da planta com a grama.
Conhecida também como garapa, o caldo de cana é extraído da moagem da cana-de-açúcar e contém antioxidantes e micronutrientes. No entanto, a recomendação é consumir com moderação, já que possui um alto teor calórico. Vale destacar que há poucos estudos que falem dos benefícios e riscos do caldo de cana.
A pesquisa revelou que a substância octacosanol, presente em diversos alimentos, inclusive na cana-de-açúcar, pode auxiliar a ter uma boa noite de sono e também reduzir o estresse.
Os escravos consumiam o caldo de cana por ter um potencial energético. A bebida era oferecida pelos próprios senhores de engenho, durante a moagem, pois exigia horas de serviço.
Quando extraído in natura o caldo de cana entra em contato com o oxigênio e acaba escurecendo rapidamente. Para ser industrializado, o produto precisa passar por um processo brando de clarificação, semelhante ao utilizado na produção de açúcar.
A cana é rica em nutrientes muito benéficos para nossa saúde, como o ferro e o cálcio, por exemplo. “Tem minerais como o ferro, cálcio, potássio, sódio, fósforo e magnésio. Em vitaminas, tem as do complexo B e vitamina C.
O caldo não pode ser considerado suco de fruta, uma vez que a cana-de-açúcar, responsável por originar o item, é uma gramínea, planta de folhas longas e estreitas, como a de trigo e milho, por exemplo.
Entre os maiores estados produtores sucroalcooleiros do Brasil estão São Paulo (301,38 milhões de toneladas), Goiás (74,54 milhões de toneladas) e Minas Gerais (67,03 milhões de toneladas).
Uberaba (MG) é a nova líder, com 7,97 milhões de toneladas de cana; levantamento traz ainda a produtividade dos 100 maiores municípios produtores e a representatividade da cana por território. O setor sucroenergético viveu recordes na safra 2020/21.
Isso porque a cana está na lista de alimentos que podem favorecer o desenvolvimento do botulismo infantil. Para evitar enfrentar esse risco, ofereça mel à criança só depois que ela já tiver completado 12 meses de vida.
Diversas técnicas têm como meta a preservação do caldo de cana. Entre elas, pode ser citada a concentração por congelamento, que é baseada na separação de água na forma de gelo, a partir de uma solução congelada. Essa técnica possui a vantagem de obter um produto com qualidade preservada sem perda de voláteis.
Ana Paula destaca que a única contraindicação para o consumo de caldo de cana é feita para diabéticos. Isso, “por conta do alto teor de carboidratos que provoca uma elevação rápida da glicemia no sangue, o que vai precisar de uma ativação rápida da insulina pelo corpo”.