Os primeiros a adquirirem sobrenomes foram os chineses. Algumas lendas sugerem que o Império Fushi decretou o uso de sobrenomes, ou nomes de famílias, por volta de 2852 a.C.
Eles surgiram para diferenciar as pessoas que tinham o mesmo nome. Na Idade Média, era comum usar como sobrenome a ocupação da pessoa, o lugar onde morava, características físicas ou variações do nome do pai. Se um homem chamado John, por exemplo, fosse carpinteiro, passava a ser chamado de John Carpenter.
No início, os sobrenomes foram criados como forma de diferenciar nomes repetidos. As culturas mais antigas utilizam um sistema patronímico, quando o sobrenome do filho faz alusão ao nome do pai.
Os sobrenomes mais populares no Brasil são, na maioria, de origem portuguesa, como Santos, Oliveira e Souza. Mas o campeão é Silva, usado por mais de cinco milhões de brasileiros.
Os sobrenomes foram primeiramente usados pela nobreza e ricos latifundiários (senhores feudais), e pouco a pouco foram adotados por comerciantes e plebeus. Os primeiros nomes que permaneceram foram aqueles de barões e latifundiários, que receberam seus nomes a partir de seus feudos ou propriedades.
"Conforme a nova legislação de registros públicos, não é possível que se invente um sobrenome. Todavia, é possível, com base nesse novo dispositivo legal, a inclusão de sobrenomes familiares a qualquer tempo, bastando a comprovação do vínculo", explica o advogado Lucas Braga.
Oliveira, Matarazzo, Santos, Monteiro, Alckmin, Cardoso, Vargas, Souza, Borges, Pereira, Almeida, Rezende, Lorenzoni, Maluf, Rossi. Os sobrenomes mais comuns no Brasil têm origens diversas – da Itália à Síria, passando por Portugal, Espanha e Alemanha.
Uma opção é pesquisar documentos e registros familiares, como certidões de nascimento, casamento e óbito de seus parentes. Esses registros podem fornecer informações valiosas sobre a história de sua família e ajudá-lo a determinar suas raízes. Outra opção é fazer um teste de ancestralidade.
Geralmente, os escravos eram designados com nomes de santos, sendo que, com o passar do tempo, alguns deles foram se tornando quase que exclusivamente nomes de escravos.
Uma questão bastante interessante enfocada pelo palestrante foi o surgimento da preposição "de" nos sobrenomes. "Em função da quantidade de homônimos que havia na época, a nobreza passou incorporar os nomes de suas grandes propriedades, de seus grandes castelos em seus sobrenomes.
O sobrenome ou patronímico possui a propriedade de identificar a pessoa com determinada família, bem como a de revelar suas origens, embora exista também a dificuldade de identificação com a família primeira, muitas vezes porque os patronímicos sofreram algumas modificações.
1. Família Moreira Salles. A Família Moreira Salles é a mais rica do Brasil, com um patrimônio estimado em R$ 85,5 bilhões, segundo a Lista Forbes 2023.
No Brasil, essa questão é regida pela Lei de Registros Públicos (nº 6.015/1973). Nela não consta nenhuma limitação de quantos sobrenomes podem ser dados a uma criança, desde que você possa comprovar que esses sobrenomes realmente têm relação com a sua família.
O Dicionário da Família Brasileira, de Cunha Bueno e Carlos Eduardo Barata, informa que os Cavalcanti são a maior família brasileira - maior até que os Silva, o que significa que existem muito mais severinos do que lulas - e está espalhada por todo o País.