A CBF argumenta que o sistema que deu origem ao VAR partiu da ideia do brasileiro Manoel Serapião Filho . Ele teria sugerido o uso da tecnologia no futebol há mais de duas décadas, segundo a entidade.
A Hawk-Eye é a empresa responsável pelo VAR no Brasil e ela também fornece as tecnologias para a Fifa e para a Uefa, em competições como Copa do Mundo, Liga dos Campeões, entre outras.
Segundo o jornal Marca, o espanhol Francisco López afirma que criou o sistema de arbitragem em vídeo em 1999. López diz que ele apresentou a ideia no Ministério da Educação e Cultura com o seguinte título: "O futebol no século XXI (Tecnologia de futuro para as equipas de arbitragem)".
Em nosso país, o VAR começou a ser aplicado a partir das quartas de final da Copa do Brasil de 2018. A primeira vez que o árbitro de vídeo foi utilizado na história do futebol brasileiro foi na derrota do Santos para o Cruzeiro, em 1º de agosto de 2018.
Os primeiros experimentos com árbitro de vídeo no futebol tiveram origem nos Países Baixos. Em 2012, a federação holandesa de futebol (KNVB) desenvolveu um sistema denominado Refereeing 2.0, que se tornou o que agora conhecemos como VAR.
Após ser notificado pelo VAR, o árbitro principal tem a opção de rever o lance na tela e, após analisar as imagens, pode confirmar ou modificar sua decisão inicial. A decisão final sempre cabe ao árbitro em campo, que mantém o controle do jogo e pode decidir de acordo com sua interpretação das imagens e das regras.
A arbitragem de vídeo no futebol é coisa recente, mais precisamente de 2016, com os primeiros testes conduzidos em um amistoso na Holanda entre PSV e FC Eindhoven. O primeiro uso do VAR em jogos oficiais também aconteceu por lá, num jogo da Copa da Holanda entre Ajax e Willem II, em setembro de 2016.
O VAR, assim como os bandeirinhas, fica com uma parcela ligeiramente menor, entre R$ 2,1 mil e R$ 4,1 mil. Os assistentes do vídeo e até mesmo os observadores também são remunerados. As taxas estão inclusas, mas os valores de transporte (tanto terrestre quanto aéreo) são pagos à parte pela CBF.
O VAR vai custar R$ 49 mil por partida, sendo que os clubes pagarão R$ 18 mil, e a CBF os R$ 31 mil restantes. No total, a entidade gastará R$ 11,78 milhões, e as equipes R$ 6,84 milhões.
Existem duas exceções em que o VAR pode chamar o árbitro a qualquer momento, mesmo depois de ter sido reiniciado o jogo: - cartões amarelos ou vermelhos aplicados para o jogador errado; - cartões vermelhos diretos por conduta violenta, cusparada, mordida ou gestos muito ofensivos, injuriosos ou abusivos.
Na NBA, desde 2003, os árbitros podem solicitar a ajuda de replays para a marcação de jogadas duvidosas. No Brasil, o VAR é utilizado desde a final da Copa do Brasil de 2018 e, desde então, tem gerado muitas polêmicas.
O VAR e o assistente (AVAR) são os árbitros de vídeo e auxiliarão o árbitro segundo as Regras do Jogo e o protocolo para o VAR. Os outros membros da equipe de arbitragem atuam sob a direção do árbitro.
VAR é uma sigla que significa Video Assistant Referee - árbitro assistente de vídeo - em português. A equipe do VAR conta com um árbitro de vídeo e três assistentes: AVAR (árbitro assistente do árbitro de vídeo), assistente de árbitro de vídeo 2 e observador de VAR.
Essas imagens são enviadas em tempo real, via fibra ótica, à central de controle - que, na Copa do Mundo do Catar ficará localizada em Doha, capital do país.
Ou seja, se o árbitro de campo expulsar um atleta de forma errada via segundo cartão amarelo, o VAR não pode interferir. Cartões, amarelos ou vermelhos, que são aplicados para o jogador errado devem ser informados ao árbitro de campo pelo VAR.
Desde a introdução do VAR, a sigla em inglês para video assistant referee, em 2010, na Holanda, passando por sua estreia na Copa do Mundo de 2018, e ainda hoje, é claro, a ferramenta virou motivo de cizânia — e o que é evidente instrumento de honestidade, da difícil busca pelo erro zero, virou um problema.
Arábia Saudita - O técnico José Mourinho afirmou, em um evento realizado na Arábia Saudita, que é contra a utilização do árbitro de vídeo no futebol. Para o comandante português, o VAR "mata a emoção" do esporte.
Dessa maneira, o lance é revisto pelos árbitros de vídeo, que transmitem ao árbitro de campo se vai ser necessário rever a marcação anterior ou se o jogo pode seguir normalmente. Caberá então ao juiz de campo a decisão da arbitragem sobre o lance.