Autismo não é genético? A pessoa já não nasce autista? De fato, as evidências que temos atualmente já nos mostram com muita segurança que o autismo é genético de grande carga hereditária. Logo, a pessoa autista já nasce na condição de pessoa neurodivergente.
Evidências científicas apontam que não há uma causa única, mas sim a interação de fatores genéticos e ambientais. A interação entre esses fatores parecem estar relacionadas ao TEA, porém é importante ressaltar que “risco aumentado” não é o mesmo que causa fatores de risco ambientais.
Segundo a pesquisa, publicada periódico cientifico Molecular Psychiatry, a idade avançada do pai, da mãe ou de ambos aumenta o risco de autismo. Os resultados mostraram que quando os pais têm mais de 50 anos, o risco de autismo da criança é 66% maior em relação aos filhos de pais com 20 anos.
Evidências científicas apontam forte influência genética, hereditária e associação com fatores de riscos ambientais. O diagnóstico pode ser feito em qualquer idade, porém na vida adulta torna-se mais desafiador, pois muitos indivíduos aprendem a mascarar seus sintomas para se adequar às expectativas sociais.
Pesquisadores do Hospital Infantil da Filadélfia, nos Estados Unidos, descobriram que mutações no DNA mitocondrial, parte das células responsável produzir energia e cujo código genético é herdado exclusivamente da mãe, podem contribuir para um maior risco de desenvolver o transtorno.
Por que tantas crianças estão nascendo com autismo?
A psicóloga Lívia Aureliano acrescenta ainda que algumas pesquisas no país, como na Universidade Presbiteriana Mackenzie, tem mostrado cientificamente fatores que podem contribuir para o crescimento nos casos de autismo, como poluição, fertilização in vitro e uso de algumas medicações.
Um estudo recente do MIND Institute, ligado à Universidade da Califórnia, detectou que a gravidade dos sinais de autismo de uma criança pode mudar significativamente entre a idade de 3 e 11 anos. Ou seja, o estudo reforça que existem evidências de mudanças, e não exatamente piora.
Os pais devem tomar muito cuidado com as falsas esperanças, pois ninguém deixa de ser autista. Após o diagnóstico e tratamento, há a evolução, mas o histórico do Transtorno do Espectro do Autismo ainda permanece e podem persistir algumas dificuldades que precisarão ser trabalhadas.
Autismo tem múltiplas causas, a maioria ainda desconhecida, mas cerca de 90% dos casos têm uma influência genética. Qualquer casal pode ter um filho com TEA, mesmo que não tenham TEA e não haja nenhum caso de TEA nas famílias.
O que acontece durante a gravidez que pode gerar o autismo?
Uma pesquisa da USP cruzou dados de pacientes e mostrou que a exposição da gestante a fatores ambientais e psicossociais (como estresse, exposição a produtos químicos e perda de um ente querido, por exemplo) pode aumentar a possibilidade do desenvolvimento do autismo nos filhos.
Pessoas com autismo leve podem futuramente vir ter filhos com autismo? Existem cada vez mais pesquisas que evidenciam um caráter genético do Transtorno do Espectro Autista, sendo assim, é possível que pais com diagnóstico de autismo tenham filhos também dentro do espectro, mas não é certeza absoluta que isso ocorrerá.
O que evitar na gravidez para o bebê não ter autismo?
Embora ainda haja muita incerteza sobre a causa exata do autismo na gravidez, estudos³ sugerem que uma dieta equilibrada e saudável, com ênfase em ácido fólico, pode ajudar a reduzir o risco de autismo. Além disso, evitar o consumo de álcool, tabaco e drogas durante a gravidez também pode ajudar.
Entretanto, segundo um estudo publicado no jornal Nature Medicine, as crianças cujas mães usaram maconha durante a gestação estão em maior risco de autismo quando comparadas a crianças cujas mães não a consumiram.
Além disso, os estudos apontam que a idade média com que uma pessoa diagnosticada com autismo morre é de apenas 36 anos, sendo que para a população em geral a expectativa de vida ultrapassa os 70 anos.
O componente genético para o especto autista sempre está presente, no entanto, a prevenção para novos nascidos é possível apenas quando este fator genético é o único responsável pelo disturbio e pode ser detectado por um teste de diagnóstico.
Crianças com autismo não aceitam coisas novas em seu mundo, sendo assim há uma grande dificuldade em apresentar o mundo a elas. Para que a aprendizagem e o desenvolvimento do raciocínio lógico aconteçam, as invasões do mundo que a cercam são fundamentais, mas dificilmente serão aceitas por ela.
E aos quatro ou cinco anos, espera-se que a fala já tenha se desenvolvido por completo. Se ocorrer qualquer atraso de linguagem, é importante buscar ajuda especializada para a criança. Assim, quanto mais cedo a criança receber suporte especializado, melhor será para o seu desenvolvimento e ampliação dessas habilidades.
Genética pode ser responsável por 50% da chance de uma pessoa ser autista, diz estudo. Esse estudo concluiu que o risco individual de TEA cresceu com o aumento da relação genética, tendo uma herdabilidade em, aproximadamente, 50%.
Uma pesquisa feita pelo JAMA Psychiatry em 2019, com 2 milhões de pessoas, de cinco países diferentes, mostra que cerca de 97% a 99% dos casos de autismo têm causa genética, destes 81% são hereditários. Além disso, sugere que 18% a 20% dos casos têm causa genética somática, ou seja, não hereditária.
Não há dúvida de que o autismo tem raízes genéticas, mas a ciência está cada vez mais atenta, também, à possível influência de fatores “ambientais” (não genéticos) na geração do transtorno. Por exemplo, uso de álcool, drogas ou infecções contraídas durante a gestação.
Crianças com autismo leve podem ter dificuldade em iniciar e manter conversas, muitas vezes usando frases que parecem desconexas ou fora de contexto. Elas podem utilizar palavras de maneira incorreta ou em situações inadequadas, o que pode confundir as pessoas que tentam entender essas crianças.