“Em algumas casas das religiões africanas e afro-brasileiras Exu é o sentinela e protetor”, afirma. Mas ele também assume, em algumas canções, características de uma espécie de mensageiro entre os orixás e o ser humano.
Exu é a divindade responsável pela comunicação entre o mundo terreno e o espiritual. Segundo a tradição iorubá, ele é o senhor dos caminhos, o guardião do culto, e nada se faz sem a sua presença.
Exu é uma divindade africana, um orixá, que chega ao Brasil por meio do Candomblé. "É uma divindade absolutamente primordial. Exu é sempre cultuado antes de todas as outras divindades, porque a presença dele é solicitada para que a ordem se mantenha no espaço sagrado.
“Em suma, Exu, quando abre os caminhos dos homens, é associado aos santos católicos e é tido como 'do bem'. Entretanto, quando fecha os caminhos dos homens, é visto como 'do mal' e comparado com as legiões de demônios que impedem o acesso dos homens aos bens do céu”, escreve o professor.
“O Tranca-Rua é um egum na umbanda, um catiço que representa as populações marginalizadas”, explicou Santos, se referindo a espíritos que buscam abrir os caminhos. Os eguns correspondem aos indivíduos que pertencem a grupos marginalizados da sociedade, como escravizados, indígenas, mulheres, crianças, idosos.
As entidades da umbanda fazem parte de seres espirituais com características únicas, entre esses seres encontra-se Zé Pelintra, uma entidade cercada por peculiaridades, descrito como malandro, apreciador de bebidas e jogador de carteado, uma entidade negra que recebe várias interpretações.
A figura de Pomba-Gira pode ser identificada como companheira, mulher (não esposa) dos Exus, desempenhando, quando em sua presença, os papéis esperados da figura feminina no contexto do modelo tradicional das relações de gênero.
Preto velho ou Pretos-velhos são uma linha de trabalho de entidades de umbanda. São espíritos que se apresentam sob o arquétipo de idosos africanos que viveram nas senzalas, majoritariamente como escravos que morreram no tronco ou de velhice, e que adoram contar as histórias do tempo do cativeiro.
Por que a figura de Exu foi demonizada no Brasil? A demonização começa na África com a chegadas dos europeus. O Exu já na África sofre grande sincretismo. Como é o orixá mensageiro do panteão foi sincretizado com outra entidade Elegbara, o mensageiro do panteão dos povos fon, que deram origem ao Jeje brasileiro.
É cultuado no continente africano pelo povo iorubá, bem como em cultos afro-descendentes, como no candomblé baiano, no tambor de mina maranhense, dentre outros. Apesar do nome idêntico, não deve ser confundido com os exus da Umbanda (também chamados "exus catiços"), que possuem cosmologia diferente.
Conhecido por ser um dos exus com a personalidade mais forte de toda a hierarquia, Exu Sete Ventanias trabalha com a ajuda exata para a pessoa que o solicita. É sábio e atua na proteção espiritual e física dos seus, ajudando inclusive na proteção contra doenças.
É considerado o espírito patrono dos bares, locais de jogo e sarjetas, embora não alinhado com entidades de cunho negativo, é uma espécie de transcrição arquetípica do "malandro".
Deuteronômio 18:10-14 – “Não se achará entre ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao SENHOR; e por estas ...
O Tranca Rua(s) é uma falange/agrupamento de exus, as entidades espirituais presentes na Umbanda e Quimbanda. É considerado responsável pela limpeza astral dos caminhos do mundo, representado pelas cores branco, preto e vermelho, podendo também ser azul ou roxo.
"Exu não é diabo. A maioria das pessoas não sabe o que realmente é o Exu, não estudou o Exu", explica o zelador espiritual Danilo de Oxóssi. "É o orixá, é o guardião, é o primeiro que come na mesa dos orixás. O último é Oxalá, que é o rei de todos os orixás.