O Verbo encarnado é simultaneamente o princípio da criação e o fim último para o qual tende a pessoa humana, integrada ao cosmos. Assim, acenamos para a imensidade do mistério do Natal de Jesus Cristo.
O Instituto do Verbo Encarnado (IVE) é um instituto religioso católico fundado na Argentina pelo Padre Carlos Miguel Buela, sacerdote desde 1971, a 25 de Março de 1984.
A encarnação do Verbo, de Jesus Cristo fez a união a cada homem, a cada ser humano. Por isso, Ele trabalhou com mãos humanas, pensou com uma inteligência humana, agiu com uma vontade humana e amou com um coração humano. Isso é bonito, porque Ele nasceu da Virgem Maria, se tornou igual a nós em tudo, exceto no pecado.
O Cristo joanino é o Verbo que se fez carne, feito nosso irmão, em tudo semelhante a nós. O que importa não é pregar a humanidade sofrida do “Jesus-carne”, mas sim o êxito final de sua missão que se dará pela entrega na cruz.
O Verbo era a verdadeira luz que, vindo ao mundo, ilumina todo homem. Ele estava no mundo e, por ele, o mundo foi feito, e o mundo não o conheceu. Ele veio para o que era seu, e os seus não o acolheram. Mas aos que o receberam, aos que crêem em seu nome, ele deu o poder de se tornarem filhos de Deus.
Jesus em Sua sabedoria quis se tornar humano para se aproximar de nós. Jesus Cristo assumiu a natureza humana para purificá-la do pecado original, tomando a carne derivada de Adão para curá-la. Veio para reconduzir o homem da escravidão à liberdade, sendo que, para tal libertação acontecer, submeteu-se à escravidão.
Por que o Verbo de Deus se encarnou na pessoa de Cristo?
O Verbo fez-Se carne para nos salvar, reconciliando-nos com Deus: «Foi Deus que nos amou e enviou o seu Filho como vítima de expiação pelos nossos pecados» (1 Jo 4, 10). «O Pai enviou o Filho como salvador do mundo» (1 Jo 4, 14). «E Ele veio para tirar os pecados» (1 Jo 3, 5):
O que significa no princípio era o verbo e o Verbo estava com Deus?
Isso não é um acidente, porque a primeira coisa que João nos contará sobre o que Jesus fez foi que ele criou o universo. É o que ele diz no versículo 3. Então, as palavras “no princípio” significam: antes que houvesse alguma matéria criada, havia o Verbo, o Filho de Deus.
“No princípio era o Verbo.” Minha resposta a esta pergunta é a seguinte: João chama Jesus de Verbo, porque ele veio a enxergar as palavras de Jesus como a verdade de Deus e a pessoa de Jesus como a verdade de Deus de maneira tão unificada, que o próprio Jesus, em sua vinda, sua obra, seus ensinamentos, sua morte e ...
Além dessa revelação, há a de que Jesus operou como construtor do nosso planeta desde o início da sua formação, há cerca de quatro bilhões e meio de anos, organizando o cenário da vida, sob as vistas de Deus, criando o indispensável à existência dos homens no futuro.
Jesus se encarnou para ser nosso modelo de santidade e nos mostrar o Pai, como Ele próprio disse: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida; ninguém vem ao Pai a não ser por mim” (Jo 14,6).
O Verbo se encarnou não porque Deus teria que atuar assim, mas porque Deus quis assim. E somente ao Verbo convêm encarnar-se, pois ele é a imagem do Pai, com uma certa relação com o homem que tem que salvar, criado a imagem de Deus.
O Deus revelado por Jesus Cristo encarnado é essencialmente um mistério transbordante de amor e, portanto, somente apreensível na experiência (ascese) da liberdade e do amor. E o esforço ascético que precede a solenidade do Natal do Senhor é liturgicamente denominado de “advento”.
A Encarnação representa a crença de que o Filho de Deus assumiu um corpo e natureza humanos e se tornou simultaneamente Homem e Deus. Na Bíblia, a referência mais explícita encontra-se em João 1:14: "E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós." Segundo as instruções do anjo, o seu nome foi Jesus.
O Verbo se fez carne para que conhecêssemos o amor de Deus. “Nisto manifestou-se o amor de Deus por nós: Deus enviou seu Filho Único ao mundo para que vivamos por Ele” (1 Jo 4,9). “Pois Deus amou tanto o mundo, que deu seu Filho Único, a fim de que todo o que crer nele não pereça, mas tenha a Vida Eterna” (Jo 3,16).
Irmãs e irmãos, a Palavra acolhida por José é a Palavra encarnada, Jesus, o Filho de Deus. “Ele, existindo em forma divina, não considerou um privilégio ser igual a Deus, mas esvaziou-se, assumindo a forma de um servo e tornando-se semelhante ao ser humano” (FI 2,6-7).
A encarnação do Verbo é a entrada de Deus na humanidade para assumi-la e redimi-la. Santo Irineu colocou este mistério tão bonito e tão significante em vista da salvação de todo o ser humano.
Encarnado é a condição do indivíduo que experimenta a vida material, revestido num corpo físico; equivalente ao termos nascido, corporificado, materializado.
Deixemos que a Bíblia fale por nós, mostrando-nos que Jesus, realmente, não é todo-poderoso ou onipotente como o é o Deus Pai, absoluto e único, enquanto que Jesus é também Deus, mas relativo. E isso não o diminui em nada, pois, como Ele mesmo ensinou, Ele é Deus Filho, enquanto que o Deus mesmo é o Deus Pai.
“Criar”, “prometer”, “libertar”, “ordenar”, “providenciar”, “amar”: são seis “Os verbos de Deus” que o cardeal italiano Carlo Maria Martini (1927-2012) propõe numa nova publicação da Paulus Editora.