A traqueostomia em si não deve causar nenhum tipo de falta de ar nem dor; ao contrário, ela serve para permitir uma respiração normal ao paciente. Procure um pneumologista ou cirurgião de tórax para que avalie o que está acontecendo.
A traqueostomia irá alterar a anatomia e a fisiologia do sistema respiratório, influenciando nos mecanismos de proteção das vias aéreas, da produção vocal, e também do sistema digestivo, repercutindo na dinâmica da deglutição. Disfunção da deglutição e as alterações na produção vocal.
Após a traqueostomia, você respirará através de um traqueostoma no pescoço. Isso significa que o ar que você respira contorna as vias aéreas superiores e é, portanto, ar não condicionado.
Como o ar deixa de ser respirado e eliminado pela boca e pelo nariz, quem tem traqueostomia fica com dificuldade para sentir cheiros e articular a voz e a fala. Para isso, pode-se ocluir a cânula eventualmente ou usar válvulas unidirecionais acopladas a certos modelos de cânula.
É preciso levar em consideração que, como qualquer procedimento cirúrgico, uma traqueostomia possui riscos como sangramentos, obstrução da cânula por secreção, infecção, lesão do esôfago, fístulas, edemas na região, problemas ao deglutir alimentos ou na cicatrização.
Dúvidas sobre intubação e traqueostomia do paciente neurológico
Quais são os perigos da traqueostomia?
Riscos da traqueostomia
Na região anterior do pescoço, existem muitos vasos sanguíneos e estruturas nobres, como a glândula tireoide, que costumam sangrar bastante. Além dos possíveis sangramentos, outra preocupação é com a obstrução da via respiratória caso não seja possível realizar a traqueostomia a tempo.
Como é a vida de uma pessoa que fez traqueostomia?
A realização da traqueostomia muda radicalmente a vida de uma pessoa. Há a questão estética por ser visível no pescoço. As secreções podem ser motivo de vergonha ou ocasionar situações embaraçosas. Além disso, pode haver dificuldade para falar e até para comer.
Quando é realizada a traqueostomia, mesmo com a colocação do tubo traqueal, você con- tinua com suas cordas vocais. Portanto ainda poderá usá-las para falar. Nesse caso, quando for falar, cubra a saída do tubo traqueal com o dedo, como mostra a figura abaixo. Você pode comer qualquer tipo de alimento.
Exceto nos casos em que o paciente está usando sonda alimentar, nos quais deverá seguir a orientação de um nutricionista, será possível ingerir alimentos normalmente. O paciente poderá comer aquilo que gosta, mas pode ter um pouco de dificuldade na deglutição.
Porque o paciente entubado tem que fazer traqueostomia?
Nos pacientes com suporte ventilatório prolongado, há grandes benefícios com a realização da traqueostomia, tais como: menor taxa de auto-extubação, melhor conforto para o paciente, possibilidade de comunicação do paciente, possibilidade da ingesta oral, melhor higiene oral e manuseio mais fácil pela enfermagem.
A perda da habilidade de fala não faz parte dos riscos da cirurgia, ou seja, quem fez traqueostomia pode falar. Os problemas de fala são comuns após a realização da traqueostomia. Enquanto ainda usa a cânula na traqueia, o paciente não pode falar.
Quanto tempo demora para fechar o buraco da traqueostomia?
O fechamento do orifício da traqueostomia pode ser muito rápido mesmo, porque já há formação de tecido cicatricial. O tempo de fechamento depende de muitos fatores inclusive do estado geral do paciente (estado nutricional, uso de remédios...). A princípio é normal o orifício fechar em 2 dias.
Como se comunicar com uma pessoa que fez traqueostomia?
Dentre os recursos disponíveis para a comunicação do paciente traqueostomizado e utilizados no hospital, local de trabalho dos autores deste artigo, destacam-se: a mímica, leitura labial e escrita, possível quando o paciente é alfabetizado e não apresenta importante incapacidade funcional instalada.
A operação custa 34 mil reais, valor que ultrapassa a realidade da família que não teria como arcar com o pós-operatório, totalizando uma quantia de 50 mil reais.
Após a retirada da traqueostomia, é possível que alguns pacientes apresentem náuseas e vômitos. Esses sintomas podem ocorrer devido à sensibilidade ou irritação da garganta e das vias respiratórias superiores, à reintrodução da respiração pelas vias aéreas superiores ou a fatores individuais.
Vazamento de ar, gerando pneumotórax, pneumomediastino e enfisema subcutâneo também são descritos na literatura. Com relação às complicações tardias, podemos destacar o tecido de granulação na traqueia ou na área do estoma. É a complicação mais comum, relacionada à traqueostomia.
O sangramento pela traqueostomia pode ser por varias causas: infecção, trauma por aspiração, efeito colateral de medicamentos, entre outras. O paciente terá que ser avaliado para esclarecimento.
uma das causas de ruído no paciente traqueostomizado é a presença de secreção na traqueostomia. Procure auxílio do cirurgião que fez o procedimento assim como da fonoaudióloga que acompanha o caso para esclarecer melhor as suas dúvidas.
Lave bem as mãos antes e depois de realizar os cuidados com a traqueostomia para evitar infecções; • O paciente deve beber bastante líquido, como água, chá e sucos (se não houver contraindicação médica), pois podem contribuir para que as secreções fiquem mais líquidas e fáceis de serem eliminadas através da tosse.
A traqueostomia definitiva é indicada quando o paciente precisa tirar toda a caixa da voz, ou seja, toda a laringe. A laringe, apesar de ser popularmente conhecida como caixa da voz, a sua principal função não é falar, a fala é uma função secundária.
“Existe um risco alto de mortalidade envolvendo a traqueostomia em caso de obstrução da cânula, especialmente naquelas crianças que têm fechamento completo da via natural.
Quanto tempo uma pessoa que fez traqueostomia demora para se recuperar?
O organismo pode levar até seis semanas para cicatrizar completamente a traqueostomia após a decanulação. Após esse período, caso a cicatrização não tenha ocorrido, pode ser necessário um procedimento cirúrgico para fechar o orifício, chamado de fistula traqueo-cutânea.
Assim, teremos certeza de que não há nenhuma obstrução na respiração, a laringe e a traqueia estão preservadas e o paciente consegue engolir alimentos e líquidos sem engasgar. Depois do procedimento, é necessário seguir as recomendações médicas a respeito da troca de curativo, que deve ser feita duas vezes ao dia.