Santa? Apesar dessa roupagem negativa, Maria Madalena não foi vista como uma pecadora por todos. Em algumas outras vertentes religiosas cristãs, a mulher seria a esposa de Jesus e até a mãe de seu filho.
Segundo o professor André Chevitarese - do Instituto de História da UFRJ e da Unicamp -, não há evidência sobre a vida conjugal de Jesus, nem mesmo a Bíblia faz qualquer menção.
Com certeza, somente sabemos que um dos 12 apóstolos (ou 13, se contarmos tanto Judas Iscariotes, quanto quem ocupou seu lugar, Matias) era casado: São Pedro. Tanto o Evangelho de São Mateus (8,14), quanto o de São Lucas (4,38) narram que Jesus curou a febre por que passava a sogra de Pedro.
Todos os apóstolos, por exemplo, eram casados, e nos textos sagrados nunca se fala de suas mulheres e filhos. Só uma vez se nomeia de passagem a sogra de Pedro, a quem Jesus curou de uma doença.
A mãe de Jesus estava ali, e Jesus e seus discípulos também foram convidados para a celebração. Durante a festa, o vinho acabou, e a mãe de Jesus lhe disse: “Eles não têm mais vinho”. “Mulher, isso não me diz respeito”, respondeu Jesus.
Diferente das freiras, as “esposas de Cristo” não vivem em conventos, nem usam roupas especiais. Elas trabalham, têm uma vida fora da Igreja, mas não são casadas e oferecem a virgindade como presente para Jesus Cristo. A estimativa é que a Ordem das Virgens reúna cerca de 5 mil mulheres espalhadas pelo mundo.
Para Medeiros, "diante dos documentos que temos acesso" não é possível acreditar cientificamente que Jesus e Maria Madalena tenham sido um casal. "A maioria dos historiadores do cristianismo, pelo menos, ainda descartam essa hipótese", ressalta ela.
Na realidade, o Papa Gregório anunciou que Maria Madalena, a mulher pecadora, e Maria de Betânia eram uma só. Nasceu desse erro a ideia de que Madalena fosse uma prostituta. Discípula amada ela realmente foi, afinal seguia Jesus com seus bens e com seu coração e estava na cruz no momento final.
A Noiva de Cristo, ou a Esposa do Cordeiro, é uma metáfora usada em referência a um grupo de versículos relacionados na Bíblia cristã, especificamente no Novo Testamento - nos Evangelhos, no Livro do Apocalipse, nas Epístolas, com versículos relacionados no Antigo Testamento.
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Ela teria tido dois filhos com ele. E, ao que tudo indica, o novo “Evangelho” cita o nome dos supostos descendentes. Em alguns livros, como em Lucas, Maria Madalena é descrita como “pecadora”, sendo associada à prostituição.
Jesus também foi convidado, com os seus discípulos, para o casamento. Tendo acabado o vinho, a mãe de Jesus lhe disse: — Eles não têm mais vinho. Mas Jesus respondeu: — Por que a senhora está me dizendo isso?
Quem foi a única mulher que Jesus chamou de filha?
Há algumas coincidências interessantes nessa passagem: a filha de Jairo tinha 12 anos quando estava à morte; a mulher com fluxo sofria havia 12 anos com uma hemorragia sem fim. Jairo buscava socorro para a filha; a mulher do fluxo de sangue é a única personagem feminina nos evangelhos que Jesus chamou de filha.
O "Evangelho de Filipe" também apresenta Maria Madalena como “companheira” de Jesus, usando a palavra grega koinônos — cuja acepção não necessariamente se restringia, no passado, à ideia conjugal.
A esposa é a figura do povo, segundo imagens usadas pelos profetas, como vimos anteriormente. Jesus, consagrado como o Messias, leva para si a esposa e, por isso, é necessário reconhecê-lo como Esposo.
Muitas lendas cercaram a tradição de Madalena ao longo da história do cristianismo. Ela teria se casado com João Evangelista, o casamento deles foi relatado nas bodas de Caná (Jo 2,1-11).
Sim, Jesus e Maria Madalena foram casados. Por isso ela estava ao pé da cruz durante a crucificação, por isso foi ela a primeira pessoa que Jesus apareceu após ressuscitar...
15 E da sua boca saía uma afiada espada, para ferir com ela as nações; e ele as regerá com vara de ferro; e ele mesmo pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-Poderoso. 16 E na veste e na sua coxa tem escrito este nome: Rei dos reis, e Senhor dos senhores.
Cristo é o Esposo da Igreja, a Igreja é a Esposa de Cristo. Esta analogia não deixa de ter precedentes: ela transfere para o Novo Testamento o que já estava presente no Antigo Testamento, particularmente nos profetas Oséias, Jeremias, Ezequiel e Isaías. As respectivas passagens merecem uma análise à parte.
Efetivamente, as bebidas alcoólicas são por várias vezes condenadas no decorrer dos textos bíblicos e, por isso, acredita-se que o vinho bebido na Última Ceia era apenas o sumo natural proveniente da uva e não possuía qualquer teor alcoólico.
Desde o momento em que se encarregaram de organizar um casamento em Caná — onde tiveram um encontro transformador com Jesus — até o planejamento de seu próprio casamento.