Marcos foi considerado o “estenógrafo” de Pedro e seu Evangelho foi escrito entre os anos 50 e 60. Segundo a tradição, ele transcreveu a pregação e as catequeses de Pedro, dirigidas, sobretudo, aos primeiros cristãos de Roma; porém, ele as escreveu sem elaborá-las ou adaptá-las a um esquema pessoal.
São Marcos foi batizado pelo Apóstolo São Pedro em que através do grande convívio obteve inspiração para escrever o Evangelho, “o intérprete de Pedro” (Pápias, + 130). “Marcos, intérprete de Pedro, escreveu exatamente tudo aquilo de que se lembrava. Escreveu, porém, o que o Senhor disse ou fez, não segundo uma ordem.
Provavelmente, o Evangelho de Marcos não leva o nome do seu autor. A tradição do século II atribuiu a autoria deste evangelho a Marcos Evangelista (também conhecido como João Marcos), um companheiro de Pedro. Para os Pais da Igreja, a obra foi baseada nas memórias de Pedro.
Marcos inicia o Evangelho dizendo quem é Jesus (1,1): Ele é o Cristo[1], Filho de Deus[2]. Esta frase nos coloca diante da pessoa de Jesus. Nos permite conhecer o que há de mais profundo em sua personalidade.
A principal missão do evangelista Marcos foi descrever e transmitir as principais pregações de Pedro sobre Jesus. São Marcos tornou-se um grande modelo, pois seguiu com fidelidade a ordem de ir pelo mundo inteiro pregando o evangelho a toda criatura.
Segundo o Evangelho de Marcos, foi na Galileia que Jesus realizou grande parte de sua atividade missionária. Voltar à Galileia é assumir o seu projeto, e isso causa medo. Acreditar que Deus o ressuscitou é reafirmar a fé em Deus como o Senhor da vida. Apesar do medo, há grande esperança para os que seguem Jesus.
Marcos nos apresenta Jesus como o "Servo Sofredor", como o servo em ação, aquele que veio não para ser servido, mas para servir a toda a humanidade, resgatando-nos do pecado. O evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus, mostra-nos a sua humilhação até a morte e morte de cruz para nos conduzir novamente a Deus.
Conhecido como “Evangelho Querigmático” – pois relata com profundidade o primeiro anúncio (querigma) – o texto de São Marcos fala de Jesus principalmente como o Filho do Homem, o servo enviado por Deus, que viveu e se sacrificou. Também aborda o temor diante da santidade divina.
Embora o evangelho de Marcos seja primariamente histórico, também recebe forte coloração teológica. O primeiro versículo nos dá a nota chave: “… evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus”. Por muitas e muitas vezes, a divindade de Jesus é enfatizada, quer explícita quer implicitamente.
Lucas Evangelista viveu no século I da era cristã. De pagão, converteu-se a cristão através do apóstolo Paulo. Escreveu, depois de Mateus e Marcos, o terceiro Evangelho de Jesus Cristo. Exerceu a profissão de médico, conforme se lê no novo testamento da Bíblia Sagrada em Colossenses, capítulo 4, versículo 14.
Marcos tinha como alvo o público gentio, especialmente o romano. Marcos é um evangelho de ação. O uso frequente de “imediatamente” e “então” mantém a sua narrativa em constante movimento. Jesus aparece em Marcos como o servo (Mc 10:45) que veio para sofrer pelos pecados de muitos.
O evangelista Marcos morreu, provavelmente, entre os anos 68 e 72, talvez como mártir de Alexandria, no Egito. Assim escrevem os Atos de Marcos, no IV século: “No dia 24 de abril, os pagãos o arrastaram pelas ruas de Alexandria, amarrado com uma corda no pescoço.
O leão foi associado a São Marcos porque seu evangelho principia mencionando João Batista, missionário que prepara o caminho e anuncia a vinda de Jesus, e sua voz é a que clama no deserto (Vox clamantis in deserto).
Mateus — um antigo coletor de impostos que foi chamado por Jesus para ser um dos doze apóstolos. É representado por um homem na arte. Marcos — um seguidor de Pedro e assim um "homem apostólico". É representado por um leão.
Apesar de Marcos não estar entre os discípulos originais de Jesus Cristo, ele foi convertido posteriormente e tornou-se assistente do Apóstolo Pedro, e pode ter escrito seu evangelho com base no que aprendeu com ele (ver Guia para Estudo das Escrituras, “Marcos”).
Entre os temas importantes em Marcos estão as perguntas de quem era Jesus e quem entendia Sua identidade, bem como o papel do discípulo como alguém que deve “tomar a sua cruz e seguir a [Jesus]” (Marcos 8:34).
Concluindo, ao longo da leitura do livro é perceptível como Marcos retrata Jesus como o Servo Sofredor e o Filho de Deus, que ministra ativamente em nosso favor e dá Sua vida como resgate para muitos. Marcos divide seu livro em duas seções: a identidade de Jesus (Marcos 1.1–8.26) e a missão de Jesus (Marcos 8.31–16.8).
Marcos vai, ao longo do Evangelho, demonstrar que Jesus é o Cristo, o messias filho de Deus, mas não o messias do poder, nem do prestígio, nem da pureza, nem da Lei, nem da religião burguesa, mas o messias servo sofredor.
Marcos foi escrito por uma comunidade com forte presença de galileus, gregos, romanos e outros estrangeiros. Antigamente se falava que ele foi escrito em Roma, mas hoje cremos que ele foi escrito no norte da Galileia. Atribui-se a autoria deste evangelho a João Marcos (At 12) que foi amigo de Barnabé, Paulo e Pedro.
Qual era a profissão de Marcos antes de seguir Jesus?
João Marcos, também conhecido simplesmente como Marcos, é citado nos Atos dos Apóstolos como um assistente que acompanhava Paulo e Barnabé em suas viagens missionárias.
(João) Marcos é mencionado em algumas passagens do Novo Testamento (Mc 14,52; At 12,12.25; 15,37; Cl 4,10; 1Pd 5,13), os estudiosos propõem que esse seria o autor do evangelho ou mais precisamente o redator final.
O evangelho de Marcos, que é o mais antigo, relata assim o primeiro milagre de Jesus: “Jesus e seus discípulos entraram em Cafarnaum. E no sábado, foi à sinagoga e começou a ensinar. Todos ficaram assombrados com sua forma de ensinar, porque lhes ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas.