O real foi criado no governo Itamar Franco, em 1994, para resolver uma das maiores crises inflacionárias do mundo. Na época das maquininhas de remarcar, os preços chegavam a subir três mil por cento ao ano no Brasil.
A idealização do projeto, a elaboração das medidas do governo e a execução das reformas econômica e monetária contaram com a contribuição de vários economistas, reunidos pelo então Ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso.
Em 1694, ocorreu a criação da 1ª Casa da Moeda no Brasil, em Salvador, Bahia. Anos depois, quando a Corte Real Portuguesa veio para o Brasil, em 1808, criou-se o Banco do Brasil. Em 1810, o Banco do Brasil passou a emitir bilhetes, que foram os precursores do papel-moeda e assim foi a origem do dinheiro no Brasil.
Última atualização em 24 de setembro de 2024 às 14h00. O Banco Central (BC) lançou nesta terça-feira, 24, uma nova moeda de R$ 1 em comemoração aos 30 anos do Plano Real. Segundo a autoridade monetária, a nova moeda foi desenvolvida em conjunto com a Casa da Moeda do Brasil.
Foi criada no Brasil Colônia pelos governantes portugueses para fabricar moedas com o ouro proveniente das minerações. Na época, a extração de ouro era muito expressiva no Brasil e o crescimento do comércio começava a causar um caos monetário devido à falta de um suprimento local de moedas.
As primeiras moedas, tal como conhecemos hoje, peças representando valores, geralmente em metal, surgiram na Lídia (atual Turquia), no século VII A. C.. As características que se desejava ressaltar eram transportadas para as peças através da pancada de um objeto pesado (martelo), em primitivos cunhos.
A nova moeda nascia sem a doença da hiperinflação. Finalmente tínhamos uma moeda forte: um real valia o mesmo que um dólar. Aos poucos, sem congelamento de preços, chegaríamos a uma inflação de país desenvolvido: apenas 1,5 por cento em 1998.
Em meio a tantos indexadores criados para corrigir preços e salários, a equipe econômica do então governo Itamar Franco criou um superindexador: a Unidade Real de Valor (URV).
A primeira moeda utilizada na história do Brasil foi o real português, moeda portuguesa que foi trazida para o Brasil pelos colonizadores portugueses durante o período colonial. O real português foi oficialmente introduzido como moeda em 1568, como determinação do rei português Sebastião I.
Em mais uma tentativa de controlar a inflação, o cruzeiro real foi criado em agosto de 1993 e durou menos de um ano, sendo substituído pelo real em julho de 1994.
Desde a independência, o Brasil já teve nove trocas de padrão monetário e sete moedas. Depois dos réis, que ficaram mais de 400 anos em circulação, o real é a segunda moeda com mais tempo de circulação ininterrupta: completou 30 anos em julho de 2024.
É o Banco Central quem tem essa competência no Brasil. É a disponibilidade de moeda em sentido amplo, ou seja dinheiro vivo, moeda depositada nos bancos, entre outras. O BC regula a liquidez por meio de instrumentos como a taxa básica de juros (Selic) e os compulsórios.
Plano Real foi um programa brasileiro com o objetivo de estabilização e reformas econômicas, iniciado em 27 de fevereiro de 1994 com a publicação da medida provisória número 434, implantado no governo Itamar Franco.
E por que ele deu certo? Para economistas, parte do sucesso do Plano Real se deve à criação da Unidade Referencial de Valor (URV), espécie de moeda virtual (leia abaixo o que foi a URV), que conseguiu dar fim à indexação, uma jabuticaba da economia brasileira.
Relembre o preço de 14 produtos em 1994. O quilo de arroz custava R$ 0,64 em julho de 1994, em São Paulo, segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Já o feijão saía por R$ 1,11.
Atualmente, o parque fabril da CM está localizado no Distrito Industrial de Santa Cruz, Rio de Janeiro. Além disso, tem capacidade produtiva de aproximadamente 3 bilhões de cédulas e 4 bilhões de moedas ao ano.
Segundo o BC, após a pandemia de covid-19, o valor de cédulas e de moedas em circulação tem se mantido estável em torno de R$ 345 bilhões, com a proporção em relação ao PIB caindo.