A VÍTIMA: Geralmente, são pessoas passivas, fisicamente mais fracas, apresentam menos amigos, demonstram baixa autoestima, são rejeitados pelos pares e dependente de outros, apresentando diferenças observáveis e/ou habilidades sociais mais fracas.
O alvo costuma ser um adolescente com baixa autoestima e retraído tanto na escola quanto no lar. Por essas características, é difícil esse jovem conseguir reagir.
O alvo usual do bullying é o tipo de pessoa que não se enquadra nos padrões sociais tidos como normais, por questões físicas, psicológicas ou comportamentais.
Quais são os tipos de pessoas que mais sofrem bullying?
A percepção de bullying é mais frequente entre pessoas mais jovens. Pessoas de 16 a 29 anos, 52% delas disseram que já sofreram bullying no ambiente escolar. Ao passo que pessoas com 60 anos ou mais, cai para 19%. Como essa percepção muda, dependendo da idade da pessoa”.
Com relação ao perfil das vítimas, sabe-se que crianças e adolescentes com deficiência física e mental, com diferentes orientações sexuais e de gênero, com defeitos congênitos ou adquirido, e com sobrepeso são as principais vítimas do bullying.
Os dados da Pesquisa Nacional de Saúde Escolar também indicam que o percentual dos meninos que sofrem bullying (7,9%) é maior do que o de meninas (6,5%). São os meninos também os que mais praticam bullying com os colegas, 26,1% contra 16% das meninas.
É comum que o bullying, principalmente o bullying na escola, atinja crianças e adolescentes devido a cor da sua pele, por serem alunos com algum tipo de deficiência, pela orientação sexual, aparência, hábitos ou simplesmente seu modo de ser.
Os agressores são crianças com baixa tolerância à frustração que gostam de provocar, magoar e destruir para sentir que têm poder, ou seja, é uma necessidade de afirmação pessoal. Comparativamente com os seus pares, são crianças com dificuldades em fazer amigos e não gostam da escola.
Normalmente, os alvos dessas agressões são crianças e adolescentes mais tímidos, introspectivos, que possuem alguma doença, que estão acima do peso, que usam óculos ou que possuam qualquer característica que cause um “estranhamento” ao “buller”, que é o nome dado ao agressor.
O bullying é uma realidade brasileira, mas é também uma realidade mundial. Afeta a saúde mental e a qualidade de vida das crianças e adolescentes, e precisa ser combatido.
O bullying acontece por meio de agressões físicas, como: chutes, empurrões, brincadeiras que machucam, entre outras, ou por meio de agressão verbal que consiste em ameaçar ou intimidar alguém; humilhar por qualquer motivo; excluir; discriminar por cor, raça ou sexo; falar mal sem motivos e outras situações.
O que leva o autor do bullying a praticá-lo é querer ser mais popular, sentir-se poderoso e obter uma boa imagem de si mesmo. É uma pessoa que não aprendeu a transformar sua raiva em diálogo e para quem o sofrimento do outro não é motivo para ele deixar de agir.
A escola é um dos principais espaços formadores na vida de crianças e adolescentes e deveria ser um ambiente educacional seguro para os jovens. No entanto é possível perceber como é frequente, neste ambiente, a prática do bullying.
A especialista diz que o bullying físico, verbal e psicológico são os que acontecem com mais frequência e, muitas vezes, começam como brincadeiras inofensivas.
“As vítimas de bullying podem ter traços de psicopatia, agressividade, com problemas de saúde mental, podem ter sofrido violência, rejeição ou abuso na infância e essas pessoas podem achar que merecem esse tipo de agressão ou que vieram ao mundo predestinadas a sofrer.”
Quem pratica o bullying? O perfil dos agressores, em geral, são crianças que por algum motivo são levadas a ter comportamentos agressivos com os colegas. Apesar dos praticantes do bullying terem noção de estarem causando sofrimento, eles persistem realizando os atos como uma forma de aceitação em seu meio social.
As intimidações começam quando existem diferenças e quando há uma disputa pelo poder entre os alunos. Frequentemente, a vítima é oprimida por sua aparência, pelo seu tipo físico e pelas diferenças socioculturais em relação aos outros. Até mesmo tirar uma nota mais alta pode motivar o bullying.
Nesse livro, aquele que provoca brigas e confusões é visto como tolo (Provérbios 18:6). O Senhor também expressa com nitidez o seu zelo pelas relações interpessoais de seus filhos entre si e com aqueles que não conhecem a verdade.
Em casos menos graves – mas ainda preocupantes -, as crianças e adolescentes podem se envolver em comportamentos de bullying para obter atenção, se encaixar em um determinado grupo de amigos ou combater a baixa autoestima. Algumas crianças simplesmente têm personalidades assertivas e habilidades sociais limitadas.
O alvo costuma ser uma criança ou um jovem com baixa autoestima e retraído tanto na escola quanto no lar. ”Por essas características, dificilmente consegue reagir”, afirma o pediatra Lauro Monteiro Filho, fundador da Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência (Abrapia).
Entre os estudantes do sexo masculino nessa faixa de ensino, que engloba adolescentes entre 13 e 17 anos, a parcela que admitiu sofrer “bullying” subiu de 32 para 35,4% entre 2009 e 2019. Já entre as mulheres a fatia cresceu 28,8%.
Na situação de bullying, é muito comum que haja uma mobilização para dar suporte às vítimas, mas o bully (quem pratica os atos) também precisa ser apoiado. “Não existe vilão aqui”. Geralmente o agressor também está em sofrimento emocional, mas é comum que não tenha consciência disso, é como um algoz de si mesmo.