Com o fim das Cruzadas, criou-se a Rota das Especiarias, que cruzava o Oriente Médio e chegava à Europa a partir dos comerciantes venezianos. Os árabes detinham o monopólio dessa rota e Veneza se tornou o centro do comércio europeu.
Quem primeiramente levou as especiarias para a Europa?
Durante a Idade Média comerciantes muçulmanos dominaram as rotas marítimas de especiarias no oceano Índico, dominando áreas chave e enviando as especiarias da Índia para ocidente, através do Golfo Pérsico e do mar Vermelho, a partir de onde seguiam por terra para a Europa com enormes custos.
No século XV, as especiarias chegavam à Europa através de rotas terrestres e marítimas, via Oriente Médio, e tinham elevada demanda tanto na culinária quanto para fins medicinais.
Quem trouxe as especiarias orientais para o Brasil?
Portugal, o único país com condições de financiar navegações milionárias, foi o primeiro a lançar-se ao mar em direção às Índias. Foi assim que, em 1500, aportaram no Brasil, segundo consta, imaginando encontrar-se na Ásia. Esse foi o início da produção de especiarias no nosso território.
Independentemente do sentido do termo, desde tempos imemoriais as especiarias foram utilizadas pelos povos do Oriente, transportadas por mar; em rotas que atravessavam os oceanos Indico e Pacífico.
História do Brasil - Rotas das especiarias | Parte 1
Quando surgiram as especiarias?
A especiaria, ou espécie (do latim species), é um termo genérico, usado a partir dos séculos XIV e XV na Europa Ocidental, que designava diversos produtos de origem vegetal (flor, fruto, semente, casca, caule, raiz), com aroma ou sabor acentuados, devido a presença de óleos essenciais, sendo usados na culinária e na ...
Em geral, as especiarias tinham grande presença na culinária e na medicina européia. Em meio ao surgimento da classe burguesa e o restabelecimento da classe nobiliárquica, os temperos e sabores vindos da Índia propiciavam uma experiência sensorial inédita aos paladares medievais.
Para que eram usadas as especiarias orientais na Europa?
As especiarias eram diversos produtos de origem vegetal, de aroma ou sabor acentuado, geralmente eram utilizadas na culinária como conservante e aromatizante dos Page 2 alimentos. Na farmácia são utilizadas na preparação de óleos, unguentos e medicamentos. Também é utilizado para fazer perfumes, incensos, etc.
As especiarias chegaram ao Brasil por meio das rotas das embarcações provenientes da Ásia, onde as colônias favoreciam o plantio das especiarias trazidas pelos europeus e atualmente são utilizados condimentos vindos de todas as partes do mundo, inclusive do próprio país., e tal qual anteriormente são considerados ...
Quais especiarias que os europeus queriam nas Índias?
As principais são: pimenta, gengibre, cravo, canela, noz moscada, açafrão, cardamomo e ervas aromáticas. Na época das Grandes Navegações e Descobrimentos Marítimos (séculos XV e XVI) eram muito valorizadas na Europa, pois não podiam ser cultivadas neste continente em função do clima.
Por que os europeus tinham que obter especiarias por meio do comércio?
As especiarias eram mercadorias importantes na Europa porque ajudavam na conservação dos alimentos e melhoravam o gosto, sobretudo, das carnes. Também eram utilizadas na elaboração de cosméticos e na produção de medicamentos e eram uma mercadoria de altíssima lucratividade.
Com o ouro e o cobre retirados da África os portugueses compravam nas Índias as tintas, principalmente o anil, e toda gama de especiarias orientais: canela, pimentas, gengibre, etc.
No século XV, o controlo do comércio das especiarias estava nas mãos dos muçulmanos, nomeadamente da poderosa dinastia Mameluca, com califado sediado no Cairo, que se expandia por vastos territórios, chegando a dominar parte da Arábia e todo o mar Vermelho.
A «guerra das especiarias», que opôs os dois reinos ibéricos no oriente, foi sangrenta pois os dois reinos queriam o controle total do comércio das especiarias para o território europeu. Esta guerra, pouco conhecida atualmente, aconteceu no século XVI. Ambos os reinos tinham aliados locais.
O país que possuiu as condições necessárias para iniciar as Grandes Navegações foi Portugal. Ao longo do século XV, Portugal organizou inúmeras expedições no Oceano Atlântico, tendo como ponto de partida a conquista de Ceuta, em 1415.
O primeiro registo de uso de canela foi no antigo Egito, mas também é mencionada no Antigo Testamento como um ingrediente do óleo de unção sagrado. Tem sido utilizada em todo o mundo como um alimento e como um perfume, e o seu aroma revelou-se particularmente popular entre os romanos.
Desde aquela época, a Índia é origem das especiarias mais usadas, como o gengibre, pimenta-do-reino, cravo-da-índia, açafrão, cúrcuma e cardamomo. As ilhas Molucas, na Indonésia (conhecidas como “Ilhas das Especiarias”) são fonte da noz-moscada e cravo.
As especiarias eram muito importantes no comércio naquela época devido ao seu alto valor e demanda. Elas eram utilizadas para conservar alimentos, mascarar o sabor de alimentos deteriorados, aromatizar e colorir alimentos, além de terem propriedades medicinais.
O termo "Índias" era usado na Europa, num sentido alargado, para referir várias regiões da Ásia não mapeadas - abrangendo a Ásia Meridional e o Sueste asiático e popularizou-se desde que Marco Pólo relatou as suas viagens. No século XV, a busca das riquezas das "Índias" motivou a chamada Era dos Descobrimentos.
Qual era a importância das especiarias para os europeus desde a Idade Média?
As plantas chamadas de especiarias têm um papel importante não somente na cozinha, mas na história da humanidade. Durante o período da Idade Média, a busca por estas ervas, que chegavam a ter o mesmo valor do ouro, foi responsável também pela criação de uma rota que ligava o oriente ao continente europeu.
Foi introduzida no Brasil pelos jesuítas e comercializada em suas boticas. A casca seca dos ramos jovens, enrolada sobre si mesmas ou em pó, constituiu a canela do comércio, usada desde a mais remota antiguidade como aromatizante de sabor típico e agradável, na culinária, em perfume e em farmácia.
Era tão valioso em séculos passados que as trocas comerciais com comerciantes árabes movimentavam grandes somas de riquezas e o Cravo da Índia foi, assim como a canela, uma especiaria muito cobiçada.
No início do século XVI, era trazida por navegadores portugueses diretamente do Ceilão (atual Sri Lanka, Ásia). A partir de 1638, a Companhia das Índias Orientais, empresa holandesa, se apropriou das rotas de comércio portuguesas. Um 1kg de canela custava 10 gramas de ouro.
A Índia continuava a ser o grande alvo das navegações marítimas portuguesas. Os interesses mercantil e religioso prevaleciam acima de qualquer outro. "A alternativa ao espaço índico, território das especiarias e pedras preciosas, é, para todo o nosso século XVI, o norte da África.
Os primeiros registros de especiarias foram encontrados por arqueólogos em tumbas egípcias datadas de 3000 a.C. Acreditava-se que as propriedades de conservação de alguns temperos eram ideais para o embalsamamento.