Com a publicação de suas 95 teses em 31 de outubro de 1517, o teólogo desencadeou a Reforma Protestante. Em busca de um Deus misericordioso, Lutero estudou a Bíblia e estabeleceu uma nova visão teológica.
“Martinho Lutero foi um padre agostiniano que, por sua experiência de fé e estudos da Bíblia deu início a uma das maiores revoluções religiosas, culturais e sociais da história. Ele levava a sério o que aprendia no estudo da Bíblia Sagrada e aplicava isso à vida.
Uma Edição inédita de uma Bíblia que retrata vários estudos bíblicos dos principais reformadores que fizeram história com sua braveza e coragem para uma reforma da igreja que foi liderada por figuras como Martinho Lutero, João Calvino, Ulrico Zuínglio e outros reformadores.
A igreja, que tinha o latim como língua oficial, temia a leitura dos textos sagrados sem supervisão eclesiástica. A Reforma Protestante do século 16 -que criou, a partir do catolicismo, novas orientações religiosas- estimulava os fiéis à leitura da Bíblia na sua língua materna.
Por isso, John Wycliffe e Jan Huss podem ser considerados os “primeiros reformadores”. Huss, por exemplo, foi queimado e se tornou um dos símbolos da região da Boêmia sendo lembrado até hoje como símbolo nacionalista.
“A Igreja Católica sustentava que apenas o clero poderia interpretar adequadamente a Bíblia. Mas Lutero mostrou que não era preciso de intermediários entre Deus e os homens e permitiu que o povo pudesse ter acesso à bíblia. Ele mostrou que todos podiam receber sua fé diretamente de Deus”, explicou.
Em 31 de outubro de 1517, Lutero afixou 95 teses na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg. Basicamente, ele questionava esse comércio de graças e o poder absoluto da Igreja na fé popular — e afirmava que a Bíblia era o texto primordial que deveria ser considerado, acima de qualquer autoridade papal.
Os 5 primeiros livros do Antigo Testamento (que no judaísmo se chamam Torá e no catolicismo Pentateuco) teriam sido escritos pelo profeta Moisés por volta de 1200 a.C. Os Salmos seriam obra do rei Davi, o autor de Juízes seria o profeta Samuel, e assim por diante.
Sim, a Bíblia foi adulterada diversas vezes, em diversos textos, em diversas épocas e em diversos contextos. Essas adulteracoes nem sempre foram por desonestidade. Em alguns casos foram erros mesmo, falhas humanas. Mas, no seu conjunto, pode-se dizer que quase a totalidade dos textos corresponde aos textos originais.
A versão do Rei Tiago é assim designada em virtude de um monarca inglês que comissionou uma nova tradução da Bíblia com receio das inexactidões presentes nas anteriores traduções. De 1604 a 1611, 50 académicos traduziram cuidadosamente as palavras sagradas dos manuscritos originais em grego e em hebraico.
Na verdade, foram escritos por uns 40 autores, ao longo de talvez 1500 anos. Então, se você quiser pensar assim, sim, a Bíblia foi modificada ao longo dos anos. E muito! Vários livros foram sendo acrescentados à Bíblia ao longo dos anos, conforme novos textos foram sendo considerados sagrados.
Esse reformismo religioso foi iniciado por Martinho Lutero, um monge alemão insatisfeito com a cobrança de indulgências pela Igreja Católica. Lutero elaborou as 95 teses e fundamentou uma teologia que deu origem a novas denominações dentro do cristianismo.
A leitura da Bíblia levou Lutero a realizar novas interpretações da fé cristã e isso o levou a concluir que a salvação de cada pessoa era obtida pela fé, pois, de acordo com o texto bíblico, “o justo viverá pela fé”.
O principal elemento que motivou a discordância de Lutero em relação à Igreja Católica, além das questões envolvendo a doutrina religiosa e a interpretação da Bíblia, foram as indulgências. Considera-se que a divulgação das 95 teses tenha dado início ao luteranismo, e inúmeras mudanças aconteceram depois disso.
Lutero não queria uma separação dos católicos, mas o fato é que a reforma não agradou nem um pouco Roma, que acabou por exorcizar o religioso, o qual, por sua vez, criou a Reforma. O fato é que Martinho fundou o protestantismo e abriu as portas da Igreja Luterana.
Ele redescobriu o evangelho da graça divina, na Bíblia. Ele conhecia trechos da Bíblia desde a infância. A Bíblia também era lida na missa, embora em latim. Lutero também não foi o primeiro a traduzir a Bíblia para o alemão, pois no tempo dele já havia 18 traduções para esta língua.
Na verdade, nenhuma pessoa específica ou grupo definiu isso, a seleção foi revista e alterada várias vezes ao longo da história e não apenas em algumas reuniões. Ao longo dos primeiros quatro séculos depois de Cristo, autoridades e estudiosos da igreja discutiram se os textos deveriam ou não entrar no cânon.
A escrita, produzida a partir de uma tradução latina conhecida como "Vulgata", feita por São Jerônimo no século 4, era feita com uma tinta preta nítida em dois densos blocos de texto.
Martinho Lutero defendia, basicamente, que a Bíblia era a única referência para os fiéis e que as pessoas conseguiriam ser salvas sem a mediação de intermediários e sem precisar dar indulgências. A base teológica de Lutero baseava-se em um versículo bíblico que afirmava que “o justo viverá pela fé”.
Originou-se com a Reforma Protestante, no século XVI, iniciada por Martinho Lutero com a publicação das 95 Teses em 1517, criticando a venda de indulgências e outras práticas católicas. Rapidamente se espalhou pela Europa, resultando em conflitos religiosos e na consolidação de novas doutrinas cristãs.