Os indígenas Xokleng da TI Ibirama, em Santa Catarina, são os sobreviventes de um processo brutal de colonização do sul do Brasil iniciado em meados do século passado, que quase os exterminou em sua totalidade.
Os indígenas Xokleng que se autodenominam "Laklanõ" ("gente do sol" ou "gente ligeira") vêm lutando para preservar sua cultura, seu idioma e mitologia após processos de aculturação e ataques ao seu território.
Foi o argumento usado pelos Xokleng no julgamento no STF: eles afirmam que décadas de perseguições e matanças forçaram o grupo a sair do território que hoje tentam retomar. "Não tínhamos fronteiras, andávamos por todo aquele espaço. Mas éramos tutelados, não tínhamos como responder por nós.
O povo Xokleng desde muito tempo habitavam grandes extensões dos estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. Seu território seguia de Porto Alegre até Curitiba.
O tutol é um prato introduzido na cultural Laklãnõ (Xokleng) em tempos mais recentes, provavelmente após o contato com os não indígenas. Atualmente ele é considerado um prato típico e pode ser servido no ty (folha de caeté) ou no prato e é acompanhado de carne ou peixe.
Atualmente os Xokleng da TI Laklano-Ibirama vivem em oito aldeias: Barragem, Palmeira, Figueira, Coqueiro, Toldo, Bugio, Pavão e Sede. Todas têm autonomia política, um cacique e um vice-cacique.
Os Bugres hoje, principalmente aqui no Brasil, são descendentes de indígenas que outrora eram marginalizados, portanto, para grande parte da população nativa, o termo é sim racista, pois sua origem foi banhada de preconceitos e indiferenças daqueles que um dia foram considerados inferiores.
Atualmente, os Kaingang vivem em mais de 30 áreas nos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A sobrevivência depende principalmente da roça, através de espaços administrados pela Fundação Nacional do Índio, e venda de artesanato.
A forma comum nas habitações indígenas são as aldeias também conhecidas por tabas. O tamanho depende de cada tribo, podendo chegar a mais de 200 metros de comprimento, por cerca de 12 metros de largura.
Como eram conhecidos os batedores do mato responsáveis por caçar e exterminar os indígenas xoklengs?
Pelas décadas seguintes, os Xokleng foram assassinados por expedições de “bugreiros”: homens contratados, pelo governo ou por empresas particulares, para matar indígenas.
O povo Guarani foi um dos primeiros a serem contatados após a chegada dos europeus na América do Sul, há cerca de 500 anos. No Brasil, vivem atualmente cerca de 51.000 indígenas Guarani, em sete estados diferentes, tornando-os a etnia mais numerosa do país. Muitos outros Guarani vivem no Paraguai, Bolívia e Argentina.
Os Kaingangs, os mais numerosos povos indígenas do Brasil meridional, pertencem à família Jê. Ocupavam áreas que iam desde o oeste paulista até o norte do Rio Grande do Sul. Foram encontrados em grandes tribos nos vales dos Rios Peixe e Feio (Aguapeí), que circundam a região de Presidente Alves.
Santa Catarina possui três etnias indígenas, os Kaingang, os Xokleng e os Guarani, divididos em várias aldeias, além dos chamados "desaldeados", ou que não vivem mais em comunidade. No passado, estas três etnias sofreram processos de expulsão de suas terras, beligerância e violência.
Segundo dados da FUNAI, de 2016, a população Laklãnõ/Xokleng é de 878 famílias, totalizando 2.203 indígenas, e constituída principalmente pelos sobreviventes deste povo e de alguns descendentes Kaingang e Guarani Mbya, que migraram para a T.I. ao longo da história.
O povo Xavante vive atualmente no estado do Mato Grosso, em nove terras indígenas : Marechal Rondon, Sangradouro, São Marcos, Parabubure, Ubawawe e Chão Preto, Areões, Pimentel Barbosa e Marãiwatsede.
Como outros povos indígenas, os Xavante sofreram um acentuado decréscimo populacional nas diferentes fases do contato com os "civilizados". A partir da década de 70, com o início da demarcação de suas terras, o crescimento demográfico passou a ser constante a uma taxa média de quase 5% ao ano.
Índio: A palavra índio deriva do engano de Colombo que julgara ter encontrado as Índias, o "outro mundo", como dizia, na sua viagem de 1492. Assim, a palavra foi utilizada para designar, sem distinção, uma infinidade de grupos indígenas; Gentio: O coletivo gentio foi utilizado pelos jesuítas.
O idioma kaingang faz parte da família jê, integrante do tronco macro-jê. Junto do xokleng, que é uma língua muito parecida, o kaingang faz parte do conjunto restrito chamado jê do sul. Como qualquer outra língua indígena do Brasil, o kaingang é caracterizado por ser essencialmente oral.
O xamanismo Kaingang envolve uma metade, que se ocupa, sem partilha ou complementaridade com a outra metade, de sua prática. Esse fato contrasta fortemente com os outros aspectos da vida ritual Kaingang que se caracteriza por uma complementaridade essencial entre os membros das metades Kamé e kairu.
Nessa época, começou a ser utilizado o termo "kaingang" para se referir ao grupo: o termo foi cunhado em 1882 pelo coronel Telêmaco Borba, que expulsou esses índios das terras deles. O termo significava "morador do mato", de caa (mato) e ingang (morador).
“Red skin”, ou “pele vermelha”, já foi o termo usado para designar o escalpo, o couro cabeludo, arrancado do crânio dos indígenas mortos no período em que seu extermínio era política governamental. Havia recompensa para quem entregasse “red skin”, como comprovam documentos dos séculos 18 e 19.