Wickham aportou no rio Tapajós, e aí, na região de Boim, com a ajuda dos índios Mura, teria coletado 70.000 sementes de seringueira. Enviadas a Londres pelo navio "Amazonas", que deixou o porto de Belém em 29-5-1876, as sementes chegaram a seu destino dezesseis dias depois (REIS, 1953).
A princípio, o Brasil era o único produtor desse material no mundo, mas tudo mudou depois que o inglês Henry Wickham roubou cerca de 70 mil sementes de seringueiras do Pará e as levou para a Inglaterra, em 1876. De lá, elas foram transferidas para a Malásia, na Ásia, que, na época, era uma colônia inglesa.
Ingleses e holandeses conseguiram cultivar seringueiras em suas colônias na Ásia e foram responsáveis por produzir borracha de boa qualidade com preços muito melhores do que os oferecidos pelo Brasil. Com isso, essa atividade econômica em território nacional entrou em decadência rapidamente.
Em 1743, o cientista francês Charles-Marie de La Condamine segue o curso do Rio Amazonas, descobre a árvore da borracha e estuda, com os índios, o processo de extração da seiva e de fabricação da goma.
Sir Henry Alexander Wickham (29 de maio de 1846 – 27 de setembro de 1928), botânico inglês, conhecido por ser o autor do contrabando de cerca de 70.000 sementes de seringueira, Hevea brasiliensis, na região de Santarém no Pará em 1876.
A seringueira: árvore produtora de látex (borracha natural)
Quem patenteou a seringueira?
Até hoje não existe nenhum registro do destino das mesmas no Oriente. O marco importante na domesticação da seringueira foi a coleta bem sucedida do inglês Henry Alexander Wickham em 1876.
Qual foi o motivo da decadência da borracha brasileira?
A decadência da borracha brasileira se explica pela concorrência com a borracha produzida na Ásia, em colônias do Reino Unido e Países Baixos. A borracha asiática era de boa qualidade e tinha um preço menor que a brasileira.
O nome "seringueira" vem de "seringa", produto feito a partir do látex da planta pelos portugueses. "Árvore-da-borracha" refere-se a aplicação do látex da planta para a fabricação de borracha.
Os primeiros seringueiros e posseiros de seringais haviam chegado ao rio Tejo na década de 1890, em florestas contestadas entre Peru e Bolívia, habitadas até então pelas populações nativas de língua Pano, sobre cuja organização social e modo de vida na época pouco se sabe hoje em dia.
Esse período histórico teve fim e por causa da falta de investimentos e prosperidade nessa e em outros setores e muitas pessoas perderam seus empregos. Com isso, as cidades ficaram vazias por causa do longo processo de estagnação econômica.
Quem controlava a produção da borracha brasileira?
A elite amazônica que controlava a produção e comercialização da borracha, no entanto, não aderiu de pronto à campanha, apesar do incentivo à produção por preços mais altos do que os praticados no mercado internacional.
Porque havia grande demanda da borracha no Brasil?
O aumento significativo na fabricação de carros exigiu maior produção de borracha. A borracha é oriunda do látex, que era encontrado em abundância na Floresta Amazônica. A demanda pela borracha fez com que o interesse pelo látex aumentasse.
Atualmente, as plantações de seringueira são realizadas nas regiões dos trópicos e subtópicos, especialmente no sudeste da Ásia e na África ocidental. No Brasil, a maior parte da produção de látex passou a ser realizada no estado de São Paulo, principalmente na região noroeste.
A Malásia, que investiu no plantio de seringueiras e em técnicas de extração do látex, foi a principal responsável pela queda do monopólio brasileiro. Os trabalhadores dos seringais, agora desprovidos da renda da extração, fixaram-se na periferia de Manaus em busca de melhores condições de vida.
O ciclo brasileiro da borracha entrou em declínio e na década de 1950, o país perdeu posto de maior produtor de borracha e iniciou a importação da matéria-prima. Hoje, os maiores produtores são a Tailândia, Indonésia, Malásia e Vietnã, que concentram 71% da produção mundial.
O culto a São Geraldo surge a partir da morte de um seringueiro em estado de abandono em sua colocação. Seu processo de santificação se dá através de uma petição na qual seu amigo pede sua autorização para retirada de folhas da árvore que brotara sobre seu túmulo, recebendo a cura, passa a ser cultuado como santo.
Como a seringueira vive mais de 200 anos, o látex pode ser extraído ao longo de várias décadas. Nos seringais plantados do Tapajós, o número de árvores sangradas por dia pode ser maior devido a sua maior densidade. No Acre, as cooperativas extrativistas estão beneficiando a borracha e agregando mais valor à produção.
A vida no seringal era dura para a família do patrão, bem como para todos os fregueses. Claro que a extração do produto, ou seja, a produção propriamente dita, ficava por conta dos seringueiros; o patrão era o proprietário das terras, dos meios de produção e monopolizava o comércio em sua propriedade.
O látex, líquido esbranquiçado e de aspecto viscoso, composto basicamente por hidrocarbonetos, incluindo pequenas porcentagens de proteínas, carboidratos e lipídios, é extraído por meio de incisões na casca da seringueira, processo que é chamado de sangria.
Em 1736 o cientista e explorador francês Charles Marie de la Condamine levou à Europa as primeiras amostras de uma nova substância extraída da seringueira, planta nativa das Américas Central e do Sul. Por volta de 1770, as primeiras amostras de borracha chegaram à Inglaterra.
Você sabia que, além de pneus, o látex extraído da árvore seringueira também é utilizado na produção de mais de 400 produtos, entre eles a luva cirúrgica, balões de festa e utensílios de cozinha?
Como ficaram conhecidos os nordestinos que vieram para retirada da borracha?
Os trabalhadores recrutados pelo SEMTA e CAETA ficaram conhecidos como Soldados da Borracha. Muitos desses imigrantes, a grande maioria nordestinos, fugiam da guerra e da seca.
Os seringueiros e suas mulheres caçam, pescam e plantam milho e mandioca para fazer farinha. Também coletam borracha e castanha. As crianças nadam, pescam e carregam uma as outras brincando de serem sacos de castanhas. As famílias moram no meio da floresta, longe umas das outras.
Os soldados da borracha já chegavam aos seringais devendo aos donos da terra. Desde o transporte até o alimento era cobrado. O “sistema de aviamento” mantinha o trabalhador preso por meio de uma dívida interminável, que crescia dia após dia. Tudo que se recebia no seringal era cobrado.