O Cerco da Lapa foi um confronto entre as forças paranaenses e as tropas do Império, que aconteceu em 18 de fevereiro de 1894. Os paranaenses lutaram pela independência e autonomia do estado, e sua vitória foi decisiva para a consolidação da República no Paraná.
O fato envolveu um confronto entre as tropas republicanas, chamadas de pica-paus e os maragatos, grupo contrário ao sistema presidencialista de governo. O episódio chega aos seus 130 anos, marcando a história da cidade da Lapa e também de outras cidades locais.
Lapa, Paraná - Vista da Cidade durante a Revolução Federalista / Degola, Foto Albúmen Original de 1893/1894. Albumen colado sobre papelão rígido. Entre 1893 e 1895 ocorreu no sul do Brasil a chamada Revolução Federalista, também conhecida como Guerra da Degola ou Revolta da Degola.
A guerra terminou com a vitória dos Republicanos, que derrotaram os Federalistas no combate do Campo de Osório, marcando a permanência definitiva de Júlio de Castilhos no governo rio-grandense.
História do Brasil: O Cerco da Lapa | Revolução Federalista
Quem foram os chimangos?
Os correligionários de Borges de Medeiros usavam lenços brancos no pescoço e tinham o apelido de “chimangos”. Eles eram centralizadores e defendiam a permanência vitalícia do então presidente no poder.
Heroína improvável, a abadessa Joana Angélica de Jesus perdeu sua vida aos 60 anos de idade ao tentar impedir, no dia 19 de fevereiro de 1822, que soldados portugueses invadissem o Convento de Nossa Senhora da Conceição da Lapa, em Salvador.
A palavra Lapa significa “gruta ou caverna na encosta das montanhas, coberta por uma grande pedra”. As pequenas propriedades rurais da região começaram a ser loteadas, atraindo principalmente imigrantes italianos, tanto que algumas ruas tem referência a Itália como a Rua Roma, Coriolano, Cipião e outras.
-Foi pioneiro na instalação de linhas telegráficas na fronteira oeste. -Resistiu ao cerco da LAPA de 13 de janeiro a 07 de fevereiro de 1894, quando foi mortalmente ferido, vindo a falecer em 09 de Fevereiro, os remanescentes capitularam em 11 Fevereiro 1894.
Os primeiros registros sobre colonizadores que chegaram ao local, datam de 1541, quando Dom Alvar Nunez Cabeza de Vaca, a mando do rei da Espanha, ocupou o local seguido por outros desbravadores e bandeirantes.
Um episódio militar que ocorreu durante a Revolução Federalista em 1894, quando a cidade de Lapa se tornou arena de um sangrento confronto entre as tropas republicanas, os chamados pica-paus (legalistas), e os maragatos (federalistas), contrários ao sistema presidencialista de governo.
Penetrando no sertão baiano, os bandeirantes instalaram muitas fazendas de gado, entre elas a fazenda "Morro" que originou o povoado Bom Jesus. Todavia, o povoamento só tomou impulso com a chegada do português Francisco Mendonça Mar ao local, em 1681.
Fundada em 1769, a cidade da Lapa é uma das cidades mais antigas do Paraná. Sua origem deve-se a passagem dos tropeiros que atravessavam a região e faziam aqui uma de suas paradas. Foi chamada inicialmente de Freguesia de Santo Antônio da Lapa e estava sob a jurisdição da então “Vila de Curitiba”.
Júlio de Castilhos foi o líder dos republicanos, também chamados de chimangos, e defendia um Executivo forte, ou seja, que o presidente da república tivesse amplos poderes para consolidar-se a república.
Identificavam-se por lenço branco envolvendo o pescoço; seus antagonistas regionais eram os maragatos, de lenço vermelho. Caracterizavam-se politicamente pela tendência governista (perpetuar-se no poder), enquanto os maragatos costumavam adotar posição oposicionista, a nível estadual.
A apuração foi conduzida por uma comissão de três deputados (Getúlio Vargas, Ariosto Pinto e José de Vasconcelos Pinto), que a 17 de janeiro de 1923 declarou a vitória de Borges com 106.360 votos, contra 32.216 de Assis Brasil.
Os chimangos venceram novamente com as bênçãos do Governo Federal, mas, para cessar definitivamente a peleia, as partes celebraram em dezembro de 1923 o Acordo de Pedras Altas, pelo qual os Maragatos conseguiram algumas mudanças na Constituição Federal e na organização das futuras eleições no Rio Grande do Sul.
Os “maragatos” adotaram o lenço vermelho como símbolo de sua facção política. Os republicanos, ou “pica-paus”, usavam o lenço branco como símbolo da sua facção política. O nome “pica-pau” originou-se do quepe com enfeite vermelho das forças republicanas.
A Guerra dos Farrapos teve como líder o estancieiro Bento Gonçalves, que, inclusive, foi o presidente da República Rio-Grandense por algum tempo. Outros nomes importantes foram o do italiano Giuseppe Garibaldi e o do militar brasileiro David Canabarro.
Os maragatos dominaram a fronteira com o Uruguai e exigiram a deposição de Castilhos do poder gaúcho. O presidente Floriano Peixoto enviou tropas federais para apoiar seu aliado.
Guerra civil entre federalistas partidários de Gaspar Silveira Martins, os chamados “maragatos”, e republicanos partidários de Júlio de Castilhos, os “pica-paus”, que conflagrou o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná entre fevereiro de 1893 e agosto de 1895.
Como o exílio havia ocorrido em região do Uruguai, colonizada por pessoas originárias da Maragateria (na Espanha), os republicanos, então chamados Pica-paus, os apelidaram de Maragatos, buscando caracterizar uma identidade estrangeira aos federalistas.