Quem vende arroz para o Brasil? O trio sul-americano (Paraguai, Uruguai e Argentina) lidera com folga o fornecimento de arroz para o Brasil. Os três países do Mercosul, que já possuem tarifa zerada para a venda do alimento, exportaram 99% do grão que chegou ao mercado brasileiro.
O Valor Total das Importações Brasileiras neste período foi de US$ 234,62 Milhões, para o arroz sem casca. As principais origens de nossas importações deste tipo de arroz foram: Paraguai - 52% Uruguai - 32%
Segundo Fávaro, o Rio Grande do Sul é responsável por 70% de toda a produção de arroz do Brasil, que chega a mais de 10 milhões de toneladas. E a medida vai evitar a especulação nos preços e garantir a distribuição para todo o país.
Os principais fornecedores de arroz para o Brasil são os vizinhos do Mercosul (Paraguai, Uruguai e Argentina), que, inclusive, chegaram a elevar em até 30% o preço do grão, após o governo brasileiro ter anunciado um leilão em maio, que acabou sendo cancelado.
Urgente: Brasil compra 263 mil toneladas de arroz importado | LIVE CNN
Qual país o governo comprou arroz?
Arroz tailandês
À CNN, Andressa Silva, diretora-executiva da Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz), afirmou que a decisão deve tornar o arroz de outros países mais competitivos ao mercado brasileiro e indicou que o grão tailandês deve ser o escolhido para as importações.
O Governo Federal publicou as Medidas Provisórias 1224/2024 e 1225/2024 autorizando a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a compra até um milhão de toneladas de arroz estrangeiro.
A decisão foi tomada diante do alto volume de chuvas na região Sul, afetando a produção gaúcha, responsável por cerca de 68% do arroz produzido no Brasil. O objetivo é evitar especulação financeira e estabilizar o preço do produto nos mercados de todo o país.
Pelo acordo político, a pasta da Agricultura indicou Thiago José dos Santos, diretor de Operações e Abastecimento. Trata-se da diretoria mais importante da Conab e foi a responsável pelo leilão do arroz.
A justificativa do governo federal para a importação do arroz é a de que as enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul, maior cultivador nacional do grão, teriam afetado a produção, o que poderia comprometer o abastecimento interno e motivar especulação de preços.
Senegal é o país que mais compra nosso arroz, seguido de Gâmbia e Cuba. Na lista dos principais importadores do arroz brasileiro aparecem ainda Peru (resultando em um valor FOB US$ 15,9), Estados Unidos (resultando em um valor FOB US$ 6,16) e Serra Leoa (resultando em um valor FOB US$ 5,70).
De 80% a 98% do arroz importado pelo Brasil nos últimos cinco anos têm origem em campos da América do Sul. Das 974 mil toneladas importadas em 2020, 80% vieram do Paraguai, com 480 mil/t, Uruguai, 195 mil/t e Argentina, 97 mil/t.
No panorama global se destacam China e Índia, que juntos são responsáveis por impressionantes 54% da produção mundial do arroz, somando cerca de 284 milhões de toneladas.
O Ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, garantiu que não faltará arroz nas prateleiras dos supermercados brasileiros. Em entrevista à CNN, ele detalhou as ações do governo federal para lidar com os impactos das enchentes no Rio Grande do Sul sobre a produção do grão.
É importante destacar que o Brasil sempre foi exportador e importador de arroz. Em 2023, a importação foi equivalente a pouco mais de 14% da produção nacional. O anúncio do governo, sozinho, seria o equivalente a 10% do consumo nacional.
A compra de arroz deve ser feita de parceiros do Brasil no Mercosul, como Paraguai, Uruguai e Argentina, por meio de leilões públicos. O primeiro leilão vai adquirir 104 mil toneladas de arroz, que serão direcionadas para São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pernambuco, Ceará, Pará e Bahia.
ICEFRUIT. Vencedora de um lote de 19.700 toneladas de arroz a ser importado, a Icefruit receberá R$ 98,7 milhões do governo. A empresa é de médio porte, segundo a Receita Federal, tem sede em Tatuí (SP) e capital social de R$ 14 milhões. O dono da empresa é Marco Aurélio Bittencourt Junior.
Atualmente, a maior parte das importações de arroz no Brasil vem do próprio Mercosul, sem pagar a taxa. Com isenção definida pela Camex, destacou Edegar Pretto, outros países produtores de arroz poderão participar do leilão nas mesmas condições dos fornecedores do Mercosul.
Governo Federal compra 263 mil toneladas de arroz importado em leilão. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) comprou 263 mil toneladas de arroz importado em leilão realizado nesta quinta-feira, 6 de junho.
A iniciativa busca recompor os estoques e evitar especulação financeira e estabilizar o preço do grão nos mercados brasileiros. A aquisição foi definida pela Medida Provisória 1.217/2024, editada após tragédia que atingiu o Rio Grande do Sul, que responde por 68% de todo arroz produzido no Brasil.
“Tivemos a necessidade de importação para garantir acesso ao arroz aos trabalhadores brasileiros em virtude do aumento dos preços do produto após as enchentes do Rio Grande do Sul, Estado responsável por 70% da safra nacional”, acrescentou o diretor-presidente da Conab.
Quanto custava 5 kg de arroz no governo Bolsonaro?
Pesquisa do Núcleo de Inteligência e Pesquisas do Procon-SP em convênio com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), revelou que o preço médio do pacote de 5 kg de arroz em fevereiro desse ano, antes de ser decretada a pandemia, custava R$ 12,78 e, em outubro (valor apurado até o ...
Assim, Ferreira lembra que esse movimento de compras aconteceu antes da tragédia no Rio Grande do Sul. “Isso mostra que já vínhamos em uma tendência em 2024 de importar mais arroz do que nos anos anteriores”. De acordo com ele, a maior parte do cereal importado pelo Brasil provém do Paraguai.