O uso do acento grave na expressão adverbial formada com substantivo feminino "à distância" é facultativo. Há gramáticos que defendem o uso do acento apenas quando a distância é determinada (casos da expressão "à distância de").
No emprego da locução a distância, não é aconselhável usar a crase quando não houver ambiguidade no discurso. Assim: “Esta modalidade educacional será a distância.” “Em tempos de pandemia, em que o isolamento social é a regra, vem aumentando a procura pela educação a distância.”
A crase não deve ser empregada junto a numerais cardinais ou ordinais, exceto em casos especiais. Nas orações em que aparece um termo regido pela preposição "a" acompanhado de numerais, o acento grave indicativo da crase é dispensado.
Quando se referir a distância, também devemos empregar o a: A briga ocorreu a cem metros do colégio. / Estou a três quilômetros de São Paulo. / Ele se acidentou a três passos de mim.
Como regra, não se usa o acento indicativo de crase diante dos nomes de cidades, porque eles repelem o artigo definido, como se pode observar: Salvador é uma festa.
Se aquele “a” se transformar em “ao”, a crase é obrigatória! Observe a frase a seguir: Se bate a dúvida no exemplo “Os jovens foram à igreja”, substituímos a palavra “igreja” por um equivalente masculino, como “culto” (Os jovens foram ao culto). Percebemos assim que a forma correta é mesmo Os jovens foram à igreja.
Gramaticalmente, então, está correto usar a distância ou à distância. Em casos em que há ambiguidade, porém, o uso do acento grave é obrigatório por questões de clareza. A Secom recomenda o uso da forma à distância (craseado) em todos os casos.
E a expressão “educação a distância”, cuja escrita correta é sem crase, é um ótimo exemplo disso. A crase surgiu como uma forma de substituir a repetição da preposição e vogal “a”.
O proceder é outro no caso de distância precisa, com artigo definido. Aqui o acento é obrigatório: Mantenham-se à distância de 5 m. / Ficou à distância de 10 km.
👉 A primeira ação para saber se tem ou não a crase é “perguntar” ao verbo e perceber se na resposta existe ou não uma preposição. ❗ Lembre-se que a crase é um acento grave caracterizado pela junção da letra “a” como preposição e do “a” como artigo. ⠀ ✍Observe a frase: Obedecemos à lei.
Crase é a contração da preposição a com outro a, que pode ser artigo definido ou pronome demonstrativo (aquela, aquele, aquilo). É indicada pelo acento grave. Como regra geral, só se usa crase antes de palavras femininas.
Já Portugal, Israel e Moçambique não. Os países e cidades que não recebem artigos e aqueles que recebem artigos masculinos jamais serão precedidos de crase.
O certo é: “Vou a Brasília” e “Vou à Bahia”. Por que só ocorre crase no segundo caso? Quando vamos, sempre vamos a algum lugar. O verbo IR pede a preposição “a”.
Em se tratando de nome geográfico ou de lugar, ocorre crase quando se pode usar o macete vou a/volto da: vou à Bahia - volto da Bahia/ regressei à Itália - regressei da Itália.
O verbo ir rege a preposição a, que se funde com o artigo exigido pelo substantivo feminino escola: Vou à (a+a) escola. A ocorrência de crase é marcada com o acento grave (`). A troca de escola por um substantivo masculino equivalente comprova a existência de preposição e artigo: Vou ao (a+o) colégio.
As pessoas devem escrever "a todos" ou "à todos"? Considerando que a crase é a junção da preposição “a” com o artigo definido feminino “a”, o correto é "feliz ano novo a todos", sem o acento grave. A justificativa é que “todos” é um pronome indefinido, logo, antes dele não vai artigo.
Com isso, uma expressão ganhou notoriedade: educação a distância. Existe um consenso entre gramáticos: caso a distância não seja especificada, não se deve usar o sinal indicativo de crase. As seguintes construções, portanto, são consideradas corretas: (1) Educação a distância.
Note que, enquanto “há” costuma estar presente no sentido de tempo passado, “a” pode estar presente em locuções no sentido de tempo futuro. Veja: Nós chegamos HÁ dez minutos. Nós vamos chegar daqui A dez minutos.