A crase não deve ser empregada junto a pronomes de tratamento, exceto em alguns casos, como "senhora(s)". Nas orações em que aparece um termo regido pela preposição "a" acompanhado de pronomes de tratamento, o acento grave indicativo da crase não é admitido.
Crase é a contração da preposição a com outro a, que pode ser artigo definido ou pronome demonstrativo (aquela, aquele, aquilo). É indicada pelo acento grave. Como regra geral, só se usa crase antes de palavras femininas. A exceção são os pronomes demonstrativos aquele e aquilo.
A crase não deve ser empregada junto a pronomes pessoais. Os pronomes pessoais são aqueles que apontam para as pessoas do discurso ou a elas se referem. Eles podem ser pessoais do caso reto (eu, tu, ele e etc.) ou pessoais do caso oblíquo (me, te, o, lhe, mim, ti e etc.).
a) Este, esta, isto, estes, estas, esse, essa, isso, esses, essas: antes desses pronomes demonstrativos, jamais empregue o acento grave indicador de crase, mesmo porque esses pronomes não admitem artigo.
Antes de pronomes indefinidos que não admitem artigo (seguidos ou não de “s”): alguém, alguma, nenhuma, cada, certa, determinada, pouca, quanta, tal, tamanha, tanta, toda, ninguém, muita, outra, tudo, qual, qualquer, quaisquer.
06) Diante de pronomes possessivos femininos [minha(s), tua(s), sua(s), nossa(s), vossa(s)],é facultativo o uso do artigo, então, quando houver a preposição a, será facultativa a ocorrência de crase.
Quando se trata de saber se diante dos nomes de cidades, estados e países se usa a ou à, fica valendo o mesmo princípio da determinação, qual seja: se o nome é feminino e pode ser precedido pelo artigo definido a, existe a possibilidade do uso do a craseado.
A crase não deve ser empregada junto a numerais cardinais ou ordinais, exceto em casos especiais. Nas orações em que aparece um termo regido pela preposição "a" acompanhado de numerais, o acento grave indicativo da crase é dispensado.
Uma macete para facilitar essa regra é colocar o verbo “voltar” antes do nome. Se você disser “volto de”, o país não pede crase. Se disser “volto da”, a crase existe.
Crase é o nome que se dá à união da preposição “a” com o artigo definido “a(s)”, ou com o “a” inicial dos pronomes demonstrativos “aquele(s)”, “aquela(s)” e “aquilo”, ou, ainda, com o “a” inicial dos pronomes relativos “a qual” e “as quais”.
Assim, ao dirigir-se a um homem, é correto e melhor dizer: “Vossa Senhoria está cansado”. E ao se dirigir a uma mulher, diga: “Vossa Senhoria está cansada”.
No Brasil, o “você” ainda é considerado uma substituição do pronome pessoal “tu”. Senhor / Senhora (Sr. / Srª):pronome de tratamento utilizado com pessoas desconhecidas e quando há um nível de formalidade na relação. Vossa Senhoria (V.S. ª):utilizado para as autoridades em geral em tratamentos cerimoniosos.
Observação: Às vezes os pronomes “dona”, “senhora” e “senhorita” aceitam artigo, razão pela qual pode ocorrer crase no “a” que os precede. “Ele deixou as latas de tinta em frente à telas em branco.” Não há crase no “a” no singular seguido de palavra no plural.
Neste caso, escreve-se com o acento indicativo de crase: Disse à minha mãe que voltaria cedo. Conclusão sabida e regra repetida: o uso da crase antes do pronome possessivo é facultativo. Quer dizer, pode-se omitir o acento que não fica errado.
Antes de pronomes pessoais, como: eu, tu, ele, nós, eles, mim... não ocorre crase, pois não são antecedidos de artigos. Escreva, portanto, sem o acento indicativo da crase, pois se trata apenas de uma preposição: “O prêmio foi oferecido A ELA.”
1o) Não há crase antes de pronomes de tratamento que podem designar tanto homem quanto mulher (VOSSA SENHORIA, VOSSA EXCELÊNCIA, VOSSA MAJESTADE, VOSSA SANTIDADE...): “Comunicamos a V.Sa que...” Não ocorre a crase porque não há artigo definido feminino “a” antes dos pronomes de tratamento. Só temos a preposição “a”.