Como regra geral, só se usa crase antes de palavras femininas. A exceção são os pronomes demonstrativos aquele e aquilo. Em alguns casos, a palavra feminina está subentendida, como ocorre normalmente com moda e maneira: salto à Luís XV (à moda de Luís XV) e escrita à Camões (à maneira de Camões).
O OD é “vida”; o indireto, “à vida”! É até possível deslocar um dos complementos (à vida, é preciso dar vida). É uma construção semelhante a é preciso dar cor à vida; dar emoção à vida; dar vivacidade à vida.
Antes de pronomes indefinidos que não admitem artigo (seguidos ou não de “s”): alguém, alguma, nenhuma, cada, certa, determinada, pouca, quanta, tal, tamanha, tanta, toda, ninguém, muita, outra, tudo, qual, qualquer, quaisquer.
No caso da vogal A, a crase existe quando há o encontro da preposição A (em expressões como devido a, ir a, igualzinho a, avesso a, em relação a etc) com os artigos A ou AS (ou os pronomes AQUELE e derivados).
Quando usar a crase? Quando o complemento de um verbo que exija a preposição “a” for um substantivo feminino antecedido de artigo feminino “a”: Vamos à loja para comprar outros enfeites. Observe: Vamos a + a loja = Vamos à loja.
As opção «com relação a» e «em relação a» tem uso atestado, no entanto está mais consolidado o uso de «em relação a». Note-se, contudo, que a expressão «com relação a» tem uso minoritário em português de Portugal, e em português do Brasil a opção que prevalece é «em relação a»*.
Os casos em que não usamos crase são os seguintes: antes de palavras masculinas, verbos, pronomes pessoais, pronomes de tratamento, pronomes indefinidos, artigos indefinidos e em expressões com palavras repetidas.
E nas locuções que indicam meio ou instrumento e em outras nas quais a tradição linguística o exija. À toa, à vista, à disposição, à espera de, à mão, à medida que, às pressas, à tarde, às vezes, às voltas com, à vista disso, à vontade, dar à luz, etc. Não há crase antes de palavra em sentido genérico.
b) Ocorre a crase somente se os nomes femininos puderem ser substituídos por nomes masculinos, que admitam ao antes deles: Vou à praia. Vou ao campo. As crianças foram à praça.
Se aquele “a” se transformar em “ao”, a crase é obrigatória! Observe a frase a seguir: Se bate a dúvida no exemplo “Os jovens foram à igreja”, substituímos a palavra “igreja” por um equivalente masculino, como “culto” (Os jovens foram ao culto). Percebemos assim que a forma correta é mesmo Os jovens foram à igreja.
'Vida' é uma palavra feminina, portanto, pede artigo: 'a vida'. A palavra 'amor', referindo-se a 'vida', rege preposição e a junção de preposição com artigo resulta na crase. Preposição "a" + artigo feminino "a" = CRASE.
Em se tratando de nome geográfico ou de lugar, ocorre crase quando se pode usar o macete vou a/volto da: vou à Bahia - volto da Bahia/ regressei à Itália - regressei da Itália.
Portanto, nesse caso, o “a” antes de padaria é com acento grave: Estou indo à padaria. Por quê? Porque há o “a” – exigido pelo verbo ir (ir a algum lugar) + outro “a” – que acompanha “padaria” – a padaria. Então a + a = à ( usamos só uma letra” a”, e a outra representamos pelo acento.
Fiquemos com a essência: a crase resulta da junção da preposição a – exigida pelo termo que a antecede – com o artigo definido a, que acompanha o nome feminino que vem após. Daí: Fui à feira.
O outro caso que queremos destacar é em relação à palavra “casa”. No sentido de “lar”, “domicílio”, não se usa crase. “Depois de caminhar mais de dez quilômetros, ela chegou exausta a casa.” “Teve que voltar a casa porque, no meio do caminho, lembrou-se de que tinha esquecido a carteira e o telemóvel.”
09) A palavra TERRA: Significando planeta, é substantivo próprio e tem artigo, consequentemente, quando houver a preposição a, ocorrerá a crase. Significando chão firme, solo, só terá artigo quando estiver especificada, portanto, quando significar chão firme, solo, só poderá ocorrer a crase se vier especificada.
Em "Quem tem boca (ou "Sabrina') vai a Roma", por exemplo, o "a" que antecede "Roma" não pode receber acento grave por uma razão muito simples: não ocorre crase, ou seja, o "a" não resulta da fusão de coisa alguma.
Ambos os termos existem e estão corretos. São consideradas contrações de uma preposição (em) com pronomes demonstrativos (esse ou este). No caso, em + esse = nesse; e em + este = neste.
AQUELE na esquina é seu pai? Bem, voltando ao Renato Russo: O Brasil é o país onde ele estava, no caso, algo PERTO dele ( a pessoa que fala),portanto o correto seria “Que país é ESTE.”, só que, cantando, “ESSE” soa muito melhor e todos deixaram de lado as regras gramaticais.