Banhistas na praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, foram presentados com a aparição de um tubarão-baleia. Nas redes sociais, imagens do encontro viralizaram e mostraram os hábitos dóceis do maior peixe do mundo, que não se incomodou pela presença dos curiosos.
As imagens de um enorme tubarão na praia do Recreio dos Bandeirantes, publicadas em vários perfis e grupos de redes sociais nesta segunda-feira, são verdadeiras. O animal, de fato, foi encontrado no mar do bairro da Zona Oeste do Rio por pescadores que trabalhavam no local, na manhã do domingo.
Segundo Hugo Gallo Neto, oceanógrafo e diretor do Aquário de Ubatuba (SP), algumas espécies de tubarão possuem a capacidade de viver em água doce, sendo elas: Tubarão-cabeça-chata (Carcharhinus leucas): é uma das poucas espécies que pode tolerar e até mesmo prosperar em água doce.
Ataque de tubarão branco na Barra da Tijuca (nas Ilhas Tijucas)
Tem tubarão no RJ?
Os tubarões-baleias habitam os oceanos de todo o mundo e, no Brasil, são mais comuns entre o litoral do Espírito Santo e Pernambuco, mas não raramente aparecem na costa fluminense.
O especialista nas áreas de Ecologia e Taxonomia de Peixes de Água Doce destaca ainda que algumas espécies de tubarões podem viver em água doce e ocasionalmente ser encontradas em rios. Um exemplo é o tubarão-touro, também conhecido como tubarão-do-rio.
Ataques de tubarão no Rio são muito raros e absolutamente improváveis. O último registro de ataque de tubarão em Copacabana foi em 1947 e, mesmo assim, foi um acidente e não um verdadeiro ataque.
A região central do litoral norte da ilha de Oahu, conhecida como North Shore, atrai numerosos surfistas por suas enormes ondas. Mas este trecho da costa havaiana é também conhecido pela frequência de seus ataques de tubarão.
Não entrar no mar se tiver consumido bebida alcoólica ou se estiver com algum sangramento. E o brilho de joias e acessórios com cores chamativas também pode atrair tubarões.
Afasta-se de frente e bem lentamente, sem bater braços e pernas. Se ele vier para cima, reaja e grite para afugentá-lo e atrair pessoas. Acerte seus pontos fracos: ponta do nariz, guelras e olhos.
Os Estados Unidos lideram o ranking de ataques não-provocados de tubarões ao redor do mundo, com 36 casos registrados, mais da metade do total global. Em segundo vem a Austrália, com 15 casos.
A praia de Piedade, em Jaboatão de Guararapes, em Pernambuco, já teve mais de 20 ataques de tubarão desde 1990. O estado do Pernambuco é o recordista de ataques deste animal no Brasil.
Hoje em dia os ataques são mais raros, porém as restrições permanecem. Segundo especialistas, os ataques de tubarão no litoral recifense são resultado do impacto ambiental provocado pela construção do Porto de Suape, que exigiu o aterramento de dois estuários onde os tubarões-tigre davam à luz.
Ver um tubarão nadando em águas alagoanas não é um cenário comum aos banhistas, ainda mais se for em um trecho de água rasa, podendo causar medo em quem está próximo. E, no último final de semana, um desses raros avistamentos aconteceu na Praia de Antunes, em Maragogi, Litoral Norte de Alagoas.
"O tubarão encontrado em Parati na manhã desta quinta-feira (14) é um Tubarão Mangona (Carcharias taurus), uma espécie criticamente ameaçada de extinção em todo o mundo, extremamente dócil e que não apresenta perigos para o ser humano.
Mais ataques letais são atribuídos a ele do que a qualquer outro tubarão. Esta espécie é encontrada em oceanos temperados e tropicais. Grande tubarão branco, África do Sul. Entre todos os predadores dos mares, o tubarão mais perigoso do mundo é o grande tubarão branco (Carcharodon carcharias).
Embora seja mais comum encontrar essa espécie em Pernambuco e no Espírito Santo, aparições no Rio de Janeiro não são raras. Conhecido por sua natureza dócil, o tubarão-baleia pode atingir até 20 metros de comprimento, sendo desaconselhada a interação para evitar qualquer estresse ao animal.
Essas aparições são raras na região. Geralmente, os tubarões aparecem na costa nordestina por uma série de condições naturais e fenômenos meteorológicos que deixam a água mais turva.
Glyphis é um gênero de tubarões da família Carcharhinidae. São tubarões de água doce, e existem três espécies descritas oficialmente e três ainda em processo de descrição. O primeiro exemplar filmado por uma câmara foi pescado por Jeremy Wade.
Glândulas no reto e nas brânquias auxiliam esse processo, e foram desenvolvidas ao longo de milhares de anos de evolução. No entanto, continua a ser altamente improvável um tubarão se esconder nas águas de um rio de uma grande cidade, como Paris, mesmo que o canal esteja despoluído.
A presença do tubarão baleia é um lembrete da riqueza da vida marinha que habita as águas ao redor de Búzios e da importância da preservação do ecossistema marinho.