A LepVax é a primeira vacina específica para hanseníase a ser testada em território brasileiro, e o Instituto foi escolhido como centro clínico devido à sua atuação científica nos estudos sobre a doença.
Prevenção: Não há uma vacina específica para prevenir a hanseníase. No entanto, a vacina BCG, normalmente aplicada no nascimento para prevenir tuberculose, também reduz o risco de hanseníase, pois os agentes causadores de ambas as doenças são semelhantes.
O diagnóstico precoce, o tratamento oportuno e a investigação de contatos que convivem ou conviveram, residem ou residiram, de forma prolongada com pacientes acometidos por hanseníase, são as principais formas de prevenção.
O Mycobacterium leprae é transmitido por meio de gotículas de saliva eliminadas na fala, tosse e espirro, em contatos próximos e frequentes com doentes que ainda não iniciaram tratamento e estão em fases adiantadas da doença. Por isso todas as pessoas que convivem ou conviveram com o doente devem ser examinadas.
A hanseníase é uma doença infecciosa, contagiosa e de evolução crônica, que afeta os nervos e a pele. Também conhecida como lepra ou mal de Lázaro, é causada pelo bacilo Mycobacterium leprae.
“No Brasil, mesmo as pessoas que nunca foram diagnosticadas com hanseníase podem ter tido contato com M. leprae, além de haver circulação de outras micobactérias, como a responsável pela tuberculose. Além disso, os brasileiros recebem a vacina BCG ao nascer.
“O contato com tatus é considerado fator de risco para desenvolvimento de hanseníase nos Estados Unidos”, afirma a médica. Ela lembra que o mesmo não acontece no Brasil. E pior: aqui a caça e o consumo da carne de tatu são práticas comuns, apesar de crime ambiental.
“Na hanseníase multibacilar, os pacientes podem apresentar dormência constante nas mãos ou nos pés, diminuição das sensibilidades térmica, dolorosa e tátil. Sensação de choque nos membros e nariz entupido também são indicativos e devem constar na anamnese do paciente”, completa.
Quem tem hanseníase pode ter contato com outras pessoas?
A transmissão ocorre quando uma pessoa com hanseníase, na forma infectante da doença, sem tratamento, elimina o bacilo para o meio exterior, infectando outras pessoas suscetíveis, ou seja, com maior probabilidade de adoecer.
A principal causa da hanseníase é a bactéria Mycobacterium leprae, também conhecida como bacilo de Hansen. É um parasita que atinge, principalmente, os tecidos epiteliais e nervosos. A infecção ocorre por meio de vias respiratórias ou secreções, até se instalar nos nervos periféricos e no tecido epitelial do doente.
Os exames atualmente disponíveis são a baciloscopia, que busca visualizar a bactéria, e a histopatologia, que analisa as alterações do tecido. Em relação a estas técnicas, o teste molecular apresenta uma vantagem importante: o aumento da sensibilidade.
Apesar de ser uma enfermidade antiga, com registros de 600 anos antes de Cristo, ainda hoje ela é uma preocupação para as autoridades de saúde pública. A doença se manifesta na pele em forma de manchas esbranquiçadas, amarronzadas, e acastanhadas. E gera uma alteração de sensibilidade.
A vacina BCG-ID não é específica para a hanseníase, mas demonstra um efeito protetor contra a doença, reduzindo a morbidade, possibilitando manifestações clínicas mais brandas em caso de doença.
Após curados, os pacientes precisam estar atentos a qualquer sinal de retorno da doença. Um dos motivos que pode levar a reincidência da hanseníase é a permanência de bacilos no organismo. “Apesar de ser raro, o bacilo pode permanecer inativo no corpo e voltar a se multiplicar em algum momento da vida do paciente.
Prevenção: O diagnóstico precoce, o tratamento oportuno e a investigação de contatos que convivem ou conviveram, residem ou residiram, de forma prolongada com pacientes acometidos por hanseníase, são as principais formas de prevenção.
A transmissão da hanseníase ainda não é totalmente conhecida. A principal via de transmissão é a respiratória, por inalação de gotículas contendo o agente causador, Mycobacterium leprae (M. leprae).
Importante: Assim que a pessoa doente começa o tratamento deixa de transmitir a doença. Ela não precisa ser afastada do trabalho, nem do convívio familiar e pode manter relações sexuais com seu parceiro ou parceira.
A pessoa se queima ou machuca sem perceber. Dor e sensação de choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e das pernas, inchaço de mãos e pés. Diminuição da força dos músculos das mãos, pés e face devido à inflamação de nervos, que nesses casos podem estar engrossados e doloridos.
Pode ser uma parte da pele que deixa de suar, fica muito seca ou o pelo pode diminuir ou cair. Ou pode haver uma mudança na sensibilidade: dormência, formigamento ou sensação de coceira. Algumas pessoas têm mancha, outras não.
O diagnóstico pode ser feito em qualquer unidade de saúde que tenha um profissional treinado para detectar a doença. A maioria dos especialistas que trata a hanseníase é dermatologista, mas existem vários médicos capacitados e treinados para realizar o diagnóstico.
O mosquito noturno comum, Culex quinquefasciatus, é especialmente suspeito de transmitir a lepra, mas não se presta muito bem para experiências porque só pica às escuras.
Dentre os alimentos mais citados como reimosos e que, portanto, devem ser terminantemente proibidos, estão caça (animais selvagens), carne de porco, peixes de pele e frutos do mar. “(…) a minha família, quando teve [hanseníase] também, eles não comiam nem camarão, nem caranguejo, nem carne de porco” (Grupo focal 8).
Existe a forma contagiosa e a não contagiosa da hanseníase, ambas causadas por uma bactéria. A transmissão acontece, em geral, pelo ar, principalmente em situações de contato próximo. É preciso lembrar, no entanto, que após o início do tratamento, logo na primeira dose, o paciente deixa de transmitir a doença.