Segundo o estudo, o tempo de tela excessivo "afeta negativamente a atenção e a concentração, a aprendizagem e a memória, a regulação emocional e o funcionamento social, a saúde física, e o desenvolvimento de distúrbios mentais e de uso de substâncias".
O uso da tecnologia em excesso pode gerar danos à saúde
Estudos recentes afirmam que os jovens que se tornam escravos da tecnologia e passam o dia todo diante de computadores, tablets, smartphones, podem ter uma diminuição de neurônios na região do hipocampo cerebral (responsável pela memória).
A internet estabeleceu nova forma de comunicação e informação no mundo, ao mesmo tempo em que fez o homem perder a capacidade de focar em um só assunto, tornando a mente caótica e prejudicando funções do cérebro.
Além disso, Mendes destaca já existirem estudos demonstrando que o uso excessivo de smartphones pode afetar negativamente a memória e a cognição, uma vez que a constante exposição a informações fragmentadas e de fácil acesso pode diminuir nossa capacidade de reter e lembrar dados de forma eficiente.
A psiquiatra e pesquisadora em dependências tecnológicas, Julia Khoury, explica que a rapidez e intensidade dos estímulos do celular geram dopamina, hormônio do prazer, que libera impulsos no córtex pré-frontal do cérebro, responsável por controlar nossos impulsos e permitir a concentração a longo prazo.
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O que o celular pode causar na mente?
O uso abusivo dos smartphones pode gerar transtornos psíquicos, como ansiedade e, posteriormente, depressão. O transtorno já tem um nome: nomofobia, medo de ficar sem o celular. Longe do aparelho, o indivíduo fica ansioso, com a sensação de estar perdendo informações importantes, ou ainda excessivamente entediado.
Crianças muito pequenas que são expostas a telas estão suscetíveis ao atraso cognitivo, distúrbio de aprendizado, aumento de impulsividade e diminuição da habilidade de regulação própria das emoções, e, déficit de atenção.
Quando usadas de maneira não saudável, as redes sociais contribuem com alguns níveis de dependência no sistema de recompensa cerebral. Isso porque os estímulos constantes e os reforços positivos — como curtidas, comentários e validações — disparam a produção de dopamina, uma das moléculas responsáveis pelo prazer.
Como o uso excessivo da tecnologia pode afetar a saúde física e mental?
O excesso de uso das redes sociais, também irá contribuir para a baixa autoestima, pela comparação do físico e da classe social que tem em relação a outras pessoas. O que resulta, na maioria das vezes, em distúrbios alimentares, como a bulimia, que pode resultar em graves danos no organismo.
Isso, segundo o estudo, causa uma dependência excessiva do smartphone, o que pode levar à preguiça mental. Os pesquisadores também relataram que evitar usar a própria mente para resolver problemas pode ter consequências no envelhecimento.
Nos últimos anos, o uso excessivo de tecnologias e redes sociais tem sido diretamente associado a um aumento no caso de doenças mentais como depressão, ansiedade e estresse. Um dos efeitos mais óbvios da era digital na saúde mental é a ascensão das mídias sociais.
É o que explica o artigo “Demência digital na geração da Internet: o tempo excessivo de tela durante o desenvolvimento do cérebro aumentará o risco de doença de Alzheimer e demências relacionadas na vida adulta”, publicado no Journal of Integrative Neuroscience em 2022.
Afinal, a tecnologia mudou o nosso comportamento e nossas expectativas em relação às ferramentas que estão a nosso dispor. Entre os exemplos de áreas mais impactadas, estão o trabalho, a educação, a comunicação, relações sociais e processos produtivos.
- Problemas visuais; - Limitação da interação física e com o meio ambiente; - Desconstrução do vínculo afetivo com a família; - Comprometimento da saúde física e psicológica.
Hoje já se sabe que o uso excessivo de telas dificultam a concentração, o raciocínio e a memória, o que implica no pensamento crítico, na criatividade, aprendizagem e comunicação. Por isso, saber dosar o tempo conectado é fundamental, principalmente para as crianças e adolescentes.
Quanto maior o contato com os estímulos rápidos, maior é a chance de repetir – e aumentar – esse tipo de comportamento. Além de a pessoa ter o prazer imediato, ela aumenta a impulsividade e faz com que dificulte a estratégia de controle de uso. Essa alteração no nosso cérebro pode acontecer e não se reverter.
Quais os malefícios que a tecnologia pode causar em nossa vida?
Um dos principais contras da tecnologia é o fato de que seu uso excessivo pode levar à desumanização e provocar o isolamento social. Pesquisadores apontam, por exemplo, que, apesar de os celulares manterem as pessoas conectadas, o vício neles também pode comprometer a qualidade das interações sociais.
Esse uso excessivo das redes sociais é capaz de gerar diversos problemas de saúde mental. Os gatilhos são os mais variados: comparação social, exposição a notícias negativas, necessidade de exibir a própria vida constantemente, cyberbullying e até mesmo isolamento social.
Diversos estudos demonstraram que a dopamina é um neurotransmissor sensível aos estímulos das mídias digitais. Quando consumimos em série vídeos no YouTube, TikTok, Instagram, podcasts, ocorre liberação de dopamina nos centros de recompensa, os mesmos ativados pela cocaína, maconha e o cafezinho.
A sua utilidade como veículo de som e imagens, extrapolou as perspectivas dos seus pioneiros mais otimistas; tornando-se,rapidamente, em poderoso instrumento de modificação da conduta humana e de condicionador implacável das mentes, influenciando os hábitos,costumes e cultura dos povos.
O que o uso excessivo do celular pode causar na saúde mental?
Segundo o estudo, sintomas de estresse, depressão e ansiedade foram observados nas pessoas que utilizam aparelhos como celular e computador com muita frequência.
— Temos uma diminuição da capacidade de se concentrar em longos períodos porque os estímulos do celular são muito rápidos e intensos, e eles fazem o cérebro liberar dopamina, que é o hormônio do prazer. Toda vez que recebemos isso dessa forma gera uma necessidade de mais dopamina, o cérebro fica ávido por isso.