Na Idade Média, não existiam os dentifrícios, isto é, pastas de dentes, muito menos escovas de dentes ou perfumes, desodorantes muito menos e papel higiênico, nem pensar. As excrescências humanas eram despejadas pelas janelas do palácio.
Durante a Idade Média, o corpo foi reprimido e censurado pelo dogmatismo religioso, nesse período, a Igreja era detentora do saber, controlando, assim, as concepções criadas sobre o mesmo. A sociedade desta época se preocupava mais com a salvação da alma do que com os cuidados que se deviam dar ao corpo.
Porque as pessoas não tomavam banho na Idade Média?
(UFRGS). A História mostra que o banho na Idade Média era praticamente nulo. Além da precariedade dos sistemas de higiene, o novo comportamento religioso apresentava a prática como um ato desonroso e impuro. Para Vigarello, a água do banho é insinuante e perturbadora, porque supõe o toque com o corpo.
Monges, dependendo da ordem, tomavam banho duas vezes por ano. Alguns santos, como São Goderico (1065-1170), que foi da Inglaterra a Jerusalém sem trocar de roupa, eram famosos por sua imundície.
Geralmente, as pessoas se sentavam em uma cadeira enquanto despejavam pequenas porções de água nos lugares a serem higienizados. Mediante tantas dificuldades e a limitação de recursos, você já deve estar aliviado por ter o inestimável privilégio de fazer uso de uma cheirosa e suave barra de sabão.
Receitas excêntricas à parte, o fato é que, durante a maior parte da Idade Média, os cabelos estiveram esquecidos. Nos séculos XV e XVI eles eram comumente lavados a seco com argila em pó, e depois escovados.
As pessoas limpavam os dentes com panos. O resultado eram problemas dentários graves e mau hálito generalizado. O papel higiênico, como conhecemos hoje, não existia. Em vez disso, as pessoas usavam materiais como folhas, musgo, palha, lã ou até mesmo a mão para se limparem após usar a casa de banho.
Os banhos dele limitavam-se aos recomendados pelo médico; em geral, a limpeza do rei era feita com pano com água, álcool ou saliva. Para amenizar o mau hálito, a população precisava esfregar os dentes e gengivas com panos e uma mistura de ervas, já que escovas e pastas de dente ainda não existiam.
Muitas leis da Idade Média buscavam restringir o consumo excessivo de comida e bebida — das pessoas mais pobres, é claro. Por isso, em 1336, uma lei foi promulgada para proibir que as pessoas recebessem mais do que dois pratos de comida durante uma refeição.
O banheiro era comunitário e não necessariamente havia diferenciação de gênero. Todos se sentavam lado a lado em uma latrina coletiva. Ali as pessoas faziam suas necessidades enquanto interagiam, debatiam assuntos diversos e, até mesmo, realizavam banquetes.
A monarquia seguia as mesmas regras: a falta de banho era transversal a todos os estratos na sociedade. Consta, por exemplo, que a rainha Isabel de Castela só tomou banho duas vezes na vida: no dia em que nasceu e no dia anterior ao casamento.
Como era feita a higiene pessoal na época de Jesus?
A imundície era generalizada, porque lixo e dejetos eram despejados na rua. Havia latrinas públicas em algumas cidades, mas elas eram evitadas pelas condições repulsivas. Os moradores tinham penicos _ que despejavam pela janela, não raro sobre a cabeça de alguém.
As cidades, no medievo, eram densamente povoadas. Os resíduos - fezes, urina e águas fétidas - eram lançados pelas janelas. As roupas eram lavadas raramente e, como conseqüência, elas ficavam infestadas de pulgas, percevejos, piolhos e traças.
Na Idade Média não existiam escovas de dente, perfumes, desodorantes, muito menos papel higiênico, as pessoas não tomavam banho e nem lavavam as roupas! As pessoas antes da Idade Média eram muito mais higiênicas. Os romanos e gregos banhavam-se diariamente, cortavam o cabelo e faziam a barba com freqüência.
Todavia, acima de tudo, os homens medievais foram vistos como seres comuns, que se vestiam, morriam, alimentavam-se, trabalhavam e procriavam. Homens que desejavam, sonhavam, riam e choravam. Eles eram vistos como realmente eram: seres “comuns” que viviam no seu tempo.
A fava, o feijão, o grão de bico, o cizirão, e a ervilha era as leguminosas mais consumidas. Os cereais moídos ou em grãos, serviam para preparos de sopas e papas. Sempre presentes nas famílias medievais estavam os legumes verdes e frescos.
Não por acaso, eles tomavam cerca de três banhos em um só dia. Para muitos especialistas, o ritual acabou afugentando essa civilização de várias epidemias e pragas comuns à Antiguidade.
Antes disto, em toda a Europa era pouco difundido o costume de tomar banho. Os religiosos diziam que era pecado e mulheres e crianças eram obrigadas a se lavar com uma roupa leve por cima sem se tocar o corpo. Na época da rainha Vitória, o palácio de Buckingham não tinha nenhum local especial para tomar banho…
João foi injustiçado pela História. "O d. João era, sim, um príncipe muito medroso, indeciso, tinha crises de depressão, era fisicamente muito feio, não tomava banho.
Como as pessoas da Idade Média escovavam os dentes?
A população medieval tinha por hábito esfregar os dentes e as gengivas com panos de linho ásperos. Pastas caseiras como a feita da junção de sal com sálvia moída eram comuns. Além de limpar os dentes, essas pastas colocadas nos panos contribuíam para o branqueamento dental e para um hálito fresco.
Se a gestão do lixo doméstico não era tarefa fácil, a higiene pessoal era, no entanto, melhor do que se acredita actualmente. As pessoas tomavam banho, lavavam os cabelos e os dentes diariamente, em muitos casos.
“Alguns povos usavam galhos, folhas de árvores e penas para essa função. Outros, pequenas lascas de madeiras entendidas como 'palitos' e há até os que usavam as próprias mãos para fazer a higienização bucal”, diz Sandra Lipas Stuarbell, cirurgiã-dentista e pesquisadora.