A maioria das tribos permanecem isoladas nas florestas, sobrevivendo de caça, coleta e pesca. Além disso, produzem seus próprios medicamentos. Atualmente, alguns indígenas estão saindo de suas tribos para adquirir conhecimentos sobre medicina para ajudarem em suas comunidades.
Mas a maioria das tribos atuais apresenta uma mescla entre a cultura indígena e a das cidades. Em muitas delas, os índios continuam produzindo o próprio alimento, fazendo festas e celebrações religiosas. No entanto, usam roupas como as outras pessoas e, em alguns casos, vivem em casas com luz elétrica.
Em sua grande parcela, os indígenas vivem em tribos e sobrevivem por meio do cultivo de alimentos, bem como da caça e pesca. Alguns povos vivem totalmente isolados da sociedade nacional, enquanto outros são mais receptivos.
Onde está a maioria dos indígenas? Mais da metade da população indígena vive na chamada Amazônia Legal, segundo o Censo do IBGE 2022. Essa região abrange os Estados do Amazonas, Acre, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Mato Grosso e a parte oeste do Maranhão.
No Brasil, a grande maioria das comunidades indígenas vive em terras coletivas, declaradas pelo governo federal para seu usufruto exclusivo. As chamadas Terras Indígenas (TIs) somam, hoje, 799 áreas.
Apesar de buscar melhores condições de vida na cidade, a maioria dos indígenas vive em situação de pobreza, tem dificuldade de conseguir emprego e a principal renda vem do artesanato. “Geralmente, as comunidades estão localizadas em área de risco. Nunca é numa área boa.
Muitos indígenas ainda vivem do que produzem e do que conseguem extrair da natureza. Alguns víveres, como mandioca e milho, são cultivados em pequenas roças. A caça e pesca também são importantes práticas no sustento desses grupos, embora existam determinados povos que não se alimentam de carne vermelha, por exemplo.
Os índios, antes da colonização, viviam de maneira autônoma, sem a presença de elementos políticos e governamentais e de Estado. A gestão era coletivista, baseada na cooperação entre os membros de uma mesma tribo e em alianças e guerras entre tribos diferentes.
Os índios atuais absorveram diversas práticas que não pertencem à sua cultura. Muitas crianças indígenas frequentam escolas, mantidas nas aldeias pela Fundação Nacional do Índio, e aprendem o português. Mas isso não quer dizer que os indígenas tenham abandonado suas tradições, como os rituais religiosos e as danças.
Em quase todos os estados brasileiros existem terras indígenas reconhecidas. Mas os indígenas não vivem apenas nas Terras Indígenas. Há comunidades indígenas circulando por beiradões de rios, em cidades amazônicas e até em algumas capitais brasileiras.
Além disso, os povos indígenas constroem casas de diversos jeitos e moram em regiões com paisagens muito diferentes. A alimentação de cada grupo também varia muito, alguns grupos só comem peixe, outros caçam vários tipos de animais, outros ainda criam gado e galinhas para comer.
Há registro de que 148 indígenas se suicidaram no país em 2021. O crescente uso de álcool e drogas vem sendo relacionado a situações de invasão de narcotraficantes em algumas áreas indígenas, mas estão especialmente atreladas à falta de perspectivas dos povos indígenas.
Atualmente, com a promulgação da Constituição Federal de 1988, os direitos indígenas são garantidos, prevendo o respeito aos povos indígenas e à sua organização social, cultural, língua, crenças e tradições.
Muitos dos hábitos, costumes, alimentação e crenças da sociedade brasileira são herança direta dos povos indígenas, como, por exemplo: o hábito de andar descalço, o costume de dormir em rede, o hábito da pesca e caça, alimentação à base de mandioca, farinha, polvilho, beiju, além das crenças na eficácia das plantas ...
A população indígena do Brasil persiste diante de muitos desafios, carregados de preconceitos e desvalorização de suas existências. Dados do último censo mostram que a população indígena é de cerca de 900 mil, dividida em 305 povos indígenas.
Como a cultura indígena está presente em nossa vida?
Descansar na rede e tomar vários banhos por dia, hábitos cotidianos tão naturais para os brasileiros, são heranças da cultura indígena. Além disso, vários elementos das nossas festas populares — música, dança, culinária, ornamentos — têm origem na cultura indígena.
O indígena geralmente é visto como uma cultura totalmente fora de nossa realidade, uma cultura isolada e que até nos dias atuais continua vivendo de forma isolada e sem contato com as novas tecnologias, conhecimento político e de civilização.
De acordo com Silva (1998), a vida nas tribos, normalmente, segue a seguinte rotina: as crianças, desde pequenas, observam o que os adultos fazem e aprendem; a menina procura imitar a mãe e aprende a cozinhar, a cuidar da roça, a fazer cerâmica, depen- dendo do que é importante e costume da sua aldeia.
Como vive atualmente a maioria das tribos indígenas?
A maioria das tribos indígenas de hoje em dia tiveram q aderir a evolução da modernidade e o conforto sem abrir mão do respeito, crença, tradições culturais e costumes.
A população indígena do país chegou a 1.693.535 pessoas em 2022, o que representa 0,83% do total de habitantes. Um pouco mais da metade (51,2%) estava concentrada na Amazônia Legal. Em 2010, quando foi realizado o Censo anterior, foram contados 896.917 indígenas no país.
Os povos indígenas isolados têm conhecimento das outras sociedades ao seu redor. Muitos deles mantêm contato ocasional, por vezes hostil, com grupos vizinhos. Povos indígenas vizinhos e a FUNAI muitas vezes conhecem o local aproximado dos isolados.
Os indígenas que habitavam o Brasil em 1500 viviam da caça, da pesca e da agricultura de milho, amendoim, feijão, abóbora, bata-doce e principalmente mandioca. Esta agricultura era praticada de forma bem rudimentar, pois utilizavam a técnica da coivara (derrubada de mata e queimada para limpar o solo para o plantio).
A maior parte dos indígenas do Brasil (63%) vive fora dos territórios tradicionais e mora nas cidades. Somente, no estado de São Paulo o número de indígenas passa de 55 mil, de acordo com os dados do Censo do IBGE - divulgados nesta segunda-feira (7). Desses, quase 20 mil vivem na capital paulista.