Os guarani mbya que vivem no sudeste brasileiro, buscam territórios com as seguintes condições ambientais: localizado em sentido leste, próximo ao mar, e com presença de Mata Atlântica. Assim, nomeiam as aldeias conforme os elementos míticos para identificar esses espaços.
Atualmente, os Guarani vivem espremidos em pequenos pedaços de terra cercados por fazendas de gado e por vastos campos de soja e cana-de-açúcar. Alguns não têm terra alguma e vivem acampados na beira de estradas.
Os Guarani Mbya mantém sua língua viva e plena, sendo a transmissão oral o mais eficaz sistema na educação das crianças, na divulgação de conhecimentos e na comunicação inter e entra aldeias, constituindo-se a língua no mais forte elemento de sua identidade.
Os Guarani Mbya e Kaingang que se encontram nas aldeias situadas nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul vêm realizando, paulatinamente, a retomada da cerâmica, que tem se mostrado importante aliada no processo de resgate da língua, escrita e demais práticas culturais deles.
Sua região de origem corresponde aos movimentos migratórios de grupos conhecidos como Guarani, que parecem ter se originado na bacia amazônica. A literatura indica que tais grupos habitaram as selvas subtropicais do Alto Paraná, do Paraguai e do Uruguai médio. A maioria dos Mbya seria proveniente da região do Guairá.
Os mbiás, também chamados Mbyá, M'byá, Guarani Mbya,Mbyá-Guarani ou embiás, são um subgrupo do povo guarani que habita a região meridional da América do Sul, em um amplo território, no qual se sobrepõem os Estados nacionais paraguaio, brasileiro, argentino e uruguaio.
Este povo vive em um território que compreende regiões no Brasil, Bolívia, Paraguai e Argentina e se diferencia internamente em diversos grupos muito semelhantes entre si, nos aspectos fundamentais de sua cultura e organizações sociopolíticas, porém, diferentes no modo de falar a língua guarani, de praticar sua ...
O Mbya é uma das três variedades modernas da Língua Guarani, da família Tupi-guarani, tronco linguístico Tupi. As outras são o Nhandeva ou Chiripá/Txiripa/Xiripá ou Ava Guarani e o Kaiowa.
Segundo a publicação, os alimentos básicos da culinária guarani são milho, mandioca, amendoim, palmito, batata-doce, feijão, mel, peixe e carne de caça, consumidos frescos, cozidos ou assados na brasa, sem muito tempero.
Os panos tecidos eram desenhados com figuras geométricas em tinta vermelha. Os cintos eram tingidos de preto. Ornavam-se ainda com colares feitos de sementes pretas entremeadas com presas e garras de animais. Alguns Kaingang, de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, usavam botoques semelhantes aos Guarani.
Indígenas das etnias Guarani e Charruas são responsáveis pelas primeiras plantações de mandioca, abóbora, batata doce, milho, variados feijões, algodão, o fumo que faz parte dos diversos rituais indígenas e o tão aclamado por sulistas, chimarrão.
Pindorama (do tupi: "pindó-rama": "região das palmeiras") é uma designação para o local dos povos tupis-guaranis, atual região oriental da América do Sul, denominada litoral do Brasil.
Eles compram frango, carne, mas consomem na hora. A explicação é que, se guardar, os espíritos podem incorporar”, conta. Os povos Guarani são agricultores. No mito de criação, Tupã fez o milho e a mandioca e, desde então, “onde tem Guarani, tem plantação de batata, milho, mandioca.
Trançado e talha em madeira são trabalhos e expressões do guarani que hoje também são comercializados. O “pindó” (palmeira) é de grande importância para os Guarani: da madeira se talham os arcos, com as palmas se cobrem as casas, de suas fibras se fazem as cordas dos arcos, o palmito se consome.
A Terra Indígena Jaraguá, localizada na parte noroeste da cidade de São Paulo, é uma das terras indígenas Guarani Mbya da capital paulista, juntamente com a Terra Indígena Tenonde Porã e a Terra Indígena Krukutu, ambas localizadas em Parelheiros, na região sul.
Já entre os tupis-guaranis, a tipologia habitacional mais recorrente era a casa multifamiliar para um clã inteiro (maloca) de planta retangular, dividida internamente em quadrados ou retângulos de quatro a seis metros de lado (ocas) que abrigavam uma família nuclear.
Assim, "bom dia" em guarani é djawydju e significa algo como "vamos nos levantar", o que remete tanto ao sentido da ação quanto o sentido moral de se levantar. "Boa tarde" é nhande kaárudju e significa "a tarde é nossa", semelhante a boa noite, que significa "a noite é nossa".
Os Guarani que vivem hoje em território brasileiro somam, aproximadamente, cinco mil pessoas. Há também Guarani vivendo em áreas na Argentina, Paraguai e Bolívia. O subgrupo Mbya, em Angra dos Reis, vive no alto da serra, em meio à Mata Atlântica, de onde podem avistar o mar.
É na terra que os povos da cultura tupi-guarani encontram a matéria-prima para a expressão artística. A pintura corporal, por exemplo, é feita a partir de elementos naturais encontrados nas árvores, como o urucum, um fruto de onde se extrai a cor vermelha.
O grupo passou a maior parte da vida em casas improvisadas e barracos de lonas na beira de estradas. O povo Guarani Mbyá, do Rio Grande do Sul, cansou de viver nas margens de suas terras originárias, dentro de áreas degradadas ou em acampamentos de beira de estradas.
Analisa-se a economia guarani como um campo não-emancipado do campo social, estando a produção voltada principalmente ao abastecimento alimentar do núcleo doméstico, fundada sobre tecnologia simples, sem complexa divisão do trabalho e com relativa liberdade na utilização dos recursos.