Você acha que nessas ocasiões é melhor dormir pouco ou virar a noite? Acertou quem escolheu a primeira opção. Dormir pouco é melhor do que ficar sem sono algum. Apesar de nenhuma das duas opções ser ideal, a primeira consegue reduzir os danos de passar a noite acordado e emendar com o dia.
Virar a noite faz mal? Sim, faz bastante mal virar a noite. Todas as funções do seu corpo, em menor ou maior proporção, são beneficiadas pelo sono. Do cabelo (que cresce mais forte) o dedão do pé (as unhas ficam mais resistentes e brilhosas).
O estudo, publicado na revista científica Neuron, observou um aumento surpreendente na liberação de dopamina durante o período sem dormir e melhorias na plasticidade das sinapses dos animais. Segundo os autores, o efeito foi como “religar” o cérebro com repercussões positivas que se estenderam nos dias subsequentes.
Uma noite sem descanso já é o suficiente para provocar o mesmo efeito que após o consumo de bebidas alcoólicas. Outros sintomas comuns são irritabilidade, dificuldade de concentração e cognição, tremores, fadiga, redução na coordenação e compulsão alimentar (desejo por comidas especialmente calóricas).
FICAR ACORDADO A NOITE E DORMIR DE DIA FAZ MAL? | Muzy Explica
Quais as consequências de virar a noite?
Dormir pouco é melhor do que ficar sem sono algum.
É que o sono é o período em que o corpo realiza uma série de atividades que nos deixa bem no outro dia. Se você virar a noite, vai ter mais dificuldade para se concentrar e ainda sofrerá com alteração de humor.
Dormir com luzes acesas, seja durante o dia ou à noite, é prejudicial à qualidade do nosso sono. Isso porque parte do nosso cérebro não descansa quando há claridade. A escuridão é um dos fatores necessários para a produção de melatonina.
Acredita-se que com apenas 2 horas por dia são satisfeitos todos os padrões de sono, podendo mesmo ser conseguido um melhor desempenho em relação ao sono monofásico, sendo possível despertar de um cochilo de um sono polifásico completamente renovado, como se tivesse dormido uma noite inteira.
Dormir pouco afeta a cognição, prejudicando a atenção e tomadas de decisões. É durante o sono que o cérebro descansa e se restaura. Quem dorme bem consegue resolver melhor problemas lógicos e matemáticos, além de evitar erros bobos de atenção.
Qual o tempo máximo que uma pessoa pode ficar acordada?
Mas uma questão ainda está no ar: quanto tempo aguentamos acordados? O registro mais citado é o do americano Randy Gardner, que, para uma experiência para a feira de Ciências de sua escola, ficou 264 horas sem dormir – ou pouco mais de 11 dias, segundo cientistas que o monitoraram durante esse tempo.
A Academia Americana de Medicina do Sono recomenda que adultos durmam regularmente 7 horas ou mais por noite. Menos do que isso prejudica a nossa saúde.
Quando a luz é cessada, os níveis de melatonina aumentam, desacelerando o organismo. A partir daí, começamos a sentir vontade de dormir. Quando alguém ignora esses efeitos e passa 24 horas acordado, o organismo entra em desequilíbrio. Pode-se sentir mudanças de humor, paranoias e até mesmo alucinações.
Quando a soneca da tarde atrapalha o sono da noite?
A soneca da tarde ajuda os pequenos no desenvolvimento físico e psicológico, justamente por ser nesse período em que a criança produz uma alta quantidade de melatonina, o hormônio responsável pela indução do sono. Quando eles não conseguem descansar nesse período, acontece um efeito chamado pressão de sono.
Jantar tarde ou não jantar: descubra todos os benefícios e o que evitar neste hábito noturno. Não jantar pode ser prejudicial para diversos organismos, pois, a alimentação noturna, contribui para a manutenção de um metabolismo saudável, que possui um papel fundamental na regulação do sono.
Eventos estressantes, como um divórcio ou perda de uma pessoa importante também podem levar ao quadro. Condições médicas: A falta de sono também pode fazer parte dos sintomas de outros problemas de saúde, como apneia do sono, dor crônica, depressão, entre outras.
Dormir bem não se resume apenas ao tempo dedicado ao descanso, mas também ao horário em que nos entregamos ao sono. Um estudo realizado pela Universidade de Harvard indica que o horário entre 22h e 23h é crucial para garantir uma boa noite de sono e promover a saúde cardiovascular.
14 a 17 anos: 8 a 10 horas (sendo aceitável entre 7 e 11 horas); 18 a 25 anos: 7 a 9 horas (sendo aceitável entre 6 e 11 horas); 26 a 64 anos: 7 a 9 horas (sendo aceitável entre 6 e 10 horas); 65 anos ou mais: 7 a 8 horas (sendo aceitável entre 5 e 9 horas).
Está nos genes. Algumas pessoas são geneticamente projetadas para naturalmente dormir pouco. Isso significa que, mesmo com apenas 4 a 6 horas de sono por noite, acordam revigoradas.
O seu corpo amolece, sua respiração se acalma e todas as ações que se tem após pegar no sono, não se possui o menor controle. Analisando assim, é possível notar o quanto o ato de dormir é singular. É gostoso, porém bizarro.
Dormir pelo menos cinco horas por noite pode reduzir a probabilidade de ocorrência de vários problemas crônicos de saúde para pessoas com mais de 50 anos, segundo uma nova pesquisa. Problemas de saúde podem atrapalhar o sono — mas dormir mal também pode ser um prenúncio ou um risco propriamente dito, segundo eles.
Considerando que a hora em que dormimos e despertamos tem influência na regularidade com que pegamos no sono, surge uma ideia: virar uma noite inteira para que, no dia seguinte, o sono chegue cedo. Ainda que à primeira vista pareça o contrário, essa definitivamente não é uma boa ideia.
Os efeitos negativos da privação do sono estão relacionados a diversas doenças, como problemas cardiovasculares, diabetes, obesidade e demência. As consequências diárias de passar consecutivas noites sem dormir, no entanto, ainda não foram alvo de muitos estudos.
A especialista explica que a inversão no horário do sono pode ser prejudicial à saúde, sobretudo, quando o indivíduo não possui uma rotina. “Se a mudança dos horários é necessária para fins profissionais, a recomendação é manter a disciplina e dormir sempre no mesmo horário, mesmo nos dias de folga”, explica Renata.